Vocês já têm um Deus brasileiro, brinca papa argentino - Faremos a melhor JMJ de todos os tempos', diz Paes

'Vocês já têm Deus brasileiro, querem Papa também?' (Telenews/EFE)

'Vocês já têm Deus brasileiro, querem Papa também?''

 'Faremos a melhor JMJ de todos os tempos', diz Paes


Francisco não deu entrevistas, mas conversa com jornalistas no voo que o traz ao Brasil

O papa Francisco durante o embarque do voo que o trará de Roma para o Rio de Janeiro (Foto: Agência EFE)
"Vocês não se conformam com nada". Foi assim que o papa Francisco respondeu quando questionado por brasileiros, durante o voo entre Roma e o Rio, sobre o fato de alguns "lamentarem" a nacionalidade argentina do pontífice. "Vocês querem tudo", brincou o papa. "Vocês já têm um Deus brasileiro, queriam um papa brasileiro também?". Menos de duas horas depois de decolar de Roma, o papa falou com a imprensa. De forma paciente, conversou com cada um, em uma das alas do avião.
Com os brasileiros ele não perdeu o humor, chegando a levantar uma bandeira do Brasil dada a ele por um dos repórteres. A outro jornalista, ele ainda brincou. "Os argentinos dizem que eu sou argentino. E vocês, o que é que têm?". Antes que uma resposta fosse dada, ele emendou: "vocês tem a mim, também".
Sorridente e chegando a gargalhar com as piadas, o papa pediu desculpas por não dar entrevistas. "Eu não sei fazer isso", justificou. Mas fez questão de receber cada um dos jornalistas no voo da Alitalia. Uma repórter do México lembrou que ele havia deixado o conforto da primeira classe para se reunir com "os leões", em referência aos jornalistas. O papa assumiu a brincadeira. "Vocês não são os santos aos quais sou devoto", ironizou. "Mas esses leões não são tão ferozes", disse o argentino.
Questionado sobre quem ganharia a Copa do Mundo de 2014, apenas olhou para o céu com o ar de suspense e deixando o resultado "nas mãos de Deus". O voo que leva o papa saiu de Roma às 11h51, horário local, e chegará às 16h no horário de Brasília. Há 105 pessoas a bordo.

22/07/2013 11h49 - Atualizado em 22/07/2013 12h05

'Realizaremos aqui a melhor JMJ de todos os tempos', diz prefeito do Rio

Paes acredita que cidade mostrará maravilhas e mazelas durante JMJ.
'Imprensa será olhos e ouvidos do evento para o mundo', diz arcebispo.

Mariucha Machado Do G1 Rio
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Eduardo Paes e dom Orani Tempesta com os jovens da Jornada (Foto: Mariucha Machado/G1)Eduardo Paes e dom Orani Tempesta com os jovens da Jornada (Foto: Mariucha Machado/G1)
O prefeito do Rio Eduardo Paes deu as boas vindas aos jornalistas que estão trabalhando na cobertura da Jornada Mundial da Juventude nesta segunda-feira (22) no Forte de Copacabana, na Zona Sul da cidade.  Com ele, o arcebispo Dom Orani João Tempesta  disse que  é uma alegria receber os profissionais e abrir Jornada Mundial da Juventude no Rio. Seis jovens de diferentes nacionalidades, Crispin Estevão (Moçambique), Elsa Vasquez (México), Bashar Khoury (Síria), Allan Farias (Brasil), Abert Perez (Argentina) e Zhang Hao (China), contaram suas experiências em JMJs anteriores.
“Vocês serão os ouvidos e os olhos do Rio para o mundo”, foram as primeiras palavras do arcebispo . Segundo ele, “o primeiro papa latino-americano vai pisar pela primeira vez em terras latino-americana. Ele retorna agora através do Rio de Janeiro para estar conosco por uma semana. Ele já está voando rumo ao Rio. Tenho certeza que será um belo momento. O Papa Francisco vem como o primeiro peregrino e para dar as mãos para quem quer construir um mundo mais fraterno”.
O prefeito do Rio deu uma mensagem de boas vindas aos profissionais da comunicação e os peregrinos. “Neste fim de semana os cariocas já puderam experimentar a força da jornada. Jovens caminhavam por todos os cantos com muita alegria, dialogando. Num prazo de 12 meses, este é o terceiro evento internacional que a cidade vai sediar, como a Rio+20, Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude”.
Segundo Eduardo Paes, “o Papa Francisco terá toda a liberdade do mundo para andar pela cidade e dialogar com a população. Nós entendemos também que a visita do papa vai permitir que a cidade se mostre, seus desafios, qualidade, problemas. A visita do papa e de tantos jovens expõe suas qualidades e suas mazelas. Queremos usar esta visita como  uma forma de estimular os desafios que a cidade ainda tem que superar. Vamos receber todos de braços abertos, esta é uma característica da cidade do Rio. Realizaremos aqui a melhor Jornada Mundial da Juventude de todos os tempos”.
Falando sobre as recentes manifestações, Paes disse que o Papa está completamente seguro na cidade. Ele disse que os protestos são considerados normais. “Não há um lugar que o Papa Francisco vá que não haja manifestação. Ele não tem que temer a segurança”.
Dom Orani Tempesta disse ainda  que Jornada é uma oportunidade de os jovens falarem para o mundo o que eles pensam. Apesar das diferenças culturais, ideológicas e políticas, ele acredita que as pessoas vão voltar para a casa com mais esperança e vontade de fazer um mundo melhor. “Os jovens são os protagonistas desta realização. A imprensa vai ajudar a contagiar os jovens que não estão aqui, mas que estão acompanhando. É a esperança do tempo novo”, afirmou o arcebispo.
O arcebispo reforçou que, além dos Atos Centrais, a cidade do Rio tem várias atividades espalhadas. “Além dos Atos Centrais, temos quase 300 locais de catequese, a Cidade da Fé, o Festival da Juventude, exposições e outras atividades. A parte cultural também está aberta a todos. Também há espaço para o diálogo inter-religioso. Temos um encontro internacional com a ONU, o Fórum Social, temos toda uma rede", disse.
A peregrinação dos símbolos da Jornada termina nesta segunda-feira (22). No domingo (28) eles serão entregues e seguirão para o próximo país da Jornada.
Jovens na Jornada
Elsa Vasquez contou que está é a quarta Jornada que participa. Em duas delas, ela foi voluntária do comitê organizacional local. Segundo ela, em Madri, na Espanha, ela conheceu o atual marido. Já o argentino Albert Perez revelou como foi a experiência de caminhar até o Rio para participar da Jornada Mundial da Juventude. Ele afirmou que fez isso em prol de uma bebê que precisa de um transplante de coração. Crispin Estevão, de Moçambique, vai ter que trabalhar um ano para pagar os custos da viagem.
COPIADO http://epocanegocios.globo.com

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