Após Aécio, líder diz que PSDB 'vai pagar caro' com voto a favor de Temer em denúncia
O líder do PSDB na Câmara, deputado Ricardo Tripoli (SP), disse ao Blog nesta quarta-feira (27) que seu partido "vai pagar caro" na eleição de 2018 se a bancada votar a favor do presidente Michel Temer na segunda denúncia na Câmara dos Deputados.
Na avaliação do líder, antes do afastamento de Aécio Neves do mandato, determinado nesta terça (26) por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a bancada do PSDB podia entregar votos parecidos com os entregues na primeira denúncia. Ou seja: um placar dividido.
Na primeira denúncia, foram 22 votos a favor de Temer contra 21 da bancada do PSDB.
Mas, diante do fato novo envolvendo Aécio, Tripoli acredita que o partido sairá ainda mais desgastado do que na primeira denúncia, se apoiar Temer.
Ele argumenta que o deputado tucano que votou contra o presidente na primeira denúncia e avalia votar diferente agora ficará sem discurso.
"Eu voto pela admissibilidade. Tem este elemento novo que é o fato do Aécio. Você já tinha um problema que, cada vez mais próximo da eleição, mais difícil fica. Quem votou pela não admissibilidade e votar a favor agora pode corrigir o rumo pela história do PSDB. Agora, quem votou pela admissibilidade da primeira denúncia e agora mudar, na eleição, pagará um preço caro. Quer dizer que na primeira denúncia você entendeu que havia motivos e agora não?", questiona o líder do PSDB.
Na primeira votação, Tripoli orientou pela admissibilidade da denúncia. Agora, afirmou que pode liberar os deputados mesmo diante do fator Aécio – mas disse que, antes, irá reunir a bancada "para refletir".
"Esta denúncia é mais robusta, mas preciso ouvir a bancada", enfatizou.
Aécio foi um dos principais líderes tucanos que articularam apoio a Temer na primeira denúncia por corrupção passiva, derrubada pela Câmara.
Nos bastidores, assessores do presidente avaliam que o revés ao tucano possa contaminar a votação da segunda denúncia já que se fortalece o grupo dentro do partido que defende o afastamento do governo, liderado pelo senador Tasso Jereissati (CE).
Ajuda de TemerAliados de Aécio querem levar o caso do tucano ao plenário do Senado. Segundo o Blog apurou, Temer disse a interlocutores que vai ajudar Aécio, pedindo apoio a senadores.
Nesta quarta-feira, o presidente tem um almoço marcado com senadores da base aliada.
copiado http://g1.globo.com/politica/
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