Eletrobras pode perder até R$5 bi com renovação de concessões

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012 19:33 BRT
 

RIO DE JANEIRO, 28 Fev (Reuters) - A renovação das concessões do setor elétrico que vencem a partir de 2015 poderão significar em uma perda de receita de até 5 bilhões de reais para a Eletrobras, segundo disse o presidente da estatal, José Carvalho da Costa Neto, nesta terça-feira.

O executivo informou que os cálculos preliminares apontam para essa perda máxima, embora ele avalie que as perdas podem ser menores que os 5 bilhões projetados.

"Nosso 'business plan' está sendo concluído já levando em conta o vencimento da concessão e vamos tomar medidas de tal maneira a manter a capacidade de investimento e market share", disse ele a jornalistas.

"A perda de receita tem várias hipóteses e o máximo de perda seria de 5 bilhões... O valor de 5 bilhões é o máximo, mas tenho impressão que pode não acontecer", acrescentou ele, ao lembrar que a receita anual da holding é de 32 bilhões de reais. COPIADO http://br.reuters.com:

A expectativa é que o governo opte pela renovação onerosa das concessões do setor elétrico que expiram a partir de 2015, o que afetaria a receita das empresas uma vez que a energia produzida e transmitida a partir de ativos amortizados passaria a ser vendida a preços mais baixos.

Costa Neto espera compensar essa perda com grandes projetos hidrelétricos como Santo Antônio , Jirau, Teles Pires, parte de Belo Monte e a usina nuclear de Angra 3. "Eles (os empreendimentos novos) podem repor até com sobre essa perda de receita", estimou ele.

O executivo adiantou que o plano de negócios da empresa até 2021 prevê investimento médio anual de 13 bilhões de reais. Para este ano, a estatal pretende aplicar 13 bilhões de reais contra 10 bilhões no ano passado.

O plano estratégico aponta ainda que os investimentos vão possibilitar um incremento na geração de 2,5 gigawatts em média por ano até 2021. "A Eletrobrás tem 38 por cento da geração do país e precisamos continuar o investimento para manter o market share das nossas operações", completou ele.

(Por Rodrigo Viga Gaier e Leila Coimbra)

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