Com a Polícia Militar em greve, bandidos saqueiam lojas na Bahia

 

Grupos arrombaram estabelecimentos na madrugada desta sexta-feira
Pelo menos cinco lojas de eletrodomésticos foram saqueadas na madrugada desta sexta-feira em bairros centrais de Salvador. Segundo testemunhas, grupos grandes, de mais de 30 pessoas, a maioria encapuzada e algumas armadas, promoveram o arrombamento e o furto de mercadorias dos estabelecimentos, que estavam fechados na hora dos ataques.

Os ataques ocorrem em meio à paralisação parcial da Polícia Militar na Bahia, iniciado na tarde de terça-feira pela Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), uma das entidades que representam a categoria.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, pelo menos dois terços do efetivo policial do Estado trabalha normalmente, mas o governo baiano pediu o reforço de tropas da Força Nacional e do Exército. Segundo o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, a intenção da medida é "aumentar a sensação de segurança" da população.

No fim da noite de ontem chegaram à Base Aérea de Salvador os primeiros 150 integrantes da Força Nacional que vão fortalecer o contingente no Estado. Outros 500, que estão se deslocando por terra, são aguardados nesta sexta-feira, bem como 2 mil militares, que devem atuar no policiamento ostensivo nas principais cidades baianas.

Em cidades como Ilhéus, no litoral sul do Estado, e Feira de Santana, segundo maior município baiano, a 110 km de Salvador, apesar de o comando da Polícia Militar ter informado o envio de reforços para a segurança dos dois municípios, parte do comércio das cidades continuou fechado. Em Feira de Santana, rodoviários e empresas de transporte coletivo optaram por não tirar os veículos das garagens.
Em Salvador, cresceu a presença de manifestantes acampados na frente da Assembleia Legislativa. Preocupados com um possível confronto com integrantes da Força Nacional, cerca de 400 grevistas se juntaram aos 100 que ocupavam o local desde terça-feira. Mulheres e filhos de policiais também são vistos no local.

A Aspra, que congrega cerca de 2 mil filiados, do universo de 32 mil PMs e bombeiros da ativa na Bahia, cobra do governo a incorporação de gratificações aos salários, além de regulamentação para o pagamento de adicionais, como de periculosidade e acidente. As outras associações de classe não aderiram à paralisação e o comando-geral da PM diz não reconhecer a Aspra como entidade de classe.
Agência Estado
COPIADO : http://zerohora.clicrbs.com.br

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