Últimas notícias sobre o coronavírus e a crise política no Brasil
Bolsonaro sanciona, com vetos, ajuda de 60 bilhões de reais a Estados e municípios. Em meio à crise institucional, General Heleno nega intenção de intervir militarmente. Mundo supera 5,7 milhões de infectados, tendo o Brasil como o segundo em casos e o sexto em mortes causadas pela covid-19. Banco de México prevê queda de até 8,8% no PIB para este ano. Nissan fecha fábrica na Espanha e trabalhadores protestam por previsão de 3.000 demissões. Seul volta a fechar parques
São Paulo , Brasília , Madri - 28 MAY 2020 - 14:52 BRT
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O novo coronavírus infectou mais de 5,7 milhões de pessoas no mundo, e o Brasil é o segundo em casos registrados (com mais de 400.000 infecções) e o sexto em mortes causadas pela covid-19, com 25.598 óbitos confirmados pelo Ministério da Saúde até esta quarta. A pandemia causa impactos sem precedentes na economia mundial: o Banco do México prevê uma queda de mais de 8% no PIB para este ano e a Nissan anunciou nesta quinta-feira o fechamento de uma fábrica em Barcelona, causando protestos na Espanha. No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro sancionou o projeto de lei que libera 60 bilhões de reais em ajuda para Estados e municípios durante a crise, com vetos. E, em meio à pandemia e a crise política instaurada entre os três Poderes, o general Augusto Heleno negou na manhã desta quinta qualquer intenção de intervir militarmente.
Veja os destaques da cobertura nesta quinta-feira:
- Em meio à crise institucional, General Heleno nega intenção de intervir militarmente.
- Bolsonaro sanciona, com vetos, ajuda de 60 bilhões de reais a Estados e municípios.
- Mundo supera 5,7 milhões de infectados, tendo o Brasil como o segundo em casos e o sexto em mortes causadas pela covid-19.
- Seul volta a fechar parques e espaços públicos após aumento nas infecções.
- Banco de México prevê queda de até 8,8% no PIB para este ano.
- Nissan fecha fábrica na Espanha e trabalhadores protestam por previsão de 3.000 demissões.
- Covid-19 no Brasil: 25.598 mortos e 411.821 casos confirmados.
Acompanhe as principais notícias sobre o coronavírus e a crise política:
Auxílio emergencial deve ser prorrogado "com outro perfil", segundo secretário da Economia
O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse que o auxílio emergencial de 600 reais, voltado aos trabalhadores informais para enfrentar os efeitos da pandemia do coronavírus, deve ser prorrogado, mas sob um novo formato. "O auxílio emergencial será prorrogado? Muito provavelmente sim, mas com outro perfil, outro formato. É um programa valiosíssimo, de alta efetividade, mas caro", afirmou Rodrigues em uma audiência virtual de uma comissão do Congresso.
Segundo o secretário, o repasse de três parcelas previsto por lei, custarão 152 bilhões de reais. O presidente Jair Bolsonaro também já havia afirmado, na semana passada, que o benefício poderia ser prolongado, mas não no valor de 600 reais.
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Diogo Magri
Campeonato inglês define data para voltar
Os 20 clubes da Premier League, o campeonato nacional mais famoso do mundo, definiram nesta quinta-feira uma data para o retorno da competição, que foi interrompida no dia 9 de março. Os jogos voltarão a ser disputados em 17 de junho, com o complemento da 29ª rodada, que foi paralisada na metade. Depois, faltarão nove partidas para cada clube para finalizar o campeonato.
17.06.2020
Premier League Shareholders today agreed to a new provisional restart date for the 2019/20 season of Wednesday 17 June, provided that all safety requirements are in place
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Gil Alessi
Ceará terá flexibilização da quarentena no dia 1º de junho
O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), anunciou nesta quinta-feira a flexibilização das políticas de quarentena e isolamento social à partir do dia 1º de junho. O Estado é o terceiro mais afetado pela pandemia do coronavírus, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.
No plano de transição gradual estabelecido por Santana será autorizada a abertura de lojas ligadas a material de construção, higiene e beleza (barbearias e manicures) e óticas. Boa parte do setor indústrial também terá permissão para funcionar, bem como obras de construção civil com até 100 operários.
Esta etapa inicial irá durar sete dias, e nova avaliação será feita com base nos indicadores de Saúde após este período, levando em conta a prograssão da doença e a disponibilidade de leitos em Unidades de Tratamento Intensivo.
Na imagem, os comércios e indústrias autorizados a retornar à atividade à partis do início de junho.
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Daniela Mercier
Reprovação de Bolsonaro bate recorde e chega a 43%, aponta Datafolha
A rejeição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cresceu desde abril e alcançou 43%, um recorde no mandato, aponta pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira. No levantamento anterior, de 27 de abril, o índice de entrevistados que consideravam o Governo ruim ou péssimo era de 38%.
Pela nova pesquisa, a aprovação de Bolsonaro continua estável, com 33%. Já o percentual daqueles que consideram a gestão regular caiu de 26% para 22%. O Datafolha realizou a pesquisa em 25 e 26 de maio, com 2.069 brasileiros adultos que possuem telefone celular em todas as regiões e estados do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Entre aqueles entrevistados que assistiram ao vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, divulgado na última sexta, a rejeição a Bolsonaro sobe para 53%. Além disso, 37% do total de entrevistados afirmaram que Bolsonaro "em nenhuma situação se comporta como um presidente da República deveria se comportar" (em dezembro, 28% concordavam com essa afirmação).
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Gil Alessi
A Premier League volta dia 17 de junho
Manchester City e Arsenal, no dia 17 de junho, disputarão a partida que marca o retorno da Premier League. Os 20 clubes que disputam o torneio estão reunidos pelo segundo dia seguido nesta quinta-feira para discutir a volta do futebol inglês, interrompido em 9 de março pela pandemia do coronavírus.
Foto: Chris J. Ratcliffe (AFP)Publicar
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Marina Rossi
“A cidade de São Paulo continua em quarentena. Infelizmente ainda não viramos a página”, diz Bruno Covas
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), convocou uma entrevista coletiva para esta quinta-feira para detalhar o plano de reabertura gradual da cidade anunciado ontem pelo governador do Estado, João Doria (PSDB). O prefeito, no entanto, repetiu as informações que já haviam sido dadas no dia anterior, aprofundando pouco as questões envolvendo a retomada de alguns setores na capital.
De acordo com Covas, para que as concessionárias, shoppings, escritórios, imobiliárias e lojas – que são os setores liberados para reabrir nessa fase – possam de fato voltar às atividades, terão de apresentar antes um plano à Prefeitura. Neste plano, que pode ser enviado pelas associações e representantes de cada setor, deverá conter as medidas de saúde, higiene e testagem, que serão tomadas. E deve passar pela aprovação prévia da Prefeitura. O prefeito não detalhou que tipo de testagem seria essa.
Após aprovação da Prefeitura, aí sim, esses setores começarão a reabrir. Ontem, Covas falou em cerca de 15 dias a partir de 1 de junho para a reabertura. Hoje, ele ressaltou que se os índices no município piorarem, todos os setores serão fechados novamente. “A cidade de São Paulo continua em quarentena. Infelizmente ainda não viramos a página”, afirmou hoje.
A capital soma hoje 54.948 casos confirmados e 180.720 suspeitos. Dentre os óbitos, há também um grande número de suspeitos, que poderia fazer com que os índices, como taxa de contaminação e óbitos por infectados mudasse radicalmente: são 3.619 mortes notificadas em decorrência da covid-19 e 3.777 suspeitas. De acordo com Covas, 92% dos leitos de UTI dedicados a pacientes com coronavírus estão ocupados na capital, um índice, que faz parte de uma média que vem sendo mantida desde o último dia 5, de acordo com ele.
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Diogo Magri
"Acabou, porra! Ontem foi o último dia", diz Bolsonaro sobre inquérito das notícias falsas
O presidente Jair Bolsonaro se manifestou na manhã desta quinta-feira, em frente ao Palácio do Alvorada, sobre as investigações no inquérito da fake news que ocasionou em 29 mandados de busca e apreensão em casas de políticos, blogueiros e empresários bolsonaristas na última quarta-feira. "Acabou, porra! As coisas têm um limite, ontem foi o último dia", afirmou ele. "A liberdade de expressão é sagrada entre vocês e também entre a mídia alternativa. Inventaram o nome 'Gabinete do Ódio'. Não pode um processo começar em cima de uma fake news. Invadir casas de pessoas inocentes e submeter a humilhações é inadmissível!".
"Essa historinha de criminalizar o crime de ódio é censurar a mídia social", continuou o presidente. "A mídia social que me trouxe à Presidência. Não gastei nada". Ele disse ter na alma o "espírito da democracia e do respeito ao próximo" e pediu providências ao Poder Judiciário por ter "extrapolado".
Após defender a liberdade de expressão, Bolsonaro não aceitou perguntas dos repórteres presentes e encerrou o pronunciamento quando um jornalista tentou questioná-lo.
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Diogo Magri
Mais de dois milhões de desempregados em uma semana nos EUA
Os Estados Unidos registraram na última semana 2 milhões e 123 mil novos desempregados em todo o país como consequência da crise causada pela pandemia do novo coronavírus. A quantidade é semelhante à da semana anterior, quando 2 milhões e 446 mil pessoas perderam seus empregos. (Reuters)
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Diogo Magri
General Heleno: "Ninguém está pensando em intervenção militar"
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, afirmou nesta quinta-feira que uma intervenção militar "não resolve nada" e "ninguém está pensando nisso" dentro do Governo a jornalistas no Palácio da Alvorada, segundo o jornal O Globo.
"Intervenção militar não resolve nada. Ninguém está pensando nisso. Não houve esse pensamento nem da parte do presidente, nem da parte de nenhum dos ministros. Isso só tem na cabeça da imprensa. A imprensa está contaminada com isso, não sei por que", disse ele. Os questionamentos surgiram depois da nota em que Heleno citou "consequências imprevisíveis" caso o celular do presidente Jair Bolsonaro fosse apreendido. "Eu não citei o nome do ministro Celso de Mello, não citei o nome do procurador-geral. Fiz uma nota simplesmente genérica e houve uma distorção", se defendeu o ministro.
Para ele, as manifestações dos apoiadores do presidente que pedem uma intervenção das Forças Armadas são isoladas e "absolutamente irresponsáveis". "Podem falar o que quiser, podem prever um regime soviético no Brasil. Não tem nada a ver. A manifestação é livre, espontânea, permitida", pontuou ele.
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Heloísa Mendonça
Crise provocada pela pandemia faz país perder 4,9 milhões de postos de trabalho, a maioria informais
Sob os efeitos da crise gerada pela pandemia do coronavírus, a taxa de desemprego passou de 11,2% para 12,6% no trimestre encerrado em abril, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Mensal, divulgada nesta quinta-feira, pelo IBGE. No mês passado, a fila do desemprego atingia 12,8 milhões de pessoas.
A população ocupada no período sofreu uma queda recorde de 5,2% na comparação com o trimestre anterior encerrado em janeiro, com perda de 4,9 milhões de postos de trabalho. Hoje, são 89,2 milhões de brasileiros na população ocupada, contra 94,2 milhões em janeiro.
“Dos 4,9 milhões de pessoas a menos na ocupação, 3,7 milhões foram de trabalhadores informais. O emprego com carteira assinada no setor privado teve uma queda recorde também. A gente chega em abril com o menor contingente de pessoas com carteira assinada, que é de 32,2 milhões.”, explica Adriana Beringuy, analista da pesquisa do IBGE.
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Diogo Magri
Aras se manifesta e diz que partidos não podem solicitar apreensão de celular de Bolsonaro
O procurador-geral da República, Augusto Aras, rejeitou na manhã desta quinta-feira o pedido de apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro, feito pela direção dos partidos PDT, PSB e PV, além dos deputados Rui Falcão e Gleisi Hoffmann, ambos do PT, e encaminhado para análise pelo ministro do STF Celso de Mello.
Segundo a PGR, Aras não avaliou o mérito do pedido, mas considerou que a "investigação não pode ser instaurada a partir de pedidos de partidos políticos. Ainda assim, o que eles estão pedindo já está sendo investigado em outro inquérito específico (4.831), e é lá que devem ser feitas as diligências".
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Marina Novaes
Bolsonaro sanciona, com vetos, ajuda de 60 bilhões de reais a Estados e municípios
O presidente Jair Bolsonaro sancionou a ajuda de 60 bilhões de reais do governo federal a Estados e municípios por causa da pandemia, e vetou o trecho que ampliava as categorias de servidores públicos que poderiam ter aumento salarial antes do final de 2021. A sanção com o veto foi publicada em edição do Diário Oficial desta quinta-feira.
O congelamento de salários do funcionalismo foi a contrapartida negociada pela equipe econômica durante a discussão do projeto.
Além de prever os repasses de 60 bilhões de reais por 4 meses, o texto também trata da suspensão de pagamentos de dívidas entre Estados, municípios e União, e da reestruturação de operações de crédito interno e externo junto a instituições financeiras e instituições multilaterais de crédito em meio ao estado de calamidade pela crise do coronavírus, que já matou mais de 25 mil pessoas no país.
O texto sancionado prevê que apenas profissionais de saúde e de assistência social envolvidos nas medidas de combate à pandemia ficam isentos da proibição de reajuste aos servidores até 31 de dezembro de 2021. (Reuters)
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Marina Novaes
Mundo ultrapassa 5,7 milhões de infectados. Brasil é o segundo em casos
5.716.271 pessoas contraíram o novo coronavírus e, destas, 356.124 perderam a vida em decorrência da covid-19, segundo dados da Universidade Johns Hopkins (EUA), que mapeia as informações diariamente, com base nos dados da Organização Mundial da Saúde e das autoridades locais. O Brasil é o segundo em número de pessoas infectadas —com 411.821 casos confirmados—, atrás apenas dos Estados Unidos, que tem quase 1,7 milhão de pessoas que contraíram o vírus Sars-Cov-2. Em número de mortes, o Brasil amarga a sexta posição no levantamento mundial.
- Estados Unidos: 100.442 mortes pela covid-19;
- Reino Unido: 37.542 mortes;
- Itália: 33.072 mortes;
- França: 28.599 mortes;
- Espanha: 27.117 mortes;
- Brasil: 25.598 mortes;
- Bélgica: 9.388 mortes;
- México: 8.597 mortes;
- Alemanha: 8.449 mortes;
- Irã: 7.627 mortes causadas pela covid-19.
- copiado https://brasil.elpais.com/brasil/
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