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29/07/2014 - 20:40
Mercosul tenta ampliar zona de influência e Argentina busca apoio contra fundos
29 Jul 2014AFP / LEO RAMIREZ
Nicolas Maduro, presidente da Venezuela, faz discurso durante a cúpula do Mercosul em Caracas, em 29 de julho de 2014
A reunião, que deveria ter ocorrido em dezembro e foi prorrogada em três ocasiões, será uma cúpula ampliada com a presença de dirigentes e altos funcionários dos países que integram a ALBA, o Petrocaribe e a Aliança do Pacífico, com os quais o Mercosul pretende aprofundar suas relações econômicas.
Pela manhã, antes de darem início à cúpula na sede da Chancelaria venezuelana, os presidentes dos cinco países membros do bloco (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela) e o da Bolívia (em processo de adesão) depositaram flores na estátua de Simón Bolívar, na praça que leva o nome do libertador no centro de Caracas.
"O principal objetivo da nossa presidência foi o estabelecimento de uma zona econômica complementar entre os países membros da ALBA, do Mercosul e do Petrocaribe", disse na segunda-feira o chanceler venezuelano Elías Jaua, ao fazer um balanço da presidência venezuelana do bloco, que de modo extraordinário foi de um ano, seis meses a mais do que o habitual.
Espera-se que neste encontro, que conta com a presença de outros chefes de Estado latino-americanos, seja assinado o primeiro documento para a criação dessa zona econômica compartilhada.
A ALBA é integrada por Venezuela, Antígua e Barbuda, Bolívia, Cuba, República Dominicana, Equador, El Salvador, Nicarágua, Santa Lúcia e São Vicente e Granadinas.
O Petrocaribe, grupo criado por iniciativa da Venezuela, é integrado por nações caribenhas e centro-americanas que compram petróleo a preços preferenciais.
Dias atrás, o Brasil anunciou que vai propor ao bloco o adiantamento para dezembro de 2014 da aplicação da tarifa zero em parte do comércio com Peru, Chile e Colômbia, três dos quatro membros da Aliança do Pacífico. A previsão inicial é que a medida seja aplicada em 2019.
Na cúpula de Caracas, que prevê o regresso do Paraguai às reuniões de mais alto nível desde a sua suspensão em junho de 2012, também será abordado o acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia, negociado há mais de uma década.
- Proteção contra fundos especulativos -
No encontro de chanceleres antes da cúpula, o ministro argentino das Relações Exteriores, Héctor Timerman, expôs na segunda-feira seu anseio por uma reforma financeira internacional para lutar contra os fundos especulativos.
AFP / LEO RAMIREZ
Evo Morales, Dilma Rousseff e Horacio Cartes durante a cúpula do Mercosul em Caracas, em 29 de julho de 2014
A Argentina está perto de uma nova moratória, caso não chegue a um acordo antes de quarta com os fundos especulativos no litígio dos títulos da dívida soberana.
Vários fundos especulativos, chamados de "abutres" pela Argentina, ganharam um litígio na justiça americana, que ordenou que o país pagasse aos demandantes antes de continuar cumprindo suas obrigações com os credores da dívida reestruturada em 2005 e 2010.
Nesta terça-feira, enquanto a presidente Cristina Fernández participa da cúpula em Caracas, autoridades argentinas do Ministério da Economia se reúnem em Nova York com um mediador judicial para buscar uma solução ao conflito.
COPIADO http://www.afp.com/
Mercosul tenta ampliar zona de influência e Argentina busca apoio contra fundos
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