Cientistas decifram pensamento de pessoas em coma

Estudo revolucionário de universidade dos EUA transforma atividade cerebral em palavras


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Cores mostram conexão entre neurônios
Foto: MPI

Cores mostram conexão entre neurônios MPI
RIO - Num avanço que promete revolucionar a compreensão da mente e, pela primeira vez, permitir a comunicação com pessoas em coma ou que sofrem de paralisias graves, cientistas conseguiram decifrar pensamentos e transformá-los em palavras. Num estudo pioneiro, neurocientistas americanos conseguiram “ler” fragmentos de pensamentos das pessoas por meio da decodificação da atividade cerebral.
A técnica é baseada na coleta de sinais elétricos diretamente do cérebro dos pacientes enquanto eles pensavam. Com os sinais “ouvidos” dos pacientes, um software pode reconstruir os sons dos pensamentos dos pacientes. O estudo, potencialmente revolucionário, foi publicado na edição desta semana da revista PLos Biology.
A pesquisa abre caminho para compreender como se forma a linguagem. A mais importante e imediatada aplicação da pesquisa será dar uma voz a pessoas incomunicáveis e trancadas dentro de si mesma por lesões no sistema nervoso, derrames ou doenças neurodegenerativas. O método ainda está em desenvolvimento, mas abre caminho para implantes cerebrais que possam monitorar os pensamentos de uma pessoa e transformar em palavras as frases que elas imaginarem.
Desenvolvido pela Universidade da Califórnia, o método foi testado em 15 pacientes nos Estados Unidos. O computador se mostrou capaz de decifrar a atividade cerebral dessas pessoas e produzir palavras a partir disso. Porém, a técnica ainda precisa ser aperfeiçoada, pois muitas vezes as sentenças eram incompreensíveis.
- É muito excitante começar a vislumbrar como nosso cérebro decodifica a linguagem. Acho que estamos a caminho de desenvolver equipamentos implantáveis para pessoas incomunicáveis. Por enquanto, a técnica ainda tem falhas. Mas em dez poderá ser tão comum e eficiente como hoje são próteses ósseas - disse o líder da pesquisa, Robert Knight, diretor do Instituto de Neurociência da Universidade da Califórnia.COPIADO : http://oglobo.globo.com

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