Funcionário falsificou documentos de avião usado em fuga de Ghosn Segundo empresa turca de locação de jatos, funcionário participou do esquema que eliminou o nome do ex-presidente da Nissan dos registros dos voos



Funcionário falsificou documentos de avião usado em fuga de Ghosn

Segundo empresa turca de locação de jatos, funcionário participou do esquema que eliminou o nome do ex-presidente da Nissan dos registros dos voos


Da Redação, O Estado de S.Paulo
03 de janeiro de 2020 | 09h08

Uma operadora de jatos privados da Turquia afirmou que Carlos Ghosn, ex-chefe da Nissan, usou seus aviões de forma ilegal para escapar do Japão. Um funcionário teria falsificado os documentos de aluguel da aeronave para excluir o nome do executivo dos papéis de voos.
Carlos Ghosn
Ex-presidente da Renault-Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn é acusado de desvio de dinheiro Foto: Manjunath Kiran/ AFP
A empresa MNG disse que vai abrir um processo criminal relativo ao incidente. O comunicado veio um dia depois de a polícia turca ter detido sete pessoas – incluindo quatro pilotos – como parte de uma investigação sobre a escala que Ghosn fez na Turquia antes de seguir para o Líbano.
Ghosn se tornou um fugitivo internacional depois de ser revelado que ele fugiu do Japão, onde enfrentava um processo criminal havia 13 meses e estava em prisão domiciliar. A Justiça japonesa acusa o ex-todo-poderoso da aliança Renault-Nissan de crimes financeiros.

Procurado

O governo libanês recebeu na quinta-feira, 2, um alerta de prisão de Ghosn emitido pela polícia internacional Interpol. Até o momento, a fuga do executivo de Tóquio não foi totalmente explicada. Uma rede de TV japonesa afirmou que Ghosn foi filmado por uma câmera de segurança deixando sua casa pouco antes de sua fuga. O monitoramento era parte do acordo com a Justiça do país.
Em comunicado, a MNG disse que alugou dois jatos para diferentes clientes que não pareciam ter conexão entre si. Um avião voou de Osaka, no Japão, para Istambul, na Turquia, e o outro de Istambul para Beirut, no Líbano. “O nome de Ghosn não apareceu nos documentos oficiais dos voos”, disse a companhia.
Um funcionário admitiu ter falsificado os registros e confirmou que agiu em “capacidade individual”, disse a companhia. / RETUERS

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