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Gustavo Oliveira Buzetto, 17, por exemplo, preferiu deixar a redação em branco. "Não fazia a menor ideia do que escrever", justificou. Ele pretende cursar gastronomia.
Luís Adorno/UOL
O estudante Gustavo Oliveira: redação em branco
João Pedro de Abreu Bueno, 18, quer cursar tecnologia da informação e foi outro aluno que considerou a prova difícil. "Se hoje, que eram questões de interpretação de texto, já achei difícil, na semana que vem deve estar pior", afirmou.
Para ele, o tema da redação, no entanto, foi de fácil entendimento. "Aquele que sabe escrever consegue fazer uma boa redação tranquilo", complementou.
Neste domingo, os mais de 6,7 milhões de inscritos tinham pela frente a redação e outras 90 questões de linguagens e ciências humanas. No próximo domingo (12), será a vez de 45 perguntas de ciências da natureza e outras 45 de matemática.
Mais da metade dos alunos (57,7%) já utiliza a nota do (Enem) para ingressar no ensino superior público do país. A prova passou a ser adotada como vestibular em 2009 e, ano a ano, conquista mais adesão entre faculdades públicas e privadas. Na rede pública, o uso é mais disseminado nas 63 universidades federais --todas usam o exame como processo seletivo ou parte dele.
Giovanna Pereira Matos, 19, realiza o Enem pela segunda vez. Para ela, no ano passado, a prova foi mais fácil. "Achei muito difícil. A prova inteira e a redação também. Não tinha nada muito polêmico, mas estava mais difícil", disse. Ela quer uma vaga para cursar fotografia.
Yasmin Aleixo de Campos Lopes, 15, tem o sonho de cursar direito na Universidade Presbiteriana Mackenzie, que é privada, e, para isso, decidiu fazer o Enem como teste. "Vim sem estudar, para ver como é. Achei muito difícil. Para o ano que vem, eu vou ter que estudar muito", afirmou.
No Rio de Janeiro, o assunto da redação do Enem passou longe dos palpites dos alunos. A maioria dos estudantes ouvidos pelo UOL antes da prova apostava em temas que marcaram o noticiário nos meses mais recentes, como reforma trabalhista, questões de gênero ou a crise dos refugiados.
"Acredito que ninguém imaginava esse tema", diz Ana Karolina Vidal, 19. "É um assunto sobre o qual eu nunca havia estudado. Acho que pouca gente, na verdade", diz Vidal, que está concluindo o ensino médio e pretende estudar jornalismo.
"Eu achei o tema legal. É um assunto que anda esquecido", disse Alice Moreira, 17. "Quero ser professora, então esse é um assunto que me interessa", completou.
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Wellington Rosa, 18, e Yasmin Pires, 18, são colegas de curso Normal, que forma professores para educação básica, e lamentam o pouco tempo que tiveram para estudar. "Temos aulas das 7h às 18h, incluindo estágio; para o Enem, estudamos basicamente online", dizem. Os dois tentam uma vaga de Pedagogia e fizeram a prova na Urca, no Rio de Janeiro
VEJA MAIS >Imagem: Bruno Aragaki/UOL
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