Bolsonaro diz que enviará ao Congresso projeto para 'fundão' ser usado em escolas e hospitais Presidente volta a sinalizar que sancionará fundo eleitoral de R$ 2 bilhões, que diz ser uma "bomba que estourou em seu colo", e afirma que seu futuro partido, Aliança pelo Brasil, terá "zero do fundão"

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Matheus Vargas, O Estado de S.Paulo
03 de janeiro de 2020 | 11h08

Bolsonaro diz que enviará ao Congresso projeto para 'fundão' ser usado em escolas e hospitais


BRASÍLIA -  O presidente Jair Bolsonaro voltou a sinalizar na manhã desta sexta-feira, 3, que deve sancionar o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões previstos no Orçamento de 2020, mas disse que pretende enviar ao Congresso um projeto de lei que permita aos partidos usar o recurso para custear também obras em escolas, hospitais e pontes.

Presidente volta a sinalizar que sancionará fundo eleitoral de R$ 2 bilhões, que diz ser uma "bomba que estourou em seu colo", e afirma que seu futuro partido, Aliança pelo Brasil, terá "zero do fundão"

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O presidente da República, Jair Bolsonaro Foto: Adriano Machado/Reuters
Ele não deixou claro se a ideia é mudar as regras vigentes sobre os fundos partidário ou eleitoral – ou ambos. “Se tiver oportunidade, quero apresentar projeto sobre o dinheiro do fundão, para que os partidos possam usar em Santas Casas, escolas, fazer uma ponte. Acho que estaria sendo bem usado. Ou revogue a lei de 2017. Não bote no meu colo o problema”, disse.
Bolsonaro classificou o valor como uma “bomba que estourou em seu colo" e  afirmou que é um "escravo da Constituição”. O presidente tem feito acenos a sua militância para convencer que é contra o uso do fundo, mas que, para não cometer crime de responsabilidade –  o que poderia ocasionar um eventual processo de impeachment – terá de aprová-lo.  
O presidente ressaltou que o Aliança Pelo Brasil, partido que tenta tirar do papel a tempo das eleições de 2020, não deve se beneficiar do fundo eleitoral. “Vou ter zero do fundão”, disse. Ele disse ainda que não "baterá" em outros Poderes. “Muita gente acha que tenho de ser o ‘machão’. Bate no Parlamento, bate no Judiciário, bate no TCU (Tribunal de Contas da União). Não tem de bater em ninguém”, afirmou.
Reforma administrativa

Bolsonaro afirmou que deve voltar a discutir a reforma administrativa em reunião nas próximas semanas com ministros. “Queremos reforma que não cause nada de abrupto na sociedade. Não dá para consertar calça velha com remendo de aço”, afirmou. Ele ainda disse que a economia vê “números” ao propor medidas, enquanto ele deve avaliar “números e pessoas”. 

MORTO PELOS EUA General Soleimani era "estrela" no Irão e "figura maligna" para os EUA Mais influente que um presidente, o general iraniano Qassem Soleimani, morto em Bagdade num ataque dos Estados Unidos, começou a ganhar fama como combatente na guerra entre o Irão e o Iraque. Filho de uma família de agricultores pobres, começou a trabalhar na construção civil aos 13 anos. Anos mais tarde,

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MORTO PELOS EUA

General Soleimani era "estrela" no Irão e "figura maligna" para os EUA

Mais influente que um presidente, o general iraniano Qassem Soleimani, morto em Bagdade num ataque dos Estados Unidos, começou a ganhar fama como 

combatente na guerra entre o Irão e o Iraque. Filho de uma família de agricultores pobres, começou a trabalhar na construção civil aos 13 anos. Anos mais tarde, tornou-se numa figura temida pelos EUA.

Os ex-industriais. Paulo Skaf, estaria todo o tempo se oferecendo a Jair Bolsonaro, enquanto a indústria míngua por falta de consumo e de políticas de investimentos. “pela 1ª vez em 40 anos, Brasil exporta mais produtos básicos do que industrializados“.

Os ex-industriais

Enquanto a gente vai seguindo o noticiário e imaginando a inevitável reação iraniana ao ataque dos EUA e a entrada da economia mundial, de novo, em tenso compasso de espera, outras notícias vão ficando pouco destacadas e contextualizadas.
Um delas é o descontentamento que estaria acontecendo entre industriais paulistas com o fato de que o Presidente da Fiesp, Paulo Skaf, estaria todo o tempo se oferecendo a Jair Bolsonaro, enquanto a indústria míngua por falta de consumo e de políticas de investimentos.
Minguar, está mesmo minguando e basta ver os dados que traz o G1, dizendo que “pela 1ª vez em 40 anos, Brasil exporta mais produtos básicos do que industrializados“.
E vejam que não foi sequer por terem crescido as exportações de commodities brutas tiveram até uma ligeira queda (2% a menos), muito menor que o tombo dos manufaturados (-11%) e semimanufaturados (-8%).
Mas quanto à reação dos industriais, esqueça. Não os temos mais, senão alguns pequenos e impotentes. O resto – salvo as exceções que confirmam a regra – nem mesmo de industrial pode ser chamado: de nacional tem licenciado, tem montador, tem “engordador de empresa” para passá-la adiante.
Nem pensar nos velhos capitães de indústria do século passado, que tinham uma ligação quase carnal com a produção.
A maior prova são os dirigentes das suas associações mais importantes, a Fiesp e a Firjan, dirigidas por ex-industriais.
Paulo Skaf e Eduardo Gouveia Vieira já venderam, faz muito tempo, suas indústrias – o primeiro, a têxtil, e o segundo, a de refino de petróleo – e se eternizam no comando das suas entidades: Skaf, por 16 anos e Vieira por 24.
Ambos torcem por negócios de ocasião, não pelo desenvolvimento de plantas de produção, de tecnologia e de expansão internacional de nossa economia.
Estão se lixando para o fato de o país estar sendo eternizado na condição de colônia agrícola e mineral, desde que posam estar nos lugares de beneficiários do entreposto. Foi por isso que assistiram e assistem, quietos e calados, a alienação do petróleo, a liquidação da indústria naval e o massacre de indústria de construção pesada, onde poderíamos aspirar posições globais.
Tudo no que pensam é em tirar direitos e salários de seus trabalhadores.
São os patos da Paulista, nadando de patadas para seu suicídio como empreendedores e uma longa vida de especuladores.

Funcionário falsificou documentos de avião usado em fuga de Ghosn Segundo empresa turca de locação de jatos, funcionário participou do esquema que eliminou o nome do ex-presidente da Nissan dos registros dos voos



Funcionário falsificou documentos de avião usado em fuga de Ghosn

Segundo empresa turca de locação de jatos, funcionário participou do esquema que eliminou o nome do ex-presidente da Nissan dos registros dos voos


Da Redação, O Estado de S.Paulo
03 de janeiro de 2020 | 09h08

Uma operadora de jatos privados da Turquia afirmou que Carlos Ghosn, ex-chefe da Nissan, usou seus aviões de forma ilegal para escapar do Japão. Um funcionário teria falsificado os documentos de aluguel da aeronave para excluir o nome do executivo dos papéis de voos.
Carlos Ghosn
Ex-presidente da Renault-Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn é acusado de desvio de dinheiro Foto: Manjunath Kiran/ AFP
A empresa MNG disse que vai abrir um processo criminal relativo ao incidente. O comunicado veio um dia depois de a polícia turca ter detido sete pessoas – incluindo quatro pilotos – como parte de uma investigação sobre a escala que Ghosn fez na Turquia antes de seguir para o Líbano.
Ghosn se tornou um fugitivo internacional depois de ser revelado que ele fugiu do Japão, onde enfrentava um processo criminal havia 13 meses e estava em prisão domiciliar. A Justiça japonesa acusa o ex-todo-poderoso da aliança Renault-Nissan de crimes financeiros.

Procurado

O governo libanês recebeu na quinta-feira, 2, um alerta de prisão de Ghosn emitido pela polícia internacional Interpol. Até o momento, a fuga do executivo de Tóquio não foi totalmente explicada. Uma rede de TV japonesa afirmou que Ghosn foi filmado por uma câmera de segurança deixando sua casa pouco antes de sua fuga. O monitoramento era parte do acordo com a Justiça do país.
Em comunicado, a MNG disse que alugou dois jatos para diferentes clientes que não pareciam ter conexão entre si. Um avião voou de Osaka, no Japão, para Istambul, na Turquia, e o outro de Istambul para Beirut, no Líbano. “O nome de Ghosn não apareceu nos documentos oficiais dos voos”, disse a companhia.
Um funcionário admitiu ter falsificado os registros e confirmou que agiu em “capacidade individual”, disse a companhia. / RETUERS

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