Manifestantes encontram Polícia na Câmara e reagem - OAB vai cobrar explicações à CMN Vídeo mostra disparos Manifestante grava ação da Guarda Legislativa

 
 
  • Guardas agiram após câmeras serem danificada

    Manifestantes encontram Polícia na Câmara e reagem

    Publicação: 20 de Julho de 2013 às 00:00

    Em aproximadamente sete quilômetros de percurso, os manifestantes se comportaram de forma ordeira quase todo o tempo. Alguns deles, porém, entraram em confronto com policiais militares na altura do Estádio Arena das Dunas e em frente ao Midway Mall. Nas ocasiões, bombas de efeito moral foram lançadas e o tumulto dispersado. Ao se aproximarem da Câmara Municipal, porém, a situação ficou tensa.

     O Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque) chegou à Câmara meia hora antes do grupo de manifestantes se aproximar. Cerca de 50 policiais, munidos de escudo e armas não letais, evitaram que os manifestantes e vândalos infiltrados avançassem. O trecho da Avenida Campos Sales, entre as ruas Jundiaí e Apodi, se transformou num campo de batalha. Pedras e garrafas foram arremessadas pelos manifestantes contra os policiais, que revidaram com bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral, além de balas de borracha.

     Uma série de atos de vandalismo foi registrada em várias ruas do Centro e Tirol. A loja Jacaúna teve a vidraça lateral destruída. Alguns vândalos tentaram saquear o local, mas foram impedidos por policiais militares. A gerente da loja, Carlinda de Sousa, contou que não imaginava que o protesto iria terminar daquela maneira. “Fico triste porque é aqui que eu trabalho e não queria que isso acontecesse”, disse.

    Ao longo da Rua Apodi, vidraças e cestos de lixo foram quebrados. Na avenida Rio Branco, o grupo de vândalos levou pânico aos ambulantes que comercializam lanches nas calçadas. “Eles passaram por aqui e queriam virar meu carrinho. Sorte que alguns deles que proibiram”, disse uma ambulante. Os bancos Santander e Bradesco também tiveram vidraças destruídas.

     O Edifício Ducal também foi apedrejado, assim como a loja Ibis e outros pontos comerciais. Durante a tentativa de dispersão dos manifestantes, a Viatura 005 do BPChoque colidiu com a motocicleta do marceneiro Railson Rocha, de 49 anos. “Eu ia no meu sentido, o sinal aberto para mim e a viatura veio na contramão e bateu”, relatou. Railson teve ferimentos leves e a motocicleta ficou avariada.

    Balanço Final

     De acordo com o comandante-geral da PM, coronel Francisco Araújo, três adultos e um adolescente de 15 anos foram detidos. Um dos adultos tinha um mandado de prisão por roubo em aberto e ficou preso. Ele e os outros dois estavam arremessando pedras e quebrando vidraças quando foram detidos. O adolescente foi apreendido enquanto apontava um laser para o helicóptero Potiguar I, o que poderia ter causado um acidente, disse o coronel.

     Ele irá pedir para que a Polícia Civil investigue os atos de vandalismo para identificar quem os praticou. No final da noite desta sexta-feira, 19, a OAB emitiu uma nota de repúdio na qual “condena todo e qualquer ato de violência perpetrado em desacordo com a ordem constitucional e defende a identificação e responsabilização das pessoas que tenham praticado delitos durante as manifestações” de quinta e sexta-feira.

    Guarda Municipal

     Os atos de violência cometidos por guardas legislativos e municipais contra os ocupantes da Câmara Municipal no início da tarde da quinta-feira, 18, serão analisados pela Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semdes). O titular da pasta, Osair Vasconcelos, evitou falar em excessos ou apontar culpados, afirmando que as imagens precisam ser minuciosamente avaliadas e depoimentos dos envolvidos, colhidos.   O secretário ressaltou que os guardas municipais se dirigiram à Câmara Municipal para atender um pedido de reforço de efetivos, apenas. “Nós atuamos apenas como um apoio à guarda legislativa. As ações, a execução do planejamento de retirada dos estudantes, foi da guarda legislativa”, enfatizou Vasconcelos. Sobre as imagens da ação considerada truculenta pela Ordem dos Advogados do Brasil, que mostram guardas municipais e legislativos agredindo manifestantes que reivindicavam de forma pacífica, o secretário disse que “é preciso ver e separar os guardas legislativos dos municipais”, que podem ser confundidos pela cor da farda.   Sobre a aplicação de sanções aos guardas, Osair Vasconcelos disse que é “preciso avaliar primeiramente o que aconteceu para poder falar em sanção”.

  COPIADO  http://tribunadonorte.com.br/

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