Chuvas fazem soar o sinal de alerta na cidade

Rio Como Vamos acompanha problemas causados pelas enchentes que ocorrem no Rio nesta época do ano


Publicado:
Atualizado:

RIO - Atento ao verão carioca, que nos últimos anos teve registros de chuvas fortes, o Rio Como Vamos ligou o sinal de alerta para os riscos de enchentes e deslizamento de encostas. O alagamento de ruas, que costuma ser agravado pelo acúmulo de lixo em bueiros e galerias pluviais, contribui ainda para o aumento dos focos de mosquito da dengue na cidade. No início do ano passado, o RCV constatou avanços no planejamento de ações de combate a estes problemas, mas ainda há muito o que ser feito pela população.
O Sistema de Indicadores do RCV mostra, por exemplo, que a quantidade de lixo recolhida das ruas do Rio, entre 2009 e 2010, aumentou em quase 4%: pulou de 1.128.784 toneladas para 1.171.196 toneladas. De 2010 para 2011, no entanto, houve redução de 2% (1.150.582 toneladas). No ano passado, as Regiões Administrativas de Bangu, Méier, Campo Grande, Jacarepaguá, e Realengo registraram o maior volume de lixo público: 36% do total recolhido.
Limpeza urbana melhora em áreas pacificadas
Pesquisa de Percepção feita pelo RCV em 2011 mostrou que 62% da população costumam ver bolsões de lixo em seus bairros, atribuindo essa situação à carência de garis e à falta de educação dos moradores. Presidente da Comlurb, Angela Fonti acredita na mudança deste cenário, principalmente em comunidades pacificadas, onde moradores tornaram-se parceiros dos funcionários da empresa e contribuem para a limpeza urbana.
A população não pode esquecer, segundo o RCV, que o lixo não recolhido costuma ser varrido pelas chuvas para bueiros e galerias pluviais, que ficam obstruídos, provocando o alagamento de ruas. Além disso, a água acumulada pode tornar-se criadouro de mosquito da dengue. Segundo indicadores do Rio Como Vamos, 44% do total do lixo recolhido na cidade são materiais de difícil decomposição e que podem acumular água. Para a Secretaria municipal de Saúde, as enchentes também contribuem para a ocorrência de doenças como diarréia, hepatite A e leptospirose.
Paralelamente ao trabalho de conscientização dos moradores, a prefeitura criou um Sistema de Alerta por Sirenes que, em dezembro de 2011, cobria 66 comunidades, abrangendo 80% da população em áreas de risco, ou seja, 16.458 famílias. A meta da Geo-Rio para este ano é instalar alarmes em mais 35 comunidades, para cobrir 99% das moradias.
Desde 2010, a Defesa Civil do Rio capacita Agentes Comunitários para garantir a segurança das populações nas áreas de risco. Segundo o Plano de Contingência-Verão 2011/2012, a cidade contava com quase 3.700 agentes e cerca de 570 Núcleos Comunitários em 2011.
Em 2010, também foi concluído o mapeamento das áreas de risco da cidade (117 comunidades em 52 bairros e 22 mil moradias), com meta de intervenção em 27 locais, além de 47 obras emergenciais. Ainda em 2010, segundo a Secretaria de Obras, ações como contenção de encostas e reassentamentos conseguiram reduzir para cerca de 18 mil o número de moradias em áreas de alto risco, ou seja, o atendimento foi prestado a pouco mais de 18% delas.
Outra ação, desta vez da Fundação Rio-Águas, listou 245 pontos críticos de enchentes na cidade, mas apenas 13 foram eliminados em 2010. No Acordo de Resultados firmado entre a prefeitura e o RCV em 2011, a meta estipulava uma redução de 10% nos 230 pontos críticos. Segundo a Fundação, essa meta foi superada, com o fim de 24 pontos críticos. Mas o RCV chama a atenção: falta ainda um número significativo a ser eliminado.
Rio-Águas prepara plano contra alagamentos
Na Pesquisa de Percepção do ano passado, 54% da população, principalmente as das zonas Norte e Oeste, demonstraram preocupação com as de chuvas e alagamentos. Desde janeiro de 2011 a Rio-Águas prepara o Plano Diretor de Drenagem. Até início de janeiro deste ano, foram executados 45% do projeto, faltando ainda 55%.COPIADO : http://oglobo.globo.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Ao Planalto, deputados criticam proposta de Guedes e veem drible no teto com mudança no Fundeb Governo quer que parte do aumento na participação da União no Fundeb seja destinada à transferência direta de renda para famílias pobres

Para ajudar a educação, Políticos e quem recebe salários altos irão doar 30% do soldo que recebem mensalmente, até o Governo Federal ter f...