No Monaco, Fabinho vive a depressão do "bom soldado"
AFP / Valery HACHEFabinho durante partido do Monaco contra o Besiktas em 17 de outubro de 2017
Até o técnico português Leonardo Jardim reconhece: Fabinho caiu de rendimento por não sair do Monaco e por não ser lembrado pelo técnico Tite na seleção brasileira, mas o comandante do clube do Principado mantém a confiança na recuperação do volante.
"É um jogador que eu gosto muito porque é um grande profissional. Além da qualidade, respeita todo mundo, o clube, por isso tenho respeito por ele", indicou Jardim ao brasileiro de 24 anos. Neste domingo, contra o Paris Saint-Germain na Ligue 1, o Monaco tem um duelo de grande exigência e precisa aproveitar todas suas armas.
O técnico luso está contente por Fabinho não ter deixado o Monaco na última janela de transferências, quando o jogador esteve perto de retornar a Madri. A capital espanhola foi o ponto de partida do jogador em terras europeias.
O retorno à Espanha não era ao Real Madrid, clube em que jogou uma temporada após deixar o Fluminense. O atleta vestiu a camisa merengue em apenas uma oportunidade na Liga espanhola, em 2013, quando ainda jogava na lateral.
O jogador esteve próximo de assinar com o grande rival Atlético de Madri, mas a proibição de contratações imposta pela Fifa obrigou Fabinho a ver sua chance passar.
O Paris Saint-Germain também tentou contratá-lo no final da janela, mas o Monaco não concordou em vendê-lo ao rival depois de perder Kylian Mbappé para o time da capital.
"Fabinho é imprescindível", indicou o vice-presidente do Monaco, Vadim Vasilyev.
O jogador torceu o nariz mas se manteve sóbrio, preferindo continuar jogando apesar da decepção.
"É um bom rapaz, com uma grande personalidade. Busca sempre a melhor solução e entrar em conflito sempre é o mais fácil", acrescentou Jardim.
- Abaixo da capacidade -
Apesar da evidente prova de boa vontade, o nível do brasileiro ficou claramente abaixo do esperado. Da espetacular dupla que formou ao lado de Tiemoue Bakayoko, vendido ao Chelsea, Fabinho agora se associa com o português Moutinho ou o jovem belga Youri Tielemans, mas a diferença de rendimento é clara.
"Em cada jogo estamos melhores. Tentamos encontrar os automatismos. Quando mais jogarmos juntos, melhor vai ser", disse Tielemans, de 20 anos.
"Fabinho está aí, trabalha bem. O valor de um jogador depende muito do nível de rendimento do time. Quando a equipe está pior, o valor diminui um pouco. Quando é melhor, o valor aumenta. Ele sempre dá o máximo", continuou Jardim.
Mas o treinador reconheceu a queda do jogador: "ele e todo o time, os titulares da temporada passada; Lemar, Sidibé e ele estão pior".
Além disso, Fabinho sofreu baque de ânimo por deixar de ser convocado pelo técnico da seleção brasileira, Tite, após jogar quatro jogos com a amarelinha. Jardim disse não entender a decisão.
"O professor Tite faz suas escolhas e é preciso respeitá-lo. Mas um dia terá a possibilidade de representar a seleção", indicou o compatriota e companheiro Jemerson, que atualmente foi lembrado para jogar com a equipe nacional.
Após não ser chamado para as Olimpíadas do Rio-2016, Fabinho parece que deve ficar fora da Copa do Mundo 2018. O volante tem poucos meses para se recuperar e brigar por uma das 23 vagas na lista final de Tite.
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