Torcedores egípcios se voltam contra chefe militar após tragédia

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012 10:02 BRST
 



Um manifestante segura sapato com fotos do Marechal Mohamed Hussein Tantawi e membros do velho regime durante um protesto que exige que o Exército transfira o poder para civis, na Praça Tahrir, no Cairo. 27/01/2012  REUTERS/Suhaib Salem
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por Dina Zayed e Edmund Blair
CAIRO, 2 Fev (Reuters) - A torcida organizada de futebol que teve papel de destaque na derrubada de Hosni Mubarak escolheu agora como alvo o marechal Mohamed Hussein Tantawi, atual homem forte do país.
"Queremos sua cabeça, Tantawi, seu traidor. Você poderia ter gravado seu nome na história, mas foi arrogante e acreditou que o Egito e seu povo poderiam dar um passo atrás e esquecer a sua revolução", escreveu a torcida organizada Ultras da Praça Tahrir em sua página do Facebook.
A raiva desses "ultras", como são conhecidos os torcedores inveterados, foi desencadeada pelo distúrbio dentro de um estádio que matou 74 pessoas e deixou mais de mil feridos, na quarta-feira, ao final da partida al-Masry x Al Ahli, em Port Said.
Para os ultras, assim como para muitos políticos e egípcios comuns, a indignação não é com a briga de torcedores, e sim com a aparente falta de empenho das forças de segurança para impedi-la. O fato se soma à crescente frustração com a incapacidade do Exército para restaurar a lei e a ordem quase um ano depois da derrubada de Mubarak.
"Hoje, o marechal e os remanescentes do regime nos mandam uma mensagem clara. Ou temos liberdade, ou eles nos punem e nos executam por participarmos de uma revolução contra a tirania", disse o grupo na sua nota, que ganhou grande repercussão na Internet.
Moradores de Port Said, alguns políticos e os próprios ultras acham que o grupo foi o alvo do incidente.
"Os ultras são muito populares e respeitados entre os revolucionários", disse o comerciante Ahmed Badr, de 45 anos. "Os ultras foram o alvo (do incidente de quarta). Isso foi armado contra eles, um massacre. O conselho militar e as forças de segurança são os únicos responsáveis por esses fatos."
Aproveitando seus muitos anos de experiência em lidar com a polícia nos estádios, os ultras - geralmente adolescentes e jovens - foram cruciais na resistência à violência policial quando as forças de Mubarak tentaram esmagar a revolta popular do ano passado. COPIADO : br.reuters.com/

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