30/05/2013 - 17:43
Presidente sírio admite ter recebido mísseis russos
30
Mai
2013
BEIRUTE (AFP)
O presidente sírio, Bashar al-Assad, admitiu implicitamente ter
recebido sistemas sofisticados de defesa antiaérea da Rússia, em uma
declaração publicada nesta quinta-feira.
Segundo o regime sírio, esse armamento destina-se a dissuadir qualquer intervenção estrangeira na guerra travada na Síria.
Em um novo golpe contra a organização de uma conferência internacional de paz por Washington e Moscou, a oposição síria descartou sua participação enquanto "militantes iranianos e do Hezbollah (libanês) invadirem a Síria".
Esta conferência, da qual o regime a princípio aceitou participar, tem como objetivo reunir a oposição e o governo para tentar encontrar uma solução política para o conflito que em 27 meses deixou mais de 94.000 mortos e obrigou mais de 5 milhões de sírios a fugir.
Perguntado em uma entrevista concedida à rede de televisão do Hezbollah, Al-Manar, a respeito do fornecimento de mísseis terra-ar prometidos por Moscou, Assad respondeu: "Todos os acordos passados com a Rússia serão honrados e parte deles já o foi recentemente".
A entrevista deve ser exibida na íntegra à noite.
Desencadeada em março de 2011 por uma revolta popular que se militarizou frente à repressão, a guerra é travada entre o Exército e uma rebelião heterogênea composta de desertores, civis que pegaram em armas e estrangeiros jihadistas.
Os combatentes do poderoso movimento armado libanês, grande aliado de Assad, participam dos combates ao lado do Exército na cidade estratégica de Qousseir (centro-oeste), próximo à fronteira com o Líbano. As forças leais ao presidente sírio já retomaram 80% da localidades.
Apelo a ajuda
Soldados e combatentes do Hezbollah se preparam para atacar o último bolsão rebelde em Qousseir, enquanto a oposição lançou um apelo "urgente" para que a comunidade internacional salve "mais de 1.000 civis feridos".
"A cidade não tem médicos, socorristas e materiais de primeiros socorros", acrescentou em um comunicado a Coalizão opositora.
A televisão síria anunciou a tomada do setor de Arjoun, um dos últimos redutos da rebelião no norte de Qousseir, praticamente eliminando as chances de os combatentes conseguirem escapar.
O controle de Qousseir, alvo de um ataque lançado em 19 de maio, é essencial para a rebelião porque a cidade fica localizada no principal ponto de passagem de combatentes e armas para o Líbano, e para o as forças do regime por ligar Damasco ao litoral, sua base de retaguarda.
A confirmação do fornecimento de mísseis russos S-300 pode aumentar ainda mais a tensão na região, onde um contágio do conflito suscita temores.
O vice-ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Riabkov, justificou na terça a entrega prevista, considerando que o objetivo é dissuadir qualquer possibilidade de intervenção externa no conflito. De acordo com o Wall Street Journal, o acordo de venda dos mísseis é de 2010.
Esses modernos mísseis podem destruir aviões ou mísseis teleguiados, e, segundo o ministro israelense de Relações Estratégicas, Youval Steinitz, podem atingir aviões sobre o principal aeroporto israelense.
Apesar disso, Israel indicou que não quer provocar "uma escalada" com a Síria, mas que não permitirá a transferência de armas "estratégicas" para o Hezbollah.
O Estado hebreu efetuou em maio dois ataques aéreos contra alvos militares perto de Damasco, alegando que seu objetivo foi impedir uma transferência de armas ao Hezbollah.
Impasse nos esforços de paz
Enquanto a guerra continua intensa em várias frentes na Síria, matando dezenas de pessoas todos os dias, russos e americanos têm dificuldades para organizar a conferência internacional de paz prevista para junho em Genebra.
O novo golpe saiu da oposição, que, apesar de suas divisões, anunciou que "não fará parte de nenhuma conferência internacional ou de nenhum outro esforço do tipo enquanto militantes do Irã e do Hezbollah invadirem a Síria", de acordo com uma declaração de seu líder interino George Sabra.
Para ele, "diante da selvageria (nr: em Qousseir), qualquer discussão sobre uma conferência internacional ou para uma solução política na Síria se revela uma conversa sem sentido".COPIADO http://www.afp.com/pt/
Segundo o regime sírio, esse armamento destina-se a dissuadir qualquer intervenção estrangeira na guerra travada na Síria.
Em um novo golpe contra a organização de uma conferência internacional de paz por Washington e Moscou, a oposição síria descartou sua participação enquanto "militantes iranianos e do Hezbollah (libanês) invadirem a Síria".
Esta conferência, da qual o regime a princípio aceitou participar, tem como objetivo reunir a oposição e o governo para tentar encontrar uma solução política para o conflito que em 27 meses deixou mais de 94.000 mortos e obrigou mais de 5 milhões de sírios a fugir.
Perguntado em uma entrevista concedida à rede de televisão do Hezbollah, Al-Manar, a respeito do fornecimento de mísseis terra-ar prometidos por Moscou, Assad respondeu: "Todos os acordos passados com a Rússia serão honrados e parte deles já o foi recentemente".
A entrevista deve ser exibida na íntegra à noite.
Desencadeada em março de 2011 por uma revolta popular que se militarizou frente à repressão, a guerra é travada entre o Exército e uma rebelião heterogênea composta de desertores, civis que pegaram em armas e estrangeiros jihadistas.
Os combatentes do poderoso movimento armado libanês, grande aliado de Assad, participam dos combates ao lado do Exército na cidade estratégica de Qousseir (centro-oeste), próximo à fronteira com o Líbano. As forças leais ao presidente sírio já retomaram 80% da localidades.
Apelo a ajuda
Soldados e combatentes do Hezbollah se preparam para atacar o último bolsão rebelde em Qousseir, enquanto a oposição lançou um apelo "urgente" para que a comunidade internacional salve "mais de 1.000 civis feridos".
"A cidade não tem médicos, socorristas e materiais de primeiros socorros", acrescentou em um comunicado a Coalizão opositora.
A televisão síria anunciou a tomada do setor de Arjoun, um dos últimos redutos da rebelião no norte de Qousseir, praticamente eliminando as chances de os combatentes conseguirem escapar.
O controle de Qousseir, alvo de um ataque lançado em 19 de maio, é essencial para a rebelião porque a cidade fica localizada no principal ponto de passagem de combatentes e armas para o Líbano, e para o as forças do regime por ligar Damasco ao litoral, sua base de retaguarda.
A confirmação do fornecimento de mísseis russos S-300 pode aumentar ainda mais a tensão na região, onde um contágio do conflito suscita temores.
O vice-ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Riabkov, justificou na terça a entrega prevista, considerando que o objetivo é dissuadir qualquer possibilidade de intervenção externa no conflito. De acordo com o Wall Street Journal, o acordo de venda dos mísseis é de 2010.
Esses modernos mísseis podem destruir aviões ou mísseis teleguiados, e, segundo o ministro israelense de Relações Estratégicas, Youval Steinitz, podem atingir aviões sobre o principal aeroporto israelense.
Apesar disso, Israel indicou que não quer provocar "uma escalada" com a Síria, mas que não permitirá a transferência de armas "estratégicas" para o Hezbollah.
O Estado hebreu efetuou em maio dois ataques aéreos contra alvos militares perto de Damasco, alegando que seu objetivo foi impedir uma transferência de armas ao Hezbollah.
Impasse nos esforços de paz
Enquanto a guerra continua intensa em várias frentes na Síria, matando dezenas de pessoas todos os dias, russos e americanos têm dificuldades para organizar a conferência internacional de paz prevista para junho em Genebra.
O novo golpe saiu da oposição, que, apesar de suas divisões, anunciou que "não fará parte de nenhuma conferência internacional ou de nenhum outro esforço do tipo enquanto militantes do Irã e do Hezbollah invadirem a Síria", de acordo com uma declaração de seu líder interino George Sabra.
Para ele, "diante da selvageria (nr: em Qousseir), qualquer discussão sobre uma conferência internacional ou para uma solução política na Síria se revela uma conversa sem sentido".COPIADO http://www.afp.com/pt/
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