25/01/2013 - 15:49
Artista e ativista Ai Weiwei publica investigação sobre morte suspeita na China
PEQUIM (AFP)
O artista e ativista chinês Ai Weiwei postou na internet uma
exaustiva investigação em vídeo sobre a polêmica morte do líder de uma
localidade que teve desentendimentos com as autoridades, um possível
assassinato que chocou o país.
"Realizar este filme levou dois anos. Eu mesmo fiz as entrevistas e minha equipe de filmagem viajou para esta localidade", declarou nesta sexta-feira à AFP o artista dissidente.
O documentário, de uma hora e 42 minutos de duração, está disponível no Youtube (censurado na China) no seguinte endereço: http://www.youtube.com/watch?v=pE01QjhPcSY&feature=youtu.be
Qian Yunhui, respeitado chefe do comitê da localidade de Zhaiqiao (China Oriental), foi atropelado por um caminhão no Natal de 2010. As fotos de seu corpo destroçado, preso sob a roda dianteira esquerda do veículo, foram publicadas em vários sites chineses.
A versão oficial do acidente foi imediatamente rechaçada por pessoas próximas, convencidas de que o líder local foi assassinado por seu combate contra a uma série de desapropriações forçadas.
O caso chamou a atenção da sociedade chinesa com todos os polêmicos ingredientes: trabalhadores do campo expulsos de suas terras, policiais acusados de manipulações, internautas mobilizados e censura nos meios de comunicação oficiais.
A dimensão dramática do caso foi amplificada por um fato inusitado, a vítima levava consigo um relógio-câmera de vídeo que registrou os últimos momentos de sua vida.
Qian havia sido preso três vezes desde 2005 por ter exigido em nome dos camponeses indenizações pelas expropriações para a construção de uma central elétrica. O homem chegou a ser ameaçado, ao ponto de não dormir duas noites seguidas em sua casa nos dias anteriores a sua morte.
Apesar de não chegar a nenhuma conclusão, a investigação de Ai Weiwei revela todas as lacunas, as questões obscuras, o desaparecimento de testemunhas e a retenção das provas relacionadas a morte de Qian Yunhui.
"É impossível tomar uma posição, já que na China não existe verdade", assegura Ai Weiwei. "Não sabemos como Qian morreu", acrescentou.
"Realizar este filme levou dois anos. Eu mesmo fiz as entrevistas e minha equipe de filmagem viajou para esta localidade", declarou nesta sexta-feira à AFP o artista dissidente.
O documentário, de uma hora e 42 minutos de duração, está disponível no Youtube (censurado na China) no seguinte endereço: http://www.youtube.com/watch?v=pE01QjhPcSY&feature=youtu.be
Qian Yunhui, respeitado chefe do comitê da localidade de Zhaiqiao (China Oriental), foi atropelado por um caminhão no Natal de 2010. As fotos de seu corpo destroçado, preso sob a roda dianteira esquerda do veículo, foram publicadas em vários sites chineses.
A versão oficial do acidente foi imediatamente rechaçada por pessoas próximas, convencidas de que o líder local foi assassinado por seu combate contra a uma série de desapropriações forçadas.
O caso chamou a atenção da sociedade chinesa com todos os polêmicos ingredientes: trabalhadores do campo expulsos de suas terras, policiais acusados de manipulações, internautas mobilizados e censura nos meios de comunicação oficiais.
A dimensão dramática do caso foi amplificada por um fato inusitado, a vítima levava consigo um relógio-câmera de vídeo que registrou os últimos momentos de sua vida.
Qian havia sido preso três vezes desde 2005 por ter exigido em nome dos camponeses indenizações pelas expropriações para a construção de uma central elétrica. O homem chegou a ser ameaçado, ao ponto de não dormir duas noites seguidas em sua casa nos dias anteriores a sua morte.
Apesar de não chegar a nenhuma conclusão, a investigação de Ai Weiwei revela todas as lacunas, as questões obscuras, o desaparecimento de testemunhas e a retenção das provas relacionadas a morte de Qian Yunhui.
"É impossível tomar uma posição, já que na China não existe verdade", assegura Ai Weiwei. "Não sabemos como Qian morreu", acrescentou.
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