Datas-chave da ofensiva a Raqa Síria: aliança contra o EI retoma parte histórica de Raqa

Datas-chave da ofensiva a Raqa

AFP/Arquivos / DELIL SOULEIMAN(15 ago) Fumaça domina a paisagem de Raqa após um ataque da aliança curdo-árabe contra o EI
As Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança curdo-árabe que combate o grupo Estado Islâmico (EI), entraram nesta sexta-feira na Cidade Velha de Raqa, reduto da organização extremista na Síria.
Seguem abaixo as datas-chave da ofensiva, iniciada em junho:
- "Fúria do Eufrates" -
- 5 de novembro de 2016: as Forças Democráticas Sírias (FDS), apoiadas pelos Estados Unidos, lançam uma grande ofensiva chamada "Fúria do Eufrates" para retomar Raqa.
As FDS, dominadas pelas Unidades de Proteção Popular (YPG) curdas, mas que também incluem combatentes árabes e turcomanos, têm 30.000 homens.
Em outubro, o então secretário americano de Defesa Ashton Carter advoga por uma operação para isolar o EI no reduto de Raqa, em paralelo com uma ofensiva lançada pelas forças iraquianas para reconquistar Mossul, o último grande reduto do grupo extremista no Iraque.
"A primeira fase será isolar Raqa", cortando os principais eixos de comunicação com o exterior, explicou o comandante das Forças americanas no Oriente Médio.
- Veículos americanos blindados -
- 10 de dezembro: as FDS anunciam o início de uma "segunda fase" da ofensiva. Na primeira fase, as FDS conquistaram 700 quilômetros quadrados.
- 6 de janeiro de 2017: a coalizão curdo-árabe expulsa o EI da cidadela de Jaabar, a 50 quilômetros de Raqa.
- 31 de janeiro: as FDS anunciam ter recebido pela primeira vez os veículos blindados americanos. Responsáveis americanos indicam que os veículos foram entregues a setores árabes das FDS.
- Via de abastecimento cortada -
- 4 de fevereiro: as FDS anunciam o início da terceira fase da operação, concentrada no leste da província de Raqa.
- 17 de fevereiro: o EI começa a sair de Raqa, fugindo do avanço das FDS.
- 6 de março: as FDS conseguem, com o apoio aéreo da coalizão internacional, cortar a via de abastecimento do EI entre Raqa e a província de Deir Ezzor
- A batalha de Tabqa -
- 22 de março: o Pentágono anuncia que os Estados Unidos utilizaram helicópteros de ataque e transportes de tropas e artilharia para apoiar uma ofensiva das FDS contra o pântano de Tabqa, 50 quilômetros a oeste de Raqa.
- 26 de março: as FDS conquistam o aeroporto militar de Tabqa.
- 4 de abril: os EUA enviam 400 militares em apoio aos 500 membros das Forças Especiais presentes na Síria.
- 24 de abril: as FDS entram pela primeira vez em Tabqa, mas encontram uma grande resistência do Estado Islâmico, que colocou atiradores de elite em toda a cidade e utilizou carros-bomba e drones armados.
- 10 de maio: as FDS tomam conta de Tabqa e da represa da cidade, situadas a 50 quilômetros de Raqa, pondo fim à quarta fase da operação.
- 12 de maio: as FDS anunciam para o começo de junho o lançamento da ofensiva final contra Raqa.
- 23 de maio: a coalizão internacional culmina na formação das forças policiais encarregadas de assegurar a ordem pública depois da tomada da cidade.
- Entrada em Raqa -
- 6 de junho de 2017: as FDS anunciam o início da "grande batalha para libertar a cidade de Raqa", última etapa da ofensiva iniciada há sete meses, e a entrada de seus primeiros combatentes em um bairro do leste da cidade.
- 11 de junho: a eletricidade é cortada e há escassez de água.
- 18 de junho: um caça americano abate na província de Raqa um avião militar sírio acusado de bombardear as FDS.
- 29 de junho: a aliança curdo-árabe assume o controle a região ao sul do Eufrates.
- 2 de julho: As FDS entram em Raqa igualmente pelo sul, atravessando o Eufrates.
- 12 de julho: Conselheiros militares americanos operam em Raqa.
- 22 de agosto: Dezenas de civis, incluindo crianças, morrem nos ataques da coalizão em Raqa, segundo o OSDH.
- 24 de agosto: Civis se veem "em um labirinto mortal", afirma a Anistia Internacional. A ONU estima em 25.000 o número de civis na cidade.
- 1 de setembro: As FDS anunciam a expulsão do EI da cidade velha de Raqa, aproximando-se da zona mais protegida dos extremistas no centro da localidade.


Síria: aliança contra o EI retoma parte histórica de Raqa

AFP / Delil SouleimanAs Forças Democráticas Sírias entraram em junho na 'capital' do EI e, desde então, expulsaram os extremistas de mais de 60% da cidade, que estava sob controle jihadista desde 2014 El portavoz de las Fuerzas Democráticas Sirias (FDS) Talal Sello precisó que ahora se encuentran cerca de "los principales centros de mando" de la organización yihadista
A aliança curdo-árabe apoiada por Washington na Síria expulsou nesta sexta-feira o grupo Estado Islâmico (EI) da Cidade Antiga de Raqa, aproximando-se de posições mais fortificadas dos extremistas, anunciou um porta-voz à AFP.
As Forças Democráticas Sírias entraram em 6 de junho na "capital" do EI e, desde então, expulsaram os extremistas de mais de 60% da cidade, que estava sob controle jihadista desde 2014. A batalha pela cidade velha começou há seis meses.
"Assumimos hoje o controle da totalidade da cidade velha depois de combates contra o EI", afirmou Talal Sello, porta-voz das FDS, que informou que agora elas se encontram perto "dos principais centros de comando" da organização extremista.
O centro da cidade inclui a cidade velha e o distrito administrativo, onde estão localizados a ex-sede do governador e os edifícios que abrigam os serviços de inteligência. Neste distrito administrativo os extremistas islâmicos estabeleceram uma forte presença.
Sello recusou-se a prever quando as FDS serão capazes de assumir o controle total de Raqa, afirmando que as operações estão se desenvolvendo de acordo com o "planejado".
A violência dos combates tem provocado grande temor em relação aos civis. A Anistia Internacional acredita que muitos estão presos em um "labirinto mortal".
A ONU calcula em até 25 mil civis presentes na cidade, enquanto dezenas de milhares de pessoas fugiram, enfrentando os atiradores do EI e minas terrestres.
copiado https://www.afp.com/pt

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Ao Planalto, deputados criticam proposta de Guedes e veem drible no teto com mudança no Fundeb Governo quer que parte do aumento na participação da União no Fundeb seja destinada à transferência direta de renda para famílias pobres

Para ajudar a educação, Políticos e quem recebe salários altos irão doar 30% do soldo que recebem mensalmente, até o Governo Federal ter f...