Unesco adia decisão sobre candidatura do Rio a Patrimônio da Humanidade


Unesco adia decisão sobre candidatura do Rio a Patrimônio da Humanidade

A apresentação e votação da candidatura do Rio de Janeiro a Patrimônio da Humanidade ficaram para este domingo. Os trabalhos serão reiniciados pelo Comitê da Unesco na madrugada deste domingo, às 2h (horário Brasil) e deverão se estender até as 10h.A reunião da 36ª Reunião do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco (36ª WHC), ocorre em São Petersburgo, capital histórica da Rússia,
A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida, integram a delegação brasileira que está na reunião para defender a inscrição de mais um bem nacional na lista do Patrimônio Mundial.
Compõem atualmente o Comitê as delegações da Argélia, Camboja, Colômbia, Estônia, Etiópia, França, Alemanha, Índia, Iraque, Japão, Malásia, Mali, México, Qatar, Rússia, Senegal, Sérvia, África do Sul, Suíça, Tailândia e Emirados Árabes Unidos.
Candidatura do Rio a Patrimônio da Humanidade
O Iphan trabalha na candidatura do Rio de Janeiro, inscrita na categoria Paisagem Cultural, há alguns anos. Em setembro de 2009 o Iphan entregou à Unesco o dossiê completo da candidatura, justificando sua importância e seu valor universal que está principalmente na soma da beleza natural da cidade com a intervenção humana. No ano passado, mais precisamente no mês de janeiro, o Centro do Patrimônio Mundial da Unesco, sediado em Paris, decidiu pela inclusão da candidatura do Rio de Janeiro na agenda da 36ª WHC.
Reconhecida como uma das cidades mais belas do mundo, o Rio de Janeiro encontra na relação entre homem e natureza a âncora para a sua candidatura. Cidade que nasceu e cresceu entre o mar e a montanha, seus principais elementos que a tornaram excepcional e maravilhosa já são, há tempos, mundialmente conhecidos, como o Pão de Açúcar, o Corcovado, a Floresta da Tijuca, o Aterro do Flamengo, o Jardim Botânico e famosa praia de Copacabana, além da entrada da Baía de Guanabara. As belezas cariocas incluem o forte e o morro do Leme, o forte de Copacabana e o Arpoador, o Parque do Flamengo e a enseada de Botafogo.

O conceito de Paisagem Cultural
O Rio de Janeiro é a primeira cidade a se candidatar a Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural Urbana. O presidente do IPHAN, Luiz Fernando de Almeida, ressalta que o grande diferencial na cidade é “a utilização intencional da natureza, que, atendendo aos interesses econômicos dos colonizadores portugueses, formou a paisagem carioca, destacando a originalidade do Rio de Janeiro expressa por uma paisagem produzida pela troca entre diferentes culturas associadas a um sítio natural”. Se a candidatura for aprovada, os locais da cidade nela valorizados serão doravante alvo de ações integradas visando à preservação da sua paisagem cultural.
O conceito de paisagem cultural foi adotado pela UNESCO em 1992 e incorporado como uma nova tipologia de reconhecimento dos bens culturais, conforme a Convenção de 1972 que instituiu a Lista do Patrimônio Mundial. Até o momento, os sítios reconhecidos mundialmente como paisagem cultural relacionam-se a áreas rurais, a sistemas agrícolas tradicionais, a jardins históricos e a outros locais de cunho simbólico, religioso e afetivo. O reconhecimento do Rio de Janeiro culminará uma nova visão e abordagem sobre os bens culturais inscritos na Lista do Patrimônio Mundial.
Patrimônios Mundiais no Brasil
O Brasil conta hoje com 18 bens culturais e naturais na lista de 911 bens reconhecidos pela Unesco.
Os bens naturais são: Parque Nacional do Iguaçu, Paraná (1986); Costa do Descobrimento, Bahia e Espírito Santo (1997); Parque Nacional Serra da Capivara, Piauí (1998); Reserva Mata Atlântica, São Paulo e Paraná (1999); Parque Nacional do Jaú, Amazonas (2000); Pantanal Mato-grossense, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (2000); Reservas do Cerrado: Parque Nacional dos Veadeiros e das Emas, Goiás (2001); e Parque Nacional de Fernando de Noronha, Pernambuco (2001).
Já os bens culturais estão compostos por: Conjunto Arquitetônico e Urbanístico de Ouro Preto, Minas Gerais (1980); Centro Histórico de Olinda, Pernambuco (1982); Ruínas de São Miguel das Missões, Rio Grande do Sul (1983); Santuário do Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas, Minas (1985); Centro Histórico de Salvador, Bahia (1985); Conjunto Urbanístico de Brasília, Distrito Federal (1987); Centro Histórico de São Luís, Maranhão (1997); Centro Histórico de Diamantina, Minas (1999); Centro Histórico de Goiás, Goiás (2001); Praça de São Francisco em São Cristovão, Sergipe (2010).
Informações do Iphan  copiado : http://www.jb.com.br/

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