Espanha
Milhares vão às ruas contra prisão de líderes catalães
A Procuradoria Geral espanhola pediu a emissão de prisão europeia para o líder catalão Carles Puigdemont e mais quatro ministros que estão na Bélgica.
Milhares protestam contra prisão de líderes da Catalunha (foto: ANSA)
20:54, 02 NOV•MADRI• ZCC
(ANSA) - Milhares de pessoas foram às ruas da Catalunha nesta quinta-feira (2) para protestarem contra a prisão dos oito membros do governo destituído do território autônomo.
Todos os líderes independentes pediram para a população catalã permanecer calma. Mas diversos manifestantes se concentraram em Barcelona, Girona, Lérida e Tarragona.
"O governo legítimo da Catalunha foi preso por suas ideias e por ser fiel ao mandato aprovado pelo Parlamento", escreveu no Twitter o líder Carles Puigdemont.
O presidente destituído também exigiu a libertação dos membros que tiveram a prisão preventiva decretada na Espanha em mensagem transmitida pela TV pública catalã "TV3".
"Como presidente legítimo da Catalunha, exijo a libertação dos conselheiros e do vice-presidente e o fim da repressão política", disse Puigdemont.
Nesta manhã (2), a juíza da Audiência Nacional da Espanha, Carmen Lamela, ordenou a prisão provisória do vice-presidente da Catalunha Oriol Junqueras e de mais sete ministros do governo destituído do território autônomo.
Entre os detidos estão: Jordi Turull, Raúl Romeva, Josep Rull, Dolors Bassa, Meritxell Borrás, Joaquim Forn e Carles Mundó.
A decisão acata um pedido feito pela Procuradoria Geral espanhola que solicitou a prisão provisória, sem fiança, dos membros, além da emissão de um mandado de detenção internacional para o ex-presidente da Catalunha Carles Puigdemont e mais quatro ministros que estão na Bélgica.
De acordo com a Justiça, os ex-conselheiros são acusados de cometer crimes de rebelião e sedição relativos ao processo de independência da região autônoma. Todos os acusados podem pegar até 30 anos de prisão.
O pedido da Procuradoria também solicitou a prisão do ex-conselheiro de Economia Santi Vila, que renunciou em 26 de outubro, um dia antes da votação no parlamento da Catalunha que decidiu pela declaração unilateral de independência. No entanto, ele tem o direito a pagar uma fiança fixada em 50 mil euros pela sua soltura.
Todos os membros compareceram diante da juíza Carmen Lamela, que investiga o governo da Catalunha, menos o ex-presidente Carles Puigdemont e quatro dos seus ex-conselheiros, Clara Ponsati, Antoni Comín, Lluis Puig e Meritxell Serret, que também foram intimados.
Segundo a imprensa local, o líder catalão ignorou a intimação do governo central. Ele está em Bruxelas, na Bélgica, onde denunciou um "processo político".
De acordo com o advogado de Puigdemont, Paul Bekaert, ele insiste que não está fugindo de suas responsabilidades perante a Justiça espanhola, mas que está na Bélgica para evidenciar sua situação diante da comunidade internacional.
No entanto, o líder catalão fez um pedido formal às autoridades espanholas para que sua audiência seja feita por videoconferência. Para a defesa, a estratégia é explorar os "caminhos alternativos" para manter a liberdade do ex-presidente catalão. (ANSA)
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