Síria começa 2013 envolvida em mais violência


01/01/2013 - 18:15

Síria começa 2013 envolvida em mais violência


DAMASCO (AFP)
Os sírios acordaram neste dia de Ano Novo com ataques aéreos perto de Damasco, enquanto o aeroporto de Aleppo estava fechado após diversos ataques de rebeldes, incidentes que lançavam dúvidas sobre as ações diplomáticas para terminar com um conflito que já dura 21 meses.
Os episódios de violência eram registrados um dia depois de ativistas relatarem a descoberta de dezenas de cadáveres de pessoas que foram torturadas, outro sinal da natureza terrível do conflito, e após o regime afirmar que acolhia qualquer iniciativa de negociação para acabar com o conflito.
Aviões de guerra bombardearam os subúrbios do nordeste e sudoeste de Damasco, em uma nova tentativa de empurrar os rebeldes para fora da capital, e as tropas atacaram redutos insurgentes na estrada que leva ao aeroporto de Damasco.
"Três ataques aéreos de aviões MiG atingiam Daraya desde a manhã, e o bombardeio continua", disse Abu Kinan, um ativista de Damasco, pela internet.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que os ataques ocorreram em meio a violentos confrontos perto das cidades de Bait Saham e Aqraba, ao longo da estrada que leva ao aeroporto, e que o bombardeio matou três civis em Ziabiyeh.
Os sírios acordaram neste dia de Ano Novo com ataques aéreos perto de Damasco, enquanto o aeroporto de Aleppo estava fechado após diversos ataques de rebeldes, incidentes que lançavam dúvidas sobre as ações diplomáticas para terminar com um conflito que já dura 21 meses.
Batalhas estão sendo travadas há semanas nos arredores de Damasco, onde os rebeldes montaram bases de retaguarda.
Analistas dizem que o exército tem por objetivo tomar o controle total de Damasco e de seus arredores para criar as condições necessárias para um futuro diálogo.
No norte da Síria, onde os insurgentes tomam conta de enormes faixas de território, as autoridades anunciaram o fechamento temporário do aeroporto internacional de Aleppo depois de ataques rebeldes nos últimos dias.
"Ocorreram tentativas contínuas de militantes da oposição para atingir aviões civis, o que poderia causar um desastre humanitário", afirmou um funcionário do aeroporto à AFP.
Mas ele acrescentou que o aeroporto ficaria fechado por um "período muito curto de tempo", enquanto o exército tenta recuperar o controle das áreas controladas pelos rebeldes.
O Observatório informou que o fechamento ocorreu depois que uma explosão, provavelmente devido a um ataque rebelde, atingiu um avião civil enquanto ele decolava no sábado.
A violência devastou a Síria na virada do ano com a descoberta macabra feita por ativistas na segunda-feira de dezenas de cadáveres em um bairro de Damasco.
"Trinta corpos foram encontrados no distrito de Barzeh". "Eles têm sinais de tortura e até agora não foram identificados", informou o Observatório.
A violência devastou a Síria na virada do ano com a descoberta macabra feita por ativistas na segunda-feira de dezenas de cadáveres em um bairro de Damasco.
A Comissão Geral da Revolução Síria forneceu uma estimativa maior, de 50 corpos, dizendo que "as cabeças foram cortadas e desfiguradas a ponto de não ser mais possível identificá-los".
Um vídeo postado on-line por ativistas mostrava os corpos de três rapazes com as mãos amarradas atrás das costas e com as gargantas cortadas.
Seus corpos foram encontrados na segunda-feira em Jubar.
A autenticidade das imagens não pôde ser verificada.
Na frente diplomática, o primeiro-ministro sírio, Wael al-Halaqi, disse na segunda-feira que o governo estava aberto a negociações destinadas a resolver o conflito que, segundo observadores, já matou mais de 46.000 pessoas.
"O governo está trabalhando para apoiar o projeto de reconciliação nacional e irá responder a qualquer iniciativa regional ou internacional que resolva a crise atual através do diálogo e de meios pacíficos e evite a intervenção estrangeira nos assuntos internos da Síria", disse Halaqi ao Parlamento.
O enviado da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, informou no domingo que havia criado um plano de cessar-fogo "que poderia ser adotado pela comunidade internacional".
A proposta envolve um cessar-fogo, a formação de um governo e de um plano de eleição, e foi baseada em um acordo alcançado com as potências mundiais em Genebra em junho.
O primeiro-ministro disse que a revolta deve ser resolvida apenas pelo povo sírio, acrescentando que o país está no caminho para "declarar a vitória sobre seus inimigos".
A oposição já rejeitou o acordo de Genebra, insistindo que Assad deve deixar o poder antes do início de qualquer diálogo. COPIADO  http://www.afp.com

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