Sem Forças Armadas, Rocinha terá 500 PMs por dia na favela

Sem Forças Armadas, Rocinha terá 500 PMs por dia na favela - Jose Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo

Sem Forças Armadas, Rocinha terá 500 PMs por dia na favela

Do UOL, no Rio
  • 29.set.2017 - Soldados deixam a Rocinha após uma semana em meio a uma guerra entre facções rivais
    29.set.2017 - Soldados deixam a Rocinha após uma semana em meio a uma guerra entre facções rivais
Após a saída das Forças Armadas, a favela da Rocinha, na zona sul do Rio, vai contar com a presença de 500 policiais militares por dia na comunidade, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública. Antes da ação das Forças Armadas, eram 300 homens. Os gabinetes de Operações Especiais e de Polícia Pacificadora também passarão a funcionar na favela por tempo indeterminado.
"A polícia se preparou para a saída das Forças Armadas", afirmou o secretário de Segurança Pública, Roberto Sá, que chegou à favela nesta tarde.
Segundo Sá, a saída dos militares da Rocinha foi "uma decisão do Ministério da Defesa, respeitada pela Secretaria de Segurança". Pouco antes, o governador do Rio Luiz Fernando Pezão (PMDB) afirmou que os militares não queriam permanecer mais do que uma semana no local. "Foi um pedido deles, é natural que a gente atenda", declarou.
Apesar do discurso oficial de que a situação na comunidade está estabilizada, houve novo tiroteio na noite de quinta-feira (28). De acordo com a PM, militares do Batalhão de Choque trocaram tiros com seis homens "fortemente armados". Um suspeito foi atingido e encaminhado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas morreu. Ontem, dois adolescentes de 16 anos foram torturados por traficantes em um dos becos da Rocinha por suspeitarem que eles pertenceriam a um grupo rival, segundo a polícia.
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Tiroteio na Rocinha leva pânico a moradores30 fotos

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29.set.2017 - Forças Armadas deixam a Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro, após uma semana na comunidade, em meio a uma guerra entre facções rivais. Os comboios começaram a deixar a comunidade por volta das 3h30 desta madrugadaVEJA MAIS >Imagem: Jose Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo
Os confrontos na Rocinha se intensificaram depois de uma tentativa de invasão, em 17 de setembro, quando criminosos leais ao ex-chefe do tráfico Antônio Bonfim Lopes, o Nem, atacaram o bando de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que passou a ditar as ordens na favela após a prisão do antecessor, em 2011.
O objetivo de Nem, que cumpre pena em Porto Velho (RO), é retomar o controle das bocas de fumo. Mesmo detido e fora do Estado, ele continua a dar ordens na quadrilha. Já o ex-aliado e agora rival, Rogério 157, está foragido e é procurado pela polícia.
Na quinta-feira (28), forças especiais da PM fizeram uma operação no Complexo da Maré, conjunto de favelas da zona norte da cidade, após denúncias de que o traficante poderia estar escondido nas favelas Nova Holanda e Parque União. Ele não foi encontrado.
Até a noite de quinta, as forças de segurança prenderam 24 suspeitos durante as ações na Rocinha. Também foram apreendidos 25 fuzis, 14 granadas e sete bombas de fabricação caseira, segundo informou a Secretaria de Estado de Segurança Pública. Três suspeitos foram mortos durante confrontos entre policiais e criminosos.
Segundo ele, a saída dos 950 militares que patrulhavam a favela desde a semana passada foi uma decisão do Comando Militar do Leste.

ESTAMOS PREPARADOS PARA VOLTAR, DIZ MINISTRO

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