30/12/2012 - 17:14
Emissário para a Síria afirma ter plano para solucionar a crise
CAIRO (AFP)
O emissário internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, afirmou
neste domingo no Cairo ter uma proposta para uma solução política do
conflito "que pode ser aprovada pela comunidade internacional".
"Conversei com Rússia e Síria sobre o plano. Acredito que esta proposta pode ser aprovada pela comunidade internacional", declarou após uma reunião com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Al Arabi.
"A situação na Síria é muito ruim e piora a cada dia", completou.
"Há uma proposta para uma solução política baseada na declaração de Genebra, que prevê um cessar-fogo, a formação de um governo com prerrogativas completas e um plano para organizar eleições presidenciais ou legislativas", disse Brahimi.
O plano adotado em 30 de junho em Genebra pelo grupo de ação sobre a Síria prevê a formação de um governo de transição com plenos poderes no país, afetado por um violento conflito há 21 meses, mas não se pronuncia sobre o destino de Bashar al-Assad.
A saída do presidente sírio, no entanto, é uma das condições da oposição para iniciar qualquer tipo de diálogo nacional.
O grupo de ação sobre a Síria reúne os cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Rússia), além da Turquia, dos países que representam a Liga Árabe e dos secretários-gerais da Liga Árabe, da ONU e da União Europeia.
As tropas sírias bombardearam neste domingo redutos rebeldes perto de Damasco, um dia depois de mais uma jornada extremamente violenta no país em que 11 crianças morreram nas proximidades da capital.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), pelo menos 32 civis, incluindo 11 crianças e três mulheres, morreram no sábado nos bombardeios aéreos e terrestres da periferia sudoeste e nordeste de Damasco e nas áreas próximas.
Na madrugada de sábado para domingo, as forças leais ao presidente sírio Bashar al-Assad também enfrentaram os rebeldes em Harasta, ao nordeste de Damasco, e bombardearam Moadamiya al-Sham, sudoeste, e Bait Saham, perto da estrada que do aeroporto.
No sul do país, na província de Deraa, berço da revolução contra o regime, iniciada em março de 2011, o exército e os rebeldes travaram combates na cidade de Xeque Maskin.
A área próxima da fronteira com a Jordânia, controlada pelo regime, também foi cenário de confrontos.
Jordânia e Síria têm uma fronteira comum de 370 quilômetros que centenas de pessoas atravessam a cada dia a pé para fugir do conflito que, segundo o OSDH, provocou a morte de pelo menos 45.000 pessoas em 21 meses.
Na manhã de domingo, dois rebeldes morreram em combates com o exército na província central de Hama e foram registradas explosões na capital.
Na cidade de Homs, dezenas de pessoas morreram após um ataque do exército, que retomou o controle do bairro de Deir Baalbeh no sábado.
"Conversei com Rússia e Síria sobre o plano. Acredito que esta proposta pode ser aprovada pela comunidade internacional", declarou após uma reunião com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Al Arabi.
"A situação na Síria é muito ruim e piora a cada dia", completou.
"Há uma proposta para uma solução política baseada na declaração de Genebra, que prevê um cessar-fogo, a formação de um governo com prerrogativas completas e um plano para organizar eleições presidenciais ou legislativas", disse Brahimi.
O plano adotado em 30 de junho em Genebra pelo grupo de ação sobre a Síria prevê a formação de um governo de transição com plenos poderes no país, afetado por um violento conflito há 21 meses, mas não se pronuncia sobre o destino de Bashar al-Assad.
A saída do presidente sírio, no entanto, é uma das condições da oposição para iniciar qualquer tipo de diálogo nacional.
O grupo de ação sobre a Síria reúne os cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Rússia), além da Turquia, dos países que representam a Liga Árabe e dos secretários-gerais da Liga Árabe, da ONU e da União Europeia.
As tropas sírias bombardearam neste domingo redutos rebeldes perto de Damasco, um dia depois de mais uma jornada extremamente violenta no país em que 11 crianças morreram nas proximidades da capital.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), pelo menos 32 civis, incluindo 11 crianças e três mulheres, morreram no sábado nos bombardeios aéreos e terrestres da periferia sudoeste e nordeste de Damasco e nas áreas próximas.
Na madrugada de sábado para domingo, as forças leais ao presidente sírio Bashar al-Assad também enfrentaram os rebeldes em Harasta, ao nordeste de Damasco, e bombardearam Moadamiya al-Sham, sudoeste, e Bait Saham, perto da estrada que do aeroporto.
No sul do país, na província de Deraa, berço da revolução contra o regime, iniciada em março de 2011, o exército e os rebeldes travaram combates na cidade de Xeque Maskin.
A área próxima da fronteira com a Jordânia, controlada pelo regime, também foi cenário de confrontos.
Jordânia e Síria têm uma fronteira comum de 370 quilômetros que centenas de pessoas atravessam a cada dia a pé para fugir do conflito que, segundo o OSDH, provocou a morte de pelo menos 45.000 pessoas em 21 meses.
Na manhã de domingo, dois rebeldes morreram em combates com o exército na província central de Hama e foram registradas explosões na capital.
Na cidade de Homs, dezenas de pessoas morreram após um ataque do exército, que retomou o controle do bairro de Deir Baalbeh no sábado.
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