25/10/2013 - 16:56
Um memorando interno de quatro páginas da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, classificada como "top secret" e revelada pelo ex-consultor Edward Snowden, "atesta as tensões e desconfianças que prevaleceram entre Paris e Washington", apesar de serem aliados, escreveu Le Monde .
Em 12 de abril de 2013, dois altos funcionários dos serviços secretos e de uma agência pública de segurança eletrônica francesa cobram explicações da NSA.
Esta agência é suspeita de ter grampeado os computadores dos principais colaboradores do então chefe de Estado francês, Nicolas Sarkozy, em maio de 2012, entre os dois turnos da eleição presidencial, que foi vencido por François Hollande.
"O ataque não revelou um ato de sabotagem destinado a ser tornado público, mas a vontade de espionar sem ser percebido no meio da presidência" francesa, de acordo com um especialista citado pelo Le Monde.
Em novembro de 2012, o semanário francês L'Express publicou um artigo em que acusavam os Estados Unidos pelo ataque. Em janeiro de 2013, o chefe da NSA, o general Keith Alexander, em visita à Paris, teve que responder a perguntas dos serviços secretos franceses sobre a responsabilidade de sua agência nesse caso, de acordo com o Le Monde.
Em nota, que o jornal francês publicou extratos, a NSA assegura que, após investigação, concluiu-se que nenhuma das 16 agências de inteligência dos Estados Unidos, ou de seus aliados mais próximos (Grã-Bretanha, Canadá, Austrália) seria capaz de realizar tais ações.
Mas a nota acrescenta que o serviço secreto israelense, que também têm a capacidade de realizar tais ataques, não foram questionados sobre o assunto "deliberadamente".
"A NSA não acusa o Mossad do ataque, mas parece considerar necessário mencionar a existência de uma dúvida razoável quanto ao Estado" de Israel, comenta o Le Monde .
Desde junho, novas revelações surgem a cada dia sobre a extensão do programa de espionagem dos Estados Unidos, que visa não só os suspeitos de terrorismo, mas também empresários e líderes políticos, como a chanceler alemã Angela Merkel, a presidente brasileira Dilma Rousseff e o presidente do México, Felipe Calderón. Copiado http://www.afp.com/pt
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