AO VIVO | Últimas notícias sobre o coronavírus no Brasil e no mundo
Brasil chega a 3.904 casos confirmados e 114 mortes por Covid-19. Após divulgar campanha “O Brasil não pode parar”, Governo Bolsonaro diz que campanha não existe. Prefeito de cidade do Piauí é a primeira vítima fatal no Estado. Acompanhe as últimas notícias
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O Ministério da Saúde confirmou 111 mortes por coronavírus (Covid-19) no Brasil, e 3.904 pessoas contaminadas ― 90% das mortes são de idosos com comorbidades. Em meio a crise, o Governo Jair Bolsonaro anunciou, em nota à imprensa, tratar-se de “uma mentira, uma fake news divulgada por determinados veículos de comunicação”, que estaria realizando uma campanha contra as medidas de isolamento social. A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) divulgou em suas redes sociais ao longo desta semana a campanha “O Brasil não pode parar”, contra as medidas de isolamento, mas as postagens foram apagadas. O total de pessoas contaminadas no mundo já chega a 600.663, com 27.737 mortes ―135.554 já foram curadas. A Itália registrou 889 mortes nas últimas 24 horas e já soma mais de 10.000 óbitos. Nos EUA, já são mais de 100.000 casos.
Os destaques sobre a crise do coronavírus:
- Brasil chega a 3.904 casos confirmados e 114 mortes por Covid-19.
- Após divulgar campanha “O Brasil não pode parar”, Governo Bolsonaro diz que campanha não existe.
- Itália registra 889 mortes em 24 horas e já soma 10.000 óbitos.
- Prefeito de cidade do Piauí é a primeira vítima fatal no Estado.
- Coronavírus causa mais mortes do que é informado na Espanha.
As últimas notícias ao vivo sobre a pandemia do coronavírus:
o: 114 pessoas morreram por causa do coronavírus, e não 111, como havia dito o Ministério da Saúde anteriormente. O número de casos confirmados permanece em 3.904.
Felipe Betim
A coletiva de imprensa foi encerrada. Amanhã, domingo, não haverá outra entrevista coletiva. Os dados serão atualizados na plataforma do Ministério da Saúde: https://covid.saude.gov.br/
Felipe Betim
João Gabbardo dos Reis, secretário-executivo do Ministério da Saúde: "O Brasil vai usar todos os leitos disponíveis, da rede pública e da rede privada. Temos um Sistema Único de Saúde, e a rede privada faz parte dele. Se precisar vamos fazer negociações com a rede privada. E já estamos aumentando em 30% nossa capacidade".
Felipe Betim
Wanderson Kleber de Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde, responde a pergunta do EL PAÍS sobre quando os testes rápidos serão usados e se já estão sendo validados: "Testes rápidos são testes sorológicos, de captura de anticorpo. Existem dezenas de marcas diferentes. A marca que a Espanha adquiriu [e que registrou defeito] nao é a mesma que estamos adquirindo. A Anvisa já aprovou algumas marcas e está analisando outras marcas. Estamos monitorando o que está no mercado. Ainda não estão validados na OMS, estão sendo feitos testes no mundo inteiro. (...) Esperamos receber esses testes ja nessa semana, em um volume razoável para começar a usar".
Felipe Betim
O governador do Rio, Wilson Witzel, elogiou a fala de Mandetta durante a coletiva de imprensa.
Agradeço ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, por voltar a liderar as orientações de Saúde no país, confirmando agora há pouco na TV o que acreditamos ser o certo: o isolamento social. Obrigado, ministro.#fiqueemcasa
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Felipe Betim
Mandetta ressalta que é preciso comparar o Brasil com países do mesmo padrão. Isso porque na Itália, por exemplo, as pessoas com mais de 60 anos representam 30% da população, e no Brasil 14%. Outro exemplo: a China e outros países europeus tem número grande de fumantes, enquanto que no Brasil o SUS colheu bons resultados após 20 anos experiência em campanha contra o cigarro.
Felipe Betim
"O presidente está certíssimo ao dizer que a crise econômica vai matar as pessoas. Temos que buscar uma fórmula com o Ministério da Economia", afirmou Mandetta, em aceno ao presidente Bolsonaro.
Felipe Betim
Mandetta também pediu calma aos brasileiros e que desliguem a televisão às vezes, porque as notícias podem ser "tóxicas", segundo suas palavras.
Felipe Betim
"Vai sair um mundo reflexivo, que vai ter que repensar seus valores", afirma Mandetta.
Felipe Betim
Mandetta ressaltou sua experiência como político, como gestor local, como gestor de hospital público e também no setor privado. E garantiu que se pauta pela ética. "Eu tô com as cabeças brancas da medicina no meu ouvido".
Felipe Betim
"Estamos falando de vida. Vamos nos pautar pela ciência. Precisamos de planejamento, calma, frieza. Nosso sistema tem coisas fortes", ressalta Mandetta.
Felipe Betim
Sobre o medicamento cloroquina, que o presidente Bolsonaro vem divulgando como possível cura do coronavírus, Mandetta afirmou que "não é uma panacéia" e que ainda está sendo estudado para casos graves. "Não é hora de sobrecarregar o sistema de saúde. Vamos aguardar", acrescentou em seguida. E mandou um aviso aos bolsonaristas que estão fazendo carreatas pelo país pedindo pela reabertura das atividades: "Não é hora. Os que estão fazendo carreata são os mesmos que vão ficar em casa".
Felipe Betim
Mandetta também fez um apelo aos governadores: "Não façam atitudes intempestivas, como a de entrar em uma fabrica de máscaras e pegar todas as máscaras para si". Ele se referia ao governador de São Paulo, João Doria, que ordenou recolher 500.000 máscaras da fábrica 3M.
Felipe Betim
"Não existe quarentena vertical, não existe quarentena horizontal, o que existe é a necessidade de arbitrar em determinados tempos. O lockdown, que é a parada absoluta, pode vir a ser necessária em alguma cidade. O que não existe é um lockdown em todo o território nacional e desarticulado", afirma Mandetta.
Felipe Betim
Mandetta explica que com os testes rápidos começarão a ser aplicados, inclusive a partir do sistema "drive-thru", em que as pessoas não precisam sair do carro. Ele destaca, contudo, que os testes marcam os anticorpos que reagem a gripe. Assim, ele só dá um resultado confiável após cinco dias de infecção. Portanto, o resultado pode ser de "falso negativo" se uma pessoa decide prematuramente fazer o teste.
Felipe Betim
"A burocracia é o maior inimigo da tomada de decisões. Numa emergência, a burocracia mata. Você quer fazer um ato e não pode passar do limite que a lei autoriza. Não sei como os órgãos de controle vão ver os atos no final", afirma Mandetta.
Felipe Betim
"Vamos trabalhar para poupar vidas, sabendo que haverá dias duros", afirma Mandetta. Ele tratou mais uma vez de afastar os rumores sobre um possível afastamento da pasta: "Vou ficar aqui junto com vocês enquanto o presidente permitir e eu tiver saúde".
Felipe Betim
"A economia é muito importante para a saúde. O que colocamos em dúvida são os critérios dessas quarentenas [adotadas pelos governos]", afirma Mandetta. "Vamos colocar alguns critérios, porque são necessários. Não serão os critérios do ministro Mandetta, estamos trabalhando com os secretários para estabelecer um consenso".
Felipe Betim
Mandetta, que havia se alinhado à retórica bolsonarista nos últimos dias, ao dizer que algumas medidas de restrição à circulação foram drásticas, adota agora um tom mais técnico. Afirma que, embora o coronavírus atinja com mais força os mais idosos e com doenças prévias, os jovens não estão imunes. Também explica que o coronavírus se manifesta como uma gripe arrastada, em comparação com as demais.
Carla Jiménez
Após boatos de demissão, Mandetta reforça necessidade de isolamento
O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, conduz normalmente a coletiva com atualização dos números de infectados e mortes por coronavírus no Brasil. Na manhã deste sábado, houve rumores em Brasília com apostas de que ele entregaria sua demissão hoje mesmo. A pressão do presidente Jair Bolsonaro por abertura do isolamento social seria um fator que estaria colocando os dois em lados opostos. Neste sábado, Mandetta voltou à carga com a defesa do isolamento até que tudo seja organizado em termos de infraestrutura. “Vamos nos mover pela ciência e pela parte técnica com planejamento”, afirmou.
Dias atrás, chegou a ser criticado por modular o discurso, aparentemente alinhado com a proposta de Bolsonaro. Mas neste sábado, voltou a reforçar sua preocupação com a necessidade de isolamento
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