Sydney
(Austrália), 31 dez (EFE).- As Nações Unidas retiraram os últimos
"capacetes azuis" que permaneciam no Timor-Leste, país no qual a
segurança continua sendo frágil após uma década de independência,
marcada por focos de violência.
TIMOR-LESTE ONU
Sydney
(Austrália), 31 dez (EFE).- As Nações Unidas retiraram os últimos
"capacetes azuis" que permaneciam no Timor-Leste, país no qual a
segurança continua sendo frágil após uma década de independência,
marcada por focos de violência.
Com a retirada de perto de 30 policiais e militares de um contingente que chegou a ser composto por 1.500 soldados de diferentes países, concluiu oficialmente o mandato da chamada Missão Integrada das Nações Unidas no Timor-Leste.
Com a retirada de perto de 30 policiais e militares de um contingente que chegou a ser composto por 1.500 soldados de diferentes países, concluiu oficialmente o mandato da chamada Missão Integrada das Nações Unidas no Timor-Leste.
A ONU encerrou sua presença no Timor-Leste, onde contribuiu para a estabilização do país. EFE
O
até agora chefe da missão, o dinamarquês Finn Reske-Nielsen, disse à
emissora "Rádio Austrália", que desde a criação desta fizeram-se avanços
para que haja mais segurança e um maior clima de paz no país.
As Nações Unidas, que organizaram o referendo que em 1999 representou o final de quase meio século de ocupação indonésia, administrou o Timor-Leste até que em 2002 a independência foi declarada e o primeiro Governo formado.
E após tutelar a transição até 2005, retornou no ano seguinte quando o Governo timorense se viu obrigado a solicitar ajuda à comunidade internacional para sufocar uma onda de violência que esteve à beira de afundar o país em uma guerra civil.
O estopim daqueles distúrbios que causaram a morte de 30 pessoas e forçaram o deslocamento de perto de outras 150 mil, foi o motim protagonizado por 599 militares que foram expulsos das fileiras do Exército por reivindicar melhoras trabalhistas e denunciar a corrupção na instituição.
"Continua havendo desafios a conseguir. E quando os soldados da missão de paz se retirarem, esta relação olha rumo a uma nova fase focalizada no desenvolvimento social e econômico", assinalou Reske-Nielsen.
Apesar dos dividendos gerados pelas jazidas de petróleo e gás e de que o país recebeu da comunidade internacional cerca de US$ 1,5 bilhão em ajuda financeira, cerca de 41% da população do Timor-Leste, que chega a 1,1 milhão, vive abaixo da linha da pobreza e 40% dos jovens com idade de trabalhar carecem de emprego, segundo dados da ONU.
Em outubro passado as competências de segurança foram passadas para a Polícia timorense, depois que uma avaliação conjunta da ONU e das autoridades do Timor-Leste consideraram que ela estava preparada para assumir a tarefa.
Após a retirada do destacamento militar e policial da ONU, o Governo do Timor-Leste prevê continuar com a formação de suas forças de segurança com o apoio de vários países, sobretudo da Austrália.
"A presença das Nações Unidas criou vantagens e desvantagens, entre as primeiras, que nos proporcionou tempo para criar instituições sólidas, mas, o conseguimos?", disse em novembro passado à Agência Efe, Mari Alkatiri, chefe da oposição e líder do partido Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin).
O Timor-Leste foi invadido no final de 1975 pelas tropas da vizinha Indonésia e após mais de duas décadas de resistência armada e uma repressão que causou a morte de cerca de 183 mil pessoas, esta ex-colônia portuguesa declarou a independência em 2002, três anos depois do referendo organizado pela ONU.
A vitória independentista nas urnas enfureceu as milícias anexionistas e o Exército indonésio, que antes de deixar o território recorreram ao uso da violência contra a população, saquearam e destruíram Díli, a capital, e outras localidades.
O Timor-Leste realizou este ano eleições presidenciais e também legislativas sem que acontecessem incidentes violentos. COPIADO http://www.efe.com/efe
As Nações Unidas, que organizaram o referendo que em 1999 representou o final de quase meio século de ocupação indonésia, administrou o Timor-Leste até que em 2002 a independência foi declarada e o primeiro Governo formado.
E após tutelar a transição até 2005, retornou no ano seguinte quando o Governo timorense se viu obrigado a solicitar ajuda à comunidade internacional para sufocar uma onda de violência que esteve à beira de afundar o país em uma guerra civil.
O estopim daqueles distúrbios que causaram a morte de 30 pessoas e forçaram o deslocamento de perto de outras 150 mil, foi o motim protagonizado por 599 militares que foram expulsos das fileiras do Exército por reivindicar melhoras trabalhistas e denunciar a corrupção na instituição.
"Continua havendo desafios a conseguir. E quando os soldados da missão de paz se retirarem, esta relação olha rumo a uma nova fase focalizada no desenvolvimento social e econômico", assinalou Reske-Nielsen.
Apesar dos dividendos gerados pelas jazidas de petróleo e gás e de que o país recebeu da comunidade internacional cerca de US$ 1,5 bilhão em ajuda financeira, cerca de 41% da população do Timor-Leste, que chega a 1,1 milhão, vive abaixo da linha da pobreza e 40% dos jovens com idade de trabalhar carecem de emprego, segundo dados da ONU.
Em outubro passado as competências de segurança foram passadas para a Polícia timorense, depois que uma avaliação conjunta da ONU e das autoridades do Timor-Leste consideraram que ela estava preparada para assumir a tarefa.
Após a retirada do destacamento militar e policial da ONU, o Governo do Timor-Leste prevê continuar com a formação de suas forças de segurança com o apoio de vários países, sobretudo da Austrália.
"A presença das Nações Unidas criou vantagens e desvantagens, entre as primeiras, que nos proporcionou tempo para criar instituições sólidas, mas, o conseguimos?", disse em novembro passado à Agência Efe, Mari Alkatiri, chefe da oposição e líder do partido Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin).
O Timor-Leste foi invadido no final de 1975 pelas tropas da vizinha Indonésia e após mais de duas décadas de resistência armada e uma repressão que causou a morte de cerca de 183 mil pessoas, esta ex-colônia portuguesa declarou a independência em 2002, três anos depois do referendo organizado pela ONU.
A vitória independentista nas urnas enfureceu as milícias anexionistas e o Exército indonésio, que antes de deixar o território recorreram ao uso da violência contra a população, saquearam e destruíram Díli, a capital, e outras localidades.
O Timor-Leste realizou este ano eleições presidenciais e também legislativas sem que acontecessem incidentes violentos. COPIADO http://www.efe.com/efe
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