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04/06/2014 - 01:10
Argentina ativa reator de sua terceira central atômica
04 Jun 2014afp.com / Presidência / Ho
O então presidente argentino Nestor Kirchner e a esposa, Cristina Fernandez de Kirchner, atual presidente do país, visitam a estação de energia nuclear de Atucha II, em 15 de agosto de 2007
"Às 9H02 da manhã de hoje (terça-feira) foi gerada a primeira eletricidade do reator de Atucha II. Foi colocado em atividade o reator presidente Néstor Kirchner", disse José Luis Antúnez, encarregado da usina nuclear.
O reator leva o nome do falecido esposo da mandatária Cristina Kirchner, Néstor Kirchner, que implementou durante o seu governo (2003/2007) o Plano Nuclear Argentina, que deu forte impulso a esta atividade.
O analista explicou que "o reator está em atividade pela primeira vez em toda a sua vida. A máquina funciona por muitos anos e nos dará 60 anos de autoabastecimento para o futuro".
Atucha II, que fornecerá 745 megawatts capazes de abastecer 4 milhões de pessoas, soma-se à central Atucha I (335 MW), ambas na província de Buenos Aires, e à central Embalse (600 MW), localizada na província de Córdoba.
A usina começou a ser construída em 1980, mas permaneceu paralisada até 2006, quando foi lançado o Plano Nuclear Argentina e decidiu-se que as obras seriam concluídas.
Atualmente, os 7% da energia total gerada no país é de origem nuclear, e as autoridades esperam que, com a entrada em plena atividade de Atucha II, este percentual cresça para 10%.
A ativação do reator é a etapa mais esperada no processo de instalação e implica no início da operação nuclear, para em seguida começarem os testes com diferente níveis de potência, a fim de verificar o comportamento dos sistemas, até alcançar a operação comercial.
Atucha I, que ainda tem uma vida útil de 20 anos, localiza-se com Atucha II sobre a margem do rio Paraná, em Lima, no distrito de Zárate, a 115 km da capital argentina.
O Plano Nuclear Argentina também contempla a construção da usina Atucha III, a extensão da vida útil de Embalse, para 30 anos de operação, e o funcionamento do reator de baixa potência CAREM, desenhado e projetado por argentinos.
Para a construção da quarta central, o governo está em contato com empresas de Canadá, França, Rússia, China e Coreia do Sul, informou De Vido.
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