PRESSÃO POPULAR FAZ VOTAÇÃO DE LICENÇA PARA ANGLO AMERICAN SER ADIADA EM MINAS GERAIS

PRESSÃO POPULAR FAZ VOTAÇÃO DE LICENÇA PARA ANGLO AMERICAN SER ADIADA EM MINAS GERAIS

O PROCESSO DE licença da mineradora Anglo American em Minas Gerais deu um passo atrás na manhã desta sexta (22). Na noite anterior, The Intercept Brasil publicou as recomendações do Ministério Público do Estado de Minas Gerais e do Ministério Público Federal, bem como o abaixo-assinado de ambientalistas, ativistas e moradores da região de Conceição do Mato Dentro (MG); todos contra a liberação de ampliação de uma barragem de rejeitos que viria a se tornar a maior do estado.
Uma reunião da Câmara de Atividades Minerárias do Conselho Estadual de Política Ambiental de Minas estava marcada para as 9 horas da manhã desta sexta. Na pauta original, o primeiro processo administrativo a ser contemplado seria o de licenciamento da expansão da barragem de rejeitos.
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Trecho da pauta original da reunião marcada para sexta (22).
No entanto, os conselheiros foram informados de que o assunto fora retirado de pauta nesta manhã. “A SEMAD [Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável], primando pelo diálogo, entendeu por bem retirar o processo de pauta, comprometendo-se a retornar já no próximo compromisso”, anunciou Renato Teixeira Brandao, presidente da CMI, ao início da reunião. Sua fala foi interrompida por aplausos. A próxima reunião da Câmara está marcada para o dia 19 de janeiro e aguarda-se que o assunto volte a ser discutido, então.
A antropóloga e coordenadora do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), Maria Julia Andrade, comemora a retirada de pauta que classifica como um fruto da organização e mobilização das comunidades atingidas, que acionaram órgãos como o MInistério Público: ‘Significa que as comunidades ganharam tempo para pressionar mais e que poderão ter um natal mais em paz com as suas famílias”. Mas lembra que a história está longe do fim:
“As comunidades abaixo da barragem de rejeitos têm uma pauta muito firme: querem ser reassentadas, assim como outras famílias que tiveram suas casas rachadas e nascentes assoreadas pelo mineroduto da empresa. A nova licença vai ser dada sem considerar os problemas que a expansão vai aprofundar, fragilizando ainda mais as vidas dessas famílias?”
copiado https://theintercept.com/

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