Publicado em Segunda, 27 Fevereiro 2012 21:34
A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou ontem que as "oportunidades" abertas pela aprovação do segundo resgate à Grécia superam os "riscos" envolvidos, mas reconheceu que pode não ser essa a solução definitiva. "Ninguém pode dar uma garantia de êxito de 100%", afirmou Merkel, que considera que é preciso um caminho "longo" e "não isento de perigos" para a estabilização da economia grega.
- Escrito por EFE
A chefe do governo alemão fez estas declarações no Bundestag, o Parlamento federal, no debate anterior à votação do legislativo para dar sinal verde à contribuição alemã de 36 bilhões de euros ao segundo resgate grego, que chega a um total de 130 bilhões de euros.
O Parlamento alemão aprovou em seguida o segundo resgate por folgada maioria – foram 496 votos a favor, 90 contrários e cinco abstenções.
A proposta obteve apoio tanto na maioria dos deputados da coalizão governamental – integrada pela União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel, a União Social-Cristã da Baviera (CSU) e o Partido Liberal (FDP) – quanto dos opositores do governo, os social-democratas e verdes.
Crescimento – "A solidez, o crescimento e a solidariedade são as bases deste novo pacote de resgate", afirmou Merkel sobre a nova ajuda financeira para a Grécia, que tem como objetivo reduzir a dívida pública para até 120% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano de 2020.
A chanceler acrescentou que em seu cargo há a possibilidade de assumir certos riscos, "mas não aventuras", e destacou que no processo de saída da crise aconteceu um avanço enorme nos últimos dois anos. A solução da crise grega depende não apenas da Grécia, argumentou Merkel, mas também da Alemanha, do restante de países resgatados, dos periféricos com problemas de endividamento e do conjunto da União Europeia (UE).
Eficiência – Ela afirmou que na Grécia ainda há muito por fazer em termos de melhora da competitividade econômica, de aperfeiçoamento do sistema de arrecadação tributária, de melhora da eficiência, e de dinamização e liberalização do mercado.
"Todos têm que fazer sua parte. Em primeiro lugar, a Grécia", ressaltou Merkel.
Neste sentido, ela anunciou que a Alemanha vai "acelerar" suas contribuições ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE), para que sua contribuição financeira de 22 bilhões de euros esteja totalmente disponível em dois anos – para 2013 – em vez de em cinco anos, como estava previsto inicialmente.
A chanceler destacou os esforços reformistas que estão acontecendo em outros países da eurozona, como a Itália e a Espanha. Sobre este último país, Merkel ressaltou como positiva a aprovação do "freio da dívida" constitucional e a "exaustiva" reforma do mercado de trabalho, que segundo sua opinião será um "impulso ao crescimento". Copiado : http://www.dcomercio.com.br
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