Denúncia da ONU Estado Islâmico ordena mutilação genital feminina

Família foge de Mossul, julho de 2014

Estado Islâmico ordena mutilação genital feminina

24 julho 2014
O grupo jihadista Estado Islâmico ordenou que todas as mulheres e crianças da cidade iraquiana de Mossul, norte do país, se submetam à mutilação genital feminina, denunciou hoje o número dois das Nações...


por editado por Ricardo Simões Ferreira24 julho 2014
Família foge de Mossul, julho de 2014
Família foge de Mossul, julho de 2014 Fotografia © Reuters
O grupo jihadista Estado Islâmico ordenou que todas as mulheres e crianças da cidade iraquiana de Mossul, norte do país, se submetam à mutilação genital feminina, denunciou hoje o número dois das Nações Unidas no Iraque.
De acordo com a coordenadora das Nações Unidas no Iraque Jacqueline Badcock, o fatwa (decreto islâmico) em causa aplica-se a mulheres entre os 11 e os 46 anos. Nesse intervalo de idades, Mossul, a segunda maior cidade do país, tomada pelos insurgentes do Estado Islâmico em junho, e arredores contam cerca de quatro milhões de mulheres, segundo a mesma fonte da ONU.
Contudo, alguns bloggers afirmavam que a informação comunicada por Badcock é ficcional e serve unicamente para injuriar os jihadistas do Estado Islâmico. Uma correspondente da estação televisiva, sediada no dubai, Al AAan TV, Jenan Moussa, afirmou no Twitter que os seus contactos em Mossul não tiveram qualquer notícia do fatwa, contava a BBC.
O Iraque enfrenta atualmente os insurgentes sunitas liderados pelo do Estado Islâmico, que já tomaram alguns bastiões importantes no nordeste do país e avançam na Síria. Em junho, os jihadistas afirmavam estar a criar um Califado Islâmico, cobrindo o território que controlam no Iraque e na Síria.
Com este decreto, os insurgentes submetem as mulheres de Mossul aos incontáveis perigos de uma prática a cujo fim em todos os países apelava uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas de dezembro de 2012.
Entre os perigos da prática estão hemorragias, possíveis problemas ao urinar, infeções, infertilidade e o aumento das probabilidades de morte do recém-nascido, aquando do parto de uma mulher que foi submetida a mutilação genital
 
  COPIADO  http://www.dn.pt/

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