Eduardo Naddar / Ag. O Dia / 18/10/2010
Família de estudante acusa um policial militar de participar das agressões
Carlyle Jr., do R7 | 28/02/2Um estudante de 23 anos foi parar no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) do Hospital Estadual Rocha Faria, em Campo Grande, zona oeste do Rio, após ser espancado dentro da unidade de saúde Doutor José Bueno Lopes, em Seropédica, na Baixada Fluminense.
Na madrugada do último dia 16, Helton David Berriel dos Santos foi pedir ajuda no local após se envolver em uma briga com outro jovem em um bar no centro do município. Segundo a família da vítima, o rapaz, acompanhado do irmão, um policial militar, espancou Helton na frente de médicos e funcionários da unidade.
De acordo com a polícia, os dois jovens teriam brigado por causa de uma discussão sobre futebol. O pai de Helton, Dervandro dos Santos, de 44 anos, diz que o filho iniciou as agressões quando deu um chute no rosto do outro rapaz.
Após a confusão, o suspeito, segundo Dervandro, foi em casa buscar o irmão policial militar, que teria ameaçado a vítima. De acordo com Dervandro, a dupla agrediu o estudante na porta do DPO (Destacamento de Policiamento Ostensivo), que fica próximo à unidade de Saúde Doutor José Bueno Lopes. O pai da vítima diz que os irmãos invadiram o hospital e espancaram Helton violentamente.
- Eles não podiam ter feito isso com o meu filho. O irmão policial poderia ter prendido o Helton, já que ele participou da briga no bar e não fazer o que fez.
Testemunhas negam envolvimento de PM
O caso foi registrado na Delegacia de Seropédica (48ª DP). De acordo com a chefe do Departamento de Polícia da Baixada Fluminense, Tercia Amoedo, as testemunhas que já foram ouvidas no inquérito disseram que o PM, que é lotado na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do morro de São Carlos, apenas tentou separar a briga entre os dois jovens.
- A versão oficial é que o policial militar tentou apaziguar a briga entre o irmão e a vítima. Por isso, a polícia, a princípio, não investiga a participação do PM no inquérito. Se há testemunhas que viram o policial envolvido na ação, elas devem procurar a delegacia.
Em depoimento, o agressor também disse que o irmão foi ao local apenas para separar a briga. A polícia já intimou o policial militar a prestar esclarecimentos. Funcionários do posto de saúde foram ouvidos na tarde desta terça-feira (28) e não confirmaram a participação do PM na confusão.
A polícia já está com os boletins médicos da vítima. Se a análise dos documentos ou exame de corpo de delito comprovarem as agressões, o suspeito pode responder por tentativa de homicídio.
Procurado pelo R7, o secretário municipal de Saúde de Seropédica, Alexandre Passos, negou que a dupla de irmãos tenha invadido a unidade médica. Segundo ele, Helton e outro jovem, que estava acompanhado de um homem, procuraram atendimento no posto ao mesmo tempo. Lá, de acordo com Passos, eles reiniciaram a briga.
- O guarda municipal, que estava fazendo a segurança da unidade de saúde, tentou conter a briga. Os funcionários, desconfiados de que o acompanhante de um dos jovens estivesse armado, procuraram ajuda no DPO, que fica ao lado da unidade. Depois disso, os dois se evadiram da unidade.
Passos disse ainda que Helton recebeu os primeiros atendimentos na unidade de Seropédica antes de ser transferido para o Hospital Rocha Faria. A Secretaria Estadual de Saúde informou na tarde desta terça-feira que o estado de saúde do estudante é estável.
Jovem espancado na Ilha do Governador
No dia 2 de fevereiro, o estudante Vitor Suarez Cunha, de 21 anos, foi espancado por cinco jovens de classe média alta no bairro Jardim Guanabara, na Ilha do Governador, zona norte.
Segundo testemunhas, o espancamento começou quando o estudante tentou evitar a agressão a um morador de rua. Após ser agredido com socos e pontapés, o rapaz passou por uma cirurgia de reconstrução da face.
012 às 18h25COPIADO : http://noticias.r7.com/
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