Nigéria
Dez mortos em ataques atribuídos ao Boko Haram |
por Texto da Lusa, publicado por Lina SantosHoje
Alegados membros do Boko Haram atacaram ontem duas aldeias no nordeste
da Nigéria, com um balanço de pelo menos dez mortos perto de Chibok,
onde mais de 250 estudantes foram sequestradas há dois meses pelos
islamitas.
De acordo com habitantes e responsáveis locais, o
ataque prolongou-se por nove horas e apenas terminou após a intervenção
da aviação militar, que bombardeou as posições rebeldes.
"Recolhemos dez corpos atingidos por balas", perto das aldeias de Kwaranglum e Tsaha, declarou uma das testemunhas à agência noticiosa AFP.
Um habitante de Kwaranglum admitiu que o balanço das vítimas pode ser mais elevado.
"Há muitos corpos dispersos na savana porque os atacantes perseguiram as pessoas que procuravam refúgio e mataram-nas", denunciou.
As testemunhas referem que homens armados e envergando uniformes militares tomaram de assalto na manhã de hoje as duas aldeias, que foram incendiadas, e abateram os habitantes que tentavam fugir.
Este duplo ataque constituiu uma aparente represália pela morte na terça-feira de oito militantes do Boko Haram, em confrontos com uma milícia de autodefesa de Kwaranglum.
O exército nigeriano lançou há mais de um ano uma vasta operação em três estados do nordeste, bastiões do Boko Haram, incluindo em Borno, onde se situa Chibok, para tentar aniquilar a insurreição islamita desencadeada em 2009 e que provocou milhares de mortos.
No entanto, as violências continuam a ocorrer quase diariamente, com o grupo armado a flagelar em particular as povoações onde foram formadas milícias anti-Boko Haram, com a ajuda dos militares.
Apesar da forte mobilização e dos estado de emergência no nordeste, os militares são criticados quer pela sua incapacidade em pôr cobro às violências, como pela ferocidade da sua repressão.
O aumento da tensão na Nigéria também se relaciona com a perspetiva de eleições, previstas para janeiro de 2015, onde se espera a recandidatura do presidente Goodluck Jonathan.
COPIADO http://www.dn.pt/
"Recolhemos dez corpos atingidos por balas", perto das aldeias de Kwaranglum e Tsaha, declarou uma das testemunhas à agência noticiosa AFP.
Um habitante de Kwaranglum admitiu que o balanço das vítimas pode ser mais elevado.
"Há muitos corpos dispersos na savana porque os atacantes perseguiram as pessoas que procuravam refúgio e mataram-nas", denunciou.
As testemunhas referem que homens armados e envergando uniformes militares tomaram de assalto na manhã de hoje as duas aldeias, que foram incendiadas, e abateram os habitantes que tentavam fugir.
Este duplo ataque constituiu uma aparente represália pela morte na terça-feira de oito militantes do Boko Haram, em confrontos com uma milícia de autodefesa de Kwaranglum.
O exército nigeriano lançou há mais de um ano uma vasta operação em três estados do nordeste, bastiões do Boko Haram, incluindo em Borno, onde se situa Chibok, para tentar aniquilar a insurreição islamita desencadeada em 2009 e que provocou milhares de mortos.
No entanto, as violências continuam a ocorrer quase diariamente, com o grupo armado a flagelar em particular as povoações onde foram formadas milícias anti-Boko Haram, com a ajuda dos militares.
Apesar da forte mobilização e dos estado de emergência no nordeste, os militares são criticados quer pela sua incapacidade em pôr cobro às violências, como pela ferocidade da sua repressão.
O aumento da tensão na Nigéria também se relaciona com a perspetiva de eleições, previstas para janeiro de 2015, onde se espera a recandidatura do presidente Goodluck Jonathan.
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