22/01/2013 - 18:15
Príncipe Harry diz ter matado talibãs durante missão no Afeganistão
LONDRES (AFP)
O príncipe Harry afirmou ter matado alguns talibãs durante as 20
semanas que passou no Afeganistão como piloto artilheiro de helicópteros
Apache, segundo declarações divulgadas na segunda-feira, coincidindo
com o fim de sua missão neste complicado país centro-asiático.
As declarações do príncipe causaram uma reação imediata dos talibãs, que o chamaram de louco.
O ministério da Defesa anunciou, por sua vez, que o terceiro na linha de sucessão ao trono da Inglaterra partiu do Afeganistão, depois de terminar a missão que começou no dia 7 de setembro na província de Helmand, no sul do país.
Interrogado por jornalistas durante sua estada em Camp Bastion, a maior base britânica no Afeganistão, sobre se havia matado insurgentes a partir de seu helicóptero de combate, o príncipe Harry, de 28 anos, respondeu: "Sim, como muita gente fez".
"Tirar uma vida para salvar uma vida (...) é no que consiste, suponho", acrescentou o príncipe em declarações à agência Press Association, que o entrevistou em três ocasiões no local com a condição de não divulgar nada até o fim da missão.
"Se houver gente tentando fazer algo mau contra os nossos, então os colocamos fora do jogo", disse o jovem, que integrava um esquadrão de 130 pessoas.
A missão de Harry, ou "Capitão Wales", como é conhecido no exército, consistiu em vigiar, apoiar as tropas da coalizão que lutavam contra os talibãs, escoltar outras aeronaves em missão de resgate e, em caso de necessidade, entrar em combate.
"Disparamos quando temos que disparar, mas essencialmente somos mais uma força de dissuasão do que qualquer outra coisa", disse o príncipe.
Como co-piloto artilheiro, Harry ia sentado na cabine à frente do piloto e estava encarregado do manejo das armas desta sofisticada aeronave equipada com mísseis ar-terra Hellfire, foguetes e uma metralhadora.
"É um prazer para mim porque sou uma destas pessoas que gostam de jogar PlayStation e XBox, ou seja, com meus polegares quero pensar que sou provavelmente bastante útil", declarou este apaixonado pelos videogames e pouco fã confesso dos estudos acadêmicos.
Os talibãs responderam às declarações de Harry afirmando que o príncipe "tem provavelmente um problema mental", informou nesta terça-feira um porta-voz do grupo insurgente.
"Há 49 países com seus poderosos exércitos fracassando na luta contra os mujahedines e agora vem o príncipe e compara esta guerra com seus jogos de PlayStation ou como que quer que se chame", disse Zabiulá Mujahid à AFP.
"Esta é uma guerra séria, uma guerra histórica, resistência para nós, para nosso povo", explicou Mujahid por telefone a partir de um local desconhecido.
"Mas nós não levamos seus comentários muito a sério, já que todos já vimos e ouvimos que muitos soldados estrangeiros, ocupantes que vêm ao Afeganistão, desenvolvem algum tipo de problema mental quando vão embora".
Já o príncipe, referindo-se a sua vida no acampamento, a classificou de totalmente normal, ou ao menos "tão normal como pode ser".
O príncipe não recebeu nenhum tratamento especial durante sua
estadia, e trabalhava, comia, se divertia e dormia nas mesmas condições
que seus companheiros, com os quais compartilhava um quarto em um
contêiner transformado.
No entanto, apesar de estar longe dos flashes, ainda considerava que gerava muita expectativa entre os outros milhares de soldados da base quando saía de sua unidade.
"Esta é provavelmente outra razão pela qual gosto de estar nas bases de patrulha, longe de tudo", disse o príncipe, que nunca ocultou seu desejo de lutar na linha de frente.
O filho mais novo do príncipe Charles já havia vivido uma primeira experiência militar de 10 semanas no Afeganistão como controlador de caça-bombardeiros em 2007/08, que precisou ser interrompida quando a imprensa informou sobre sua presença.
Desta vez, no entanto, as autoridades decidiram tornar sua missão pública, o que suscitou rapidamente ameaças dos talibãs, e a base sofreu um ataque que deixou dois soldados americanos mortos e muitos danos materiais poucos dias após sua chegada, em setembro.
A mobilização do príncipe Harry ocorreu apenas duas semanas após a divulgação de fotos nas quais ele era visto nu durante uma partida de "strip-bilhar" em Las Vegas, da qual agora se arrepende dizendo que "não esteve à altura" e "decepcionou a sua família".
Ao falar do futuro, o príncipe disse estar impaciente para ser tio do bebê esperado por seu irmão William e por Kate, mas o solteiro com fama de farrista não tem pessoalmente nenhuma pressa de se acalmar.
Antes espera poder participar neste ano de uma expedição de ex-soldados mutilados à Antártida.
COPIADO http://www.afp.com/pt/
As declarações do príncipe causaram uma reação imediata dos talibãs, que o chamaram de louco.
O ministério da Defesa anunciou, por sua vez, que o terceiro na linha de sucessão ao trono da Inglaterra partiu do Afeganistão, depois de terminar a missão que começou no dia 7 de setembro na província de Helmand, no sul do país.
Interrogado por jornalistas durante sua estada em Camp Bastion, a maior base britânica no Afeganistão, sobre se havia matado insurgentes a partir de seu helicóptero de combate, o príncipe Harry, de 28 anos, respondeu: "Sim, como muita gente fez".
"Tirar uma vida para salvar uma vida (...) é no que consiste, suponho", acrescentou o príncipe em declarações à agência Press Association, que o entrevistou em três ocasiões no local com a condição de não divulgar nada até o fim da missão.
"Se houver gente tentando fazer algo mau contra os nossos, então os colocamos fora do jogo", disse o jovem, que integrava um esquadrão de 130 pessoas.
A missão de Harry, ou "Capitão Wales", como é conhecido no exército, consistiu em vigiar, apoiar as tropas da coalizão que lutavam contra os talibãs, escoltar outras aeronaves em missão de resgate e, em caso de necessidade, entrar em combate.
"Disparamos quando temos que disparar, mas essencialmente somos mais uma força de dissuasão do que qualquer outra coisa", disse o príncipe.
Como co-piloto artilheiro, Harry ia sentado na cabine à frente do piloto e estava encarregado do manejo das armas desta sofisticada aeronave equipada com mísseis ar-terra Hellfire, foguetes e uma metralhadora.
"É um prazer para mim porque sou uma destas pessoas que gostam de jogar PlayStation e XBox, ou seja, com meus polegares quero pensar que sou provavelmente bastante útil", declarou este apaixonado pelos videogames e pouco fã confesso dos estudos acadêmicos.
Os talibãs responderam às declarações de Harry afirmando que o príncipe "tem provavelmente um problema mental", informou nesta terça-feira um porta-voz do grupo insurgente.
"Há 49 países com seus poderosos exércitos fracassando na luta contra os mujahedines e agora vem o príncipe e compara esta guerra com seus jogos de PlayStation ou como que quer que se chame", disse Zabiulá Mujahid à AFP.
"Esta é uma guerra séria, uma guerra histórica, resistência para nós, para nosso povo", explicou Mujahid por telefone a partir de um local desconhecido.
"Mas nós não levamos seus comentários muito a sério, já que todos já vimos e ouvimos que muitos soldados estrangeiros, ocupantes que vêm ao Afeganistão, desenvolvem algum tipo de problema mental quando vão embora".
Já o príncipe, referindo-se a sua vida no acampamento, a classificou de totalmente normal, ou ao menos "tão normal como pode ser".
O
príncipe Harry afirmou ter matado alguns talibãs durante as 20 semanas
que passou no Afeganistão como piloto artilheiro de helicópteros Apache,
segundo declarações divulgadas na segunda-feira, coincidindo com o fim
de sua missão neste complicado país centro-asiático.
No entanto, apesar de estar longe dos flashes, ainda considerava que gerava muita expectativa entre os outros milhares de soldados da base quando saía de sua unidade.
"Esta é provavelmente outra razão pela qual gosto de estar nas bases de patrulha, longe de tudo", disse o príncipe, que nunca ocultou seu desejo de lutar na linha de frente.
O filho mais novo do príncipe Charles já havia vivido uma primeira experiência militar de 10 semanas no Afeganistão como controlador de caça-bombardeiros em 2007/08, que precisou ser interrompida quando a imprensa informou sobre sua presença.
Desta vez, no entanto, as autoridades decidiram tornar sua missão pública, o que suscitou rapidamente ameaças dos talibãs, e a base sofreu um ataque que deixou dois soldados americanos mortos e muitos danos materiais poucos dias após sua chegada, em setembro.
A mobilização do príncipe Harry ocorreu apenas duas semanas após a divulgação de fotos nas quais ele era visto nu durante uma partida de "strip-bilhar" em Las Vegas, da qual agora se arrepende dizendo que "não esteve à altura" e "decepcionou a sua família".
Ao falar do futuro, o príncipe disse estar impaciente para ser tio do bebê esperado por seu irmão William e por Kate, mas o solteiro com fama de farrista não tem pessoalmente nenhuma pressa de se acalmar.
Antes espera poder participar neste ano de uma expedição de ex-soldados mutilados à Antártida.
COPIADO http://www.afp.com/pt/
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