Rio Grande do Norte - RN
Governo do RN recorre ao TCU para tentar liberar ajuda financeira
Em embargo de declaração, governo vai pedir que tribunal explique decisão favorável a ajuda financeira federal. MP Contas foi contra repasse para pagar salários. /i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/6/A/U1tadcQTukCGOrhb1VMA/tcu.png)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/6/A/U1tadcQTukCGOrhb1VMA/tcu.png)
Governo do RN recorre ao TCU para tentar liberar ajuda financeira do governo federal
Por G1 RN
Em embargo de declaração, governo vai pedir que tribunal explique decisão favorável a ajuda financeira federal. MP Contas foi contra repasse para pagar salários.
Depois
de pedir ao ministro da Fazenda, Henrique Meireles, uma
reconsideração quanto ao veto da ajuda financeira de R$ 600
milhõesque
seria enviada ao estado, o governo do Rio Grande do Norte anunciou
que vai dar entrada nesta quarta-feira (27) com um recurso de embargo
de declaração no Tribunal de Contas da União. O objetivo, segundo
a administração, é
esclarecer a decisão do TCU que tinha sido favorável à
transferência de auxílio do governo federal aos estados em crise
fiscal,
entre eles o RN.
A
medida será tomada depois que uma recomendação do Ministério
Público de Contas recomendou ao Ministério da Fazenda que não
fizesse a transferência do recurso ao estado para pagamento de
salários dos servidores, o que seria considerado
inconstitucional. Seguindo
a recomendação, a pasta vetou o repasse.
No
pedido de reconsideração feito nesta terça-feira (26) ao ministro
Henrique Meireles, o governador Robinson Faria (PSD) afirmou ao
ministro que o estado iria buscar uma "definição clara"
junto ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público
quanto à natureza da transferência e quanto à existência ou não
da vedação ao uso dos recursos para o pagamento de despesas com
pessoal.
Para
o estado, o apoio financeiro solicitado à União não se enquadra na
classificação de “transferência voluntária” mencionada pelo
Ministério Público de Contas, mas sim um socorro emergencial e
incondicional prestado mediante lei ou medida provisória. Dessa
forma, o dinheiro poderia ser usado para pagar a folha salarial.
Ainda
que não possa ser usado para pagamento dos salários, o governo
pediu que o dinheiro fosse encaminhado para custear outras despesas,
liberando os recursos das contas estaduais para o pagamento dos
salários. Até esta quarta, 27 de dezembro, o governo pagou os
salários de novembro, apenas aos servidores estaduais que ganham até
R$ 3 mil.
"O
Governo do Estado solicita ao Ministério da Fazenda que aguarde o
julgamento do Recurso, o que deverá ocorrer após o recesso anual do
TCU, que termina em 16 de janeiro, para qualquer decisão final sobre
a edição da Medida Provisória", declarou o governo por meio
de nota.
Policias civis e militares do RN decidem se voltam ou não ao trabalho
Paralisações
Com
salários atrasados, o estado enfrenta paralisações da Polícia
Militar, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil há uma semana.
Desde a terça-feira (19), PMs se negam a sair dos batalhões da
capital e do interior. Desde então, vários arrombamentos de lojas,
roubos de carros e assaltos foram registrados na região
metropolitana de Natal. Em uma semana sem polícia na rua, RN tem 50
homicídios e mais de 360 roubos.
Neste
domingo, o TJRN determinou que os policiais retomem imediatamente
suas funções,
mas as categorias não voltaram até o momento. Na tarde desta quarta
(27), PMs e bombeiros irão se reunir em assembleia para definir os
rumos do movimento.
Para
garantir a segurança nas ruas, o governo do estado pediu ajuda do
Ministério da Justiça que enviou 70 homens da Força Nacional ao
RN. Desde
sexta-feira (22) eles atuam no patrulhamento ostensivo nas ruas de
Natal.
Segurança com Segurança
Além
de exigir o pagamento em dia dos salários, os PMs também dizem que
só deixam os batalhões com viaturas, materiais de proteção e
armas em condições adequadas de uso. Por isso, alegam que não
estão em greve, mas realizando uma operação chamada 'Segurança
com Segurança'.
Ainda
na quinta (21), o governo pagou os salários de novembro dos
servidores que ganham até R$ 2 mil, e na sexta (22) depositou o
dinheiro de quem recebe até R$ 3 mil. Já
quem ganha acima disso, deve receber somente na sexta, dia 29 de
dezembro, que é quando o governo promete concluir a folha de
novembro.
O
13º salário, ainda de acordo com o governador Robinson Faria, só
deve ser pago no dia 10 de janeiro. Já a folha de dezembro, só deve
ser concluída no dia 30 de janeiro de 2018.
copiado https://g1.globo.com/r
Nenhum comentário:
Postar um comentário