Venezuela
Maduro herdará situação econômica complicada
Especialistas preveem desaceleração da economia, com redução dos gastos públicos
América Latina
Maioria dos economistas prevê que a economia da Venezuela irá desacelerar neste ano, com a redução dos gastos públicos
Nicolás Maduro venceu a eleição por apenas 1,6 ponto percentual
(Juan Barreto/AFP)
Por causa dos amplos programas sociais financiados pelo petróleo e pela comoção provocada pela morte de Chávez, que morreu de câncer em 5 de março, existia a expectativa de que Maduro tivesse uma vitória fácil contra o oposicionista Henrique Capriles. Mas, diante da diferença apertada, Capriles não reconheceu o resultado oficial e exigiu uma recontagem.
A percepção de que Maduro tem um mandato fraco pode motivar contestações de dentro da heterogênea coalizão formada em torno de Chávez, e a sobrecarga sobre as finanças públicas pode obrigá-lo a reduzir a generosidade dos programas sociais do país. A maioria dos economistas prevê que a economia da Venezuela irá desacelerar neste ano, com a redução dos gastos públicos, depois dos fortes dispêndios de 2012, que ajudaram Chávez a conquistar, em outubro, o seu quarto mandato.
"Veremos uma redução nos gastos do governo, principalmente no programa de construção de moradias, e a desvalorização também vai limitar o crescimento", disse Angel Garcia, da consultoria Econometrica, que faz críticas ao governo. "Será um ano de inflação com crescimento estagnado."
Ao mesmo tempo, a inflação anual pode chegar a 30% graças a uma desvalorização cambial e a uma maior oferta de dinheiro. Desabastecimentos periódicos de produtos como remédios e farinha de milho devem continuar sendo um transtorno.
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O governo, no entanto, mantém suas projeções de que o crescimento neste ano será de 6% e aliados de Maduro dizem que as especulações sobre uma desaceleração são parte de uma campanha difamatória. "Não deve haver desaceleração, o crescimento deve ser similar ao de 2012", disse o economista José Pina, cujas análises tendem a ser alinhadas com as do governo.
COPIADO http://veja.abril.com.br/
(com agência Reuters)
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