22/07/2013 - 14:32
(AFP)
Israel libertará 80 presos palestinos como gesto de boa vontade
(AFP) JERUSALÉM
"As libertação dos prisioneiros começaram quando forem iniciadas as conversações. Estamos falando de libertá-los por etapas", afirmou a fonte, que não quis ser identificada.
"São cerca de 80 prisioneiros, todos presos antes dos acordos de paz de Oslo, de 1993", acrescentou.
A fonte não quis dar detalhes sobre quando ou quem tomará a decisão, nem se o tema foi tratado por todos os ministros ou apenas pelo premier Benjamín Netanyahu.
Segundo a rádio israelense, Netanyahu apresentará o tema a seu gabinete nos próximos dias, antes do primeiro encontro entre os negociadores israelenses e palestinos previsto para o início da próxima semana.
No domingo, Netanyahu afirmou que as negociações com os palestinos não serão fáceis, expressou a esperança de que sejam realizadas de maneira responsável, prática e séria.
Na sexta-feira, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, anunciou em Amã que israelenses e palestinos chegaram a um acordo de princípio para retomar as negociações de paz "dentro de uma semana mais ou menos" em Washington.
O chefe da diplomacia americana indicou que, como primeira etapa, o negociador palestino, Saeb Erakat, e sua homóloga israelense, Tzipi Livni, se reunirão em Washington "para iniciar as primeiras reuniões dentro de uma semana, mais ou menos".
O presidente palestino, Mahmud Abbas, comemorou o acordo, mas ressaltou que "ainda existem detalhes específicos a serem resolvidos".
Ele exige o congelamento imediado da construção de assentamentos judaicos e a libertação de prisioneiros.
Como esperado, o movimento radical islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, rejeitou o anúncio.
No sábado, Israel anunciou que irá libertar alguns prisioneiros palestinos como um "gesto" de boa vontade.
A última rodada de negociações foi interrompida totalmente em setembro de 2010, quando Israel se negou a manter o congelamento da construção de novos assentamentos nos territórios palestinos.
Israelenses e palestinos têm posições muito diferentes no que diz respeito às questões do status final dos territórios, incluindo as fronteiras de um futuro Estado palestino, o direito de retorno dos refugiados palestinos e o destino de Jerusalém, que ambos desejam como capital.
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