Edinho: 'Situação do PT é grave. Negar é equívoco'
Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva avalia que o PT passa por um momento delicado; "Não sou hipócrita. A situação do PT é grave. Negar isso seria um equívoco"; ele admite também que "foi um erro" seu partido peitar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na disputa pela presidência da Câmara; apesar de dizer que o governo passa por uma crise "inegável", o ministro diz que o PT e a presidente Dilma estão absolutamente tranquilos em relação aos pedidos de impeachment; "O impeachment não é uma questão política, é jurídica. Para que tenha um impeachment, você tem de ter um fundamento jurídico. O governo não se preocupa com essa pauta" de Outubro de 2015 às 12:48Edinho comenta a relação com o PMDB, e diz que 'todo governo tem que ceder aos anseios de seus aliados, se não não governa', mas pondera que antes, qualquer reforma administrativa deve ser feita com o povo como prioridade. Ele admite que "foi um erro" o PT peitar Eduardo Cunha na disputa pela presidência da Câmara, com o deputado Arlindo Chinaglia.
Apesar de dizer que o governo passa por uma crise "inegável", o ministro da Comunicação diz que o PT e a presidente Dilma estão absolutamente tranquilos em relação aos pedidos de impeachment que tramitam na Câmara.
"O impeachment não é uma questão política, é jurídica. Para que tenha um impeachment, você tem de ter um fundamento jurídico. O governo não se preocupa com essa pauta. A nossa preocupação é ter um desafio imenso pela frente, que é a retomada do crescimento econômico, da geração de empregos, da distribuição de renda, geração de oportunidades".
Tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, Edinho Silva falou também sobre a investigação aberta contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar a doação de R$ 7,5 milhões supostamente desviados da Petrobras.
"O que tem contra mim é uma delação premiada de alguém que, portanto, negociou redução de pena. Eu li integralmente a delação do empresário (Ricardo Pessoa). Ele diz que eu o pressionei elegantemente e no parágrafo abaixo diz que nunca se sentiu pressionado. Na mesma delação. Respeito o pedido de abertura de inquérito do procurador. Ele deve ter visto na delação coisas que eu leigo, não vi. Prefiro, inclusive, que haja inquérito porque não quero dúvidas sobre o meu trabalho à frente da coordenação financeira da campanha da presidenta Dilma. Assumi a coordenação financeira já com o processo de investigação em andamento. Fui chamado para ocupar essa função em junho. Relutei. Todos sabem e humildemente digo, eu seria certamente um dos deputados mais votados do PT de São Paulo".
Edinho avalia ainda que a reforma administrativa feita pela presidente Dilma Rousseff chega num momento adequado e de forma acertada. Veja aqui a entrevista completa.
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