Gilmar Mendes votou pela soltura STF nega pedido de habeas corpus de Cunha contra prisão na Lava Jato
STF nega pedido de habeas corpus de Cunha contra prisão na Lava Jato
- Ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
A 2ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) negou nesta terça-feira (28), por 2 votos a 1, um pedido de habeas corpus apresentado pelo ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A defesa do peemedebista recorreu contra a ordem de prisão determinada originariamente pelo juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba.
Os ministros Edson Fachin, relator do processo, e Dias Toffoli, votaram para negar o pedido de liberdade. O ministro Gilmar Mendes foi favorável ao pedido da defesa de Cunha. Os ministros Celso de Mello e Ricardo Lewandowski, que completam a 2ª Turma, não participaram da sessão de hoje.
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Em seu voto, Gilmar defendeu que fossem adotadas medidas alternativas à prisão, que seriam fixadas pelo juiz do processo, como o uso de tornozeleira eletrônica.
O ex-deputado Eduardo Cunha possui outras três ordens de prisão preventiva contra si e, por isso, mesmo que o STF concedesse o habeas corpus nessa caso, ele permaneceria preso.
O ex-deputado teve a prisão decretada também pelo ministro Edson Fachin, na operação deflagrada a partir da delação da JBS, pela Justiça Federal de Brasília, onde é investigado por suspeitas de fraude no fundo de investimentos do FGTS, e pela justiça Federal de Natal, onde foi denunciado por suspeitas de ter recebido propina de empreiteiras investigadas na Lava Jato.
O pedido de liberdade julgado pelo STF se referia à ordem de prisão determinada pela Justiça Federal de Curitiba.
Moro condenou Cunha a 15 anos e quatro meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, por suspeita de ter recebido US$ 1,5 milhão em propina relativa a um contrato da Petrobras para exploração de petróleo na República do Benin, país africano.
Na última terça-feira (21), o TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) manteve a condenação de Cunha ao julgar recurso da defesa, mas determinou a diminuição da pena em dez meses, caindo para 14 anos e seis meses de prisão.
Cunha está preso preventivamente desde 19 de outubro do ano passado e, atualmente, está no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
A prisão provisória é aquela que pode ser decretada antes da condenação definitiva do investigado e não tem prazo de duração. A medida pode ser adotada, por exemplo, para evitar que o investigado atrapalhe o andamento do processo ou continue praticando crimes.
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