Chefe da OEA viajará ao Paraguai para analisar impeachment de Lugo
WASHINGTON, 27 Jun (Reuters)
- O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA)
viajará esta semana ao Paraguai para analisar a deposição do presidente
Fernando Lugo.
José Miguel Insulza disse na terça-feira que sua missão incluirá reuniões com autoridades do novo governo e também com Lugo, que foi submetido a um julgamento político relâmpago pelo Congresso e sofreu um impeachment na sexta-feira.
"Considero meu dever recolher todos os antecedentes para que este Conselho Permanente possa tomar suas decisões, e também considero meu dever conhecer a opinião do Paraguai e de outros países", disse Insulza em comunicado divulgado na noite de terça.
O chefe da OEA destacou que espera divulgar sua avaliação sobre a crise no Paraguai à organização na próxima semana.
Insulza explicou em uma sessão especial do Conselho Permanente da OEA que o objetivo da organização durante uma crise é promover processos normais e garantir que as eleições do ano que vem no Paraguai aconteçam "adequadamente".
A deposição de Lugo provocou críticas e sanções por partes de vários países, principalmente dos governos de esquerda da América Latina. O Departamento de Estado norte-americano, no entanto, não considerou o movimento um golpe porque seguiu os procedimento constitucionais, segundo a porta-voz Victoria Nuland.
"Os questionamentos que temos feito, como temos dito, foram que o processo pareceu ser exageradamente veloz", disse Nuland. "Acredito que vamos tirar nossas conclusões finais sobre tudo isso quando virmos como a OEA vai avançar", acrescentou.
Os parlamentares paraguaios votaram em ampla maioria pela deposição de Lugo por consideraram que ele não cumpriu adequadamente suas funções ao deixar crescer um conflito social que resultou na morte de 17 pessoas num confronto entre policiais e sem-terras em uma propriedade rural.
Lugo estava no último de seus cinco anos de mandato. Seu ex-vice-presidente e um de seus maiores críticos, Federico Franco, o substituiu como presidente.
(Reportagem de John Crawley)
José Miguel Insulza disse na terça-feira que sua missão incluirá reuniões com autoridades do novo governo e também com Lugo, que foi submetido a um julgamento político relâmpago pelo Congresso e sofreu um impeachment na sexta-feira.
"Considero meu dever recolher todos os antecedentes para que este Conselho Permanente possa tomar suas decisões, e também considero meu dever conhecer a opinião do Paraguai e de outros países", disse Insulza em comunicado divulgado na noite de terça.
O chefe da OEA destacou que espera divulgar sua avaliação sobre a crise no Paraguai à organização na próxima semana.
Insulza explicou em uma sessão especial do Conselho Permanente da OEA que o objetivo da organização durante uma crise é promover processos normais e garantir que as eleições do ano que vem no Paraguai aconteçam "adequadamente".
A deposição de Lugo provocou críticas e sanções por partes de vários países, principalmente dos governos de esquerda da América Latina. O Departamento de Estado norte-americano, no entanto, não considerou o movimento um golpe porque seguiu os procedimento constitucionais, segundo a porta-voz Victoria Nuland.
"Os questionamentos que temos feito, como temos dito, foram que o processo pareceu ser exageradamente veloz", disse Nuland. "Acredito que vamos tirar nossas conclusões finais sobre tudo isso quando virmos como a OEA vai avançar", acrescentou.
Os parlamentares paraguaios votaram em ampla maioria pela deposição de Lugo por consideraram que ele não cumpriu adequadamente suas funções ao deixar crescer um conflito social que resultou na morte de 17 pessoas num confronto entre policiais e sem-terras em uma propriedade rural.
Lugo estava no último de seus cinco anos de mandato. Seu ex-vice-presidente e um de seus maiores críticos, Federico Franco, o substituiu como presidente.
(Reportagem de John Crawley)
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