A mensagem de Lula à África, que um juizeco não calou Moro corre a levar mais lenha a Bolsonaro

A mensagem de Lula à África, que um juizeco não calou

Impedido de comparecer pessoalmente, por uma disputa de vaidade entre juizes para ver “quem é o dono do Lula”, o ex-presidente mandou, em vídeo, uma breve intervenção para a reunião que se realiza hoje, na Etiópia, sobre segurança alimentar na reunião de Cúpula da União Africana, onde se debateria o relatório de “Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo de 2017 “, onde a FAO, órgão da ONU dedicado à alimentação, detecta que, depois de anos em queda, a fome no mundo está em ascensão novamente.
Assista a fala de Lula, abaixo:



hudralernaO fator Bolsonaro já fugiu do controle?

Onze entre dez análises políticas feitas com o viés do conservadorismo dizem que a candidatura Jair Bolsonaro tende a esvaziar-se na medida em que fique claro que Lula estaria fora da disputa eleitoral.
Como se acham todo-poderosos com o seu jogo de mídia, não conseguem compreender que o ódio que alimentaram, de olho na deposição de Dilma Rousseff e, depois, na eliminação política de Lula ganhou vida própria e que dificilmente obedecerá aos comandos do status quo da política e da economia.
Creem que, assim como desativaram personagens fictícios como Kim Kataguiri (MBL) e Rogério Chequer (Vem Pra Rua) – veja o que eles conseguem por na rua hoje, de coxinhas e constate  – podem fazer o mesmo com o tal “mito”, que só merecia este nome numa das acepções que lhe dá o Dicionároo Aurélio: “coisa só possível por hipótese; quimera”.
Infelizmente, não creio que as coisas se passem assim, por algumas razões.
A primeira é que Jair Bolsonaro, embora tivesse tudo para ser uma inexpressiva figura no meio militar – oficial de baixa patente e curta trajetória, passou a representar o pensamento mais conservador, corporativo e intervencionista dentro das Forças Armadas. Formou-se cadete em 1977, já fora do auge da ditadura e nunca se destacou em nada, a não ser na indisciplina, régua de ouro para medir o comportamento castrense, mas a defesa “sindical” dos militares e uma pauta moralista e extemporaneamente “anticomunista” o foram a outra das definições do Aurélio para mito: “personagem, fato ou particularidade que, não tendo sido real, simboliza não obstante uma generalidade que devemos admitir”.
A segunda é verificar que áreas eleitorais se abrem com a extirpação de Lula e quem pode crescer nelas. Recomendo, para quem tiver dúvidas, que olhe a votação de Marcelo Freixo – excelente na Zona Sul e Tijuca  – nas áreas de periferia e subúrbios do Rio de Janeiro, onde o eleitorado de Lula sempre foi grande.
A não ser se surgir Luciano Huck como paraquedista – especialização de Bolsonaro na tropa – os candidatos ora postos não parecem ter espaço por ali e o ex-capitão tomou o cuidado de bloquear a via evangélica de entrada neste eleitorado para Marina Silva.
O terceiro motivo é que o que eles apontam como razão para a expressão que Bolsonaro alcançou – o antilulismo – não só não se acaba com a ausência do ex-presidente na disputa formal, mas se acentua com a disputa informal a que se lançará, pessoalmente, tanto quanto lhe seja possível.
Contra Bolsonaro não adiantará levantar barreiras éticas ou as do “politicamente correto”. Ele é, justamente, a negação disto. É “mito”, o “macho”, o que “dá tiros”, o que aponta o caminho da paz a bala.
Um perfil que não podia ser “melhor” para um país que regrediu aos tempos do faroeste.

Moro corre a levar mais lenha a Bolsonaro

combustivA manchete de O Globo, hoje, anuncia o timing da direita.
Daqui a um mês, provavelmente com a ruína do Governo Michel Temer mais – perdoem – arruinada ainda, com a provável frustração da derrota da reforma previdenciária – o calendário do antilulismo tem mais duas datas “festivas’: o esgotamento dos recursos ao TRF-4 e a onda de discussões sobre a prisão de Lula e a condenação do ex-presidente, de novo, por um apartamento que é dele, mas não é dele, e por um terreno que “ia ser”, mas não foi, do Instituto Lula.
Lenha, portanto, para mais ódio, combustível da fornalha do inferno bolsonarista.
Ou acha que vão esvaziar o ex-capitão com história de apartamentos e casas que são dele e são dele, mesmo, ao contrário “dos de” Lula?
Acham que o povão das periferias vai se empolgar, na falta de Lula, com Alckmin, Meirelles ou Maia?
Sabem que não e, para terem alguma chance, vão ter que lançar mão de Luciano Huck – e colocar a Globo na disputa, beneficiada pela exclusão de Lula – ou de Sérgio Moro, o algoz que se habilita ao cargo que todos sabem seria de sua vítima.
Uma ou outra alternativa são tão ridículas quanto medonhas, destas de fazer o destino da Itália com Sílvio Berlusconi parecer um espetáculo de civilização.
Mas, diferente de lá, haverá um Lula, façam-lhe o que fizerem, a ser o contraponto disso e, “pior”, compreensível até pelo mais humilde caboclo deste país.
A desgraça em que meteram o Brasil, que já nos apavorava com Temer, só mostrou as canelas, até agora.

copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Ao Planalto, deputados criticam proposta de Guedes e veem drible no teto com mudança no Fundeb Governo quer que parte do aumento na participação da União no Fundeb seja destinada à transferência direta de renda para famílias pobres

Para ajudar a educação, Políticos e quem recebe salários altos irão doar 30% do soldo que recebem mensalmente, até o Governo Federal ter f...