E você que acha? Ministro diz que liberar verba por voto não é chantagem, é 'ação de governo' Carlos Marun admite que usa liberação de verba da Caixa como moeda de troca

"Não entendo que seja uma chantagem o governo atuar no sentido que um aspecto tão importante"

Ministro diz que liberar verba por voto não é chantagem, é 'ação de governo'

Carlos Marun admite que usa liberação de verba da Caixa como moeda de troca

Jornal do Brasil
O ministro da Secretaria de Governo Carlos Marun afirmou nesta terça-feira (26) que a liberação de recursos de bancos públicos em troca de apoio à reforma da Previdência não é "chantagem", mas uma "ação de governo". Após reunião com Michel Temer no Palácio do Planalto, Marun admitiu que usa a liberação de dinheiro da Caixa como moeda de troca com governadores, para que estes pressionem deputados a votar pela tão esperada pelo mercado Reforma da Previdência. 
"Financiamentos da Caixa Econômica Federal são ações de governo, senão o governador poderia tomar esse financiamento no Bradesco", disse Marun. "Não entendo que seja uma chantagem o governo atuar no sentido que um aspecto tão importante para o Brasil se torne realidade. O governo espera daqueles governadores que têm recursos a ser liberados, financiamento a ser liberado, uma reciprocidade no que tange a questão da Previdência", completou.
Questionado sobre possíveis retaliações a quem não votar pela reforma, Marun apontou que "sendo uma ação de governo, o nível de apoio que o governador puder prestar à questão da reforma vai ser considerado". 
"Não entendo que seja uma chantagem o governo atuar no sentido que um aspecto tão importante"
"Não entendo que seja uma chantagem o governo atuar no sentido que um aspecto tão importante"
Marun disse que o governo espera “reciprocidade” na questão da reforma da Previdência daqueles governadores que aguardam financiamentos de bancos públicos. A declaração de Marun vem em resposta às queixas do governador de Sergipe, Jackson Barreto, feitas após reunião dele no Palácio do Planalto. De acordo com Barreto, conforme publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo na última sexta-feira (22), o ministro teria dito que só liberaria os financiamentos após a votação da reforma da Previdência. Segundo o jornal, Barreto, que é integrante do PMDB, saiu “chocado” da reunião.
Marun não confirmou se os contratos de financiamento serão liberados após a votação da reforma, mas afirmou que o governo espera o apoio dos governadores quando o assunto é a reforma da Previdência. “Realmente, o governo espera daqueles governadores que têm recursos, financiamentos a serem liberados uma reciprocidade no que tange à questão da Previdência”, disse.
Na tarde desta quarta-feira (27), o presidente Michel Temer vai receber, além do próprio Marun, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para tratar da reforma. O relator da matéria na Câmara, Arthur Maia (PPS-BA), também foi convidado para o encontro.
Com Agência Brasil
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