O alucinado galope para trás do Brasil
Quem desse um salto de seis ou sete anos no tempo, do Brasil do início desta década para cá, ficaria perplexo, não iria crer no que nos aconteceu.
Aquele país cheio da autoestima, de alegria, de esperanças de progresso, virou uma terra onde, exceto a parcela imensa de brasileiros que hoje se encontra perplexa com o que se passou, encontram-se “doutos” a dizer que a solução para o país é cortar mais – direitos, gastos sociais, garantias legais, tudo…) e o xucros que pregam que o caminho é matar mais, prender mais, quem sabe bater mais…
Parece evidente que os segundos têm uma plataforma mais “popular” do que os primeiros.
Na ditadura cantavam que “este é um país que vai pra frente” e o “pra frente, Brasil” virou o slogan oficial, enquanto a política foi reduzida aos curraletes do “partido do sim” e o “partido do sim, senhor”. Mal ou bem, porém, em meio ao obscurantismo, havia algum projeto econômico que ia além do rentismo e do “vendam tudo” de agora.
Do Brasil que vai pra trás, na economia, tira-se mais combustível para o Brasil que vai pra trás em matéria de pluralidade e equilíbrio políticos, aquele que perdemos em nome da avidez de quem não quis esperar a sua hora e abriu as porteiras para uma corja de políticos que tem em Michel Temer o seu abjeto estigma.
Este Brasil regredido guarda muitas semelhanças com o ditadura, em seus primórdios, quando a demolição do governo democrático exigiu a formação de hordas moralistas na classe média, que depois se esvaziaram, deixando como saldo os ferozes mastins que imperaram até meados dos anos 70.
Não duvidem que, persistindo na insanidade – como se desenha – de extirpar Lula da disputa eleitoral e até mesmo enjaulá-lo como “exemplo” do que se reserva a quem queira fazer, pacificamente, reformas neste país, serão eles, a matilha, quem terá condições políticas de galgar o poder, mesmo sem os partidos e o tempo de televisão que julgam ser indispensáveis a isso.
Contam que, sem Lula na disputa, a extrema-direita vai se esvaziar, como se ela fosse consequência da esquerda. Não é, é fruto da transformação do centro político em um aglomerado imoral, que os cevou, estimulou e festejou.
Aos ascéticos juízes e aos imprudentes golpistas que nos levaram a isso é que se dirige o slogan que traduz hoje o “este é um país que vai pra trás”: é bom já ir se acostumando, se insistirem em matar e enterrar o único que pode se opor a isso, Lula.
Quem desse um salto de seis ou sete anos no tempo, do Brasil do início desta década para cá, ficaria perplexo, não iria crer no que nos aconteceu.
Aquele país cheio da autoestima, de alegria, de esperanças de progresso, virou uma terra onde, exceto a parcela imensa de brasileiros que hoje se encontra perplexa com o que se passou, encontram-se “doutos” a dizer que a solução para o país é cortar mais – direitos, gastos sociais, garantias legais, tudo…) e o xucros que pregam que o caminho é matar mais, prender mais, quem sabe bater mais…
Parece evidente que os segundos têm uma plataforma mais “popular” do que os primeiros.
Na ditadura cantavam que “este é um país que vai pra frente” e o “pra frente, Brasil” virou o slogan oficial, enquanto a política foi reduzida aos curraletes do “partido do sim” e o “partido do sim, senhor”. Mal ou bem, porém, em meio ao obscurantismo, havia algum projeto econômico que ia além do rentismo e do “vendam tudo” de agora.
Do Brasil que vai pra trás, na economia, tira-se mais combustível para o Brasil que vai pra trás em matéria de pluralidade e equilíbrio políticos, aquele que perdemos em nome da avidez de quem não quis esperar a sua hora e abriu as porteiras para uma corja de políticos que tem em Michel Temer o seu abjeto estigma.
Este Brasil regredido guarda muitas semelhanças com o ditadura, em seus primórdios, quando a demolição do governo democrático exigiu a formação de hordas moralistas na classe média, que depois se esvaziaram, deixando como saldo os ferozes mastins que imperaram até meados dos anos 70.
Não duvidem que, persistindo na insanidade – como se desenha – de extirpar Lula da disputa eleitoral e até mesmo enjaulá-lo como “exemplo” do que se reserva a quem queira fazer, pacificamente, reformas neste país, serão eles, a matilha, quem terá condições políticas de galgar o poder, mesmo sem os partidos e o tempo de televisão que julgam ser indispensáveis a isso.
Contam que, sem Lula na disputa, a extrema-direita vai se esvaziar, como se ela fosse consequência da esquerda. Não é, é fruto da transformação do centro político em um aglomerado imoral, que os cevou, estimulou e festejou.
Aos ascéticos juízes e aos imprudentes golpistas que nos levaram a isso é que se dirige o slogan que traduz hoje o “este é um país que vai pra trás”: é bom já ir se acostumando, se insistirem em matar e enterrar o único que pode se opor a isso, Lula.
Os tucanos vão entregar o certo pelo mais que duvidoso?
Há priscas eras, um programa de televisão destes que vendiam carnês antes do Sílvio Santos tinha como atração um quadro onde o participante era fechado numa “cabine à prova de som” e tinha de responder a perguntas com um “sim” ou não” quando se ia oferecendo que trocasse o prêmio com que começava a brincadeira por outros, de menor ou maior valor.
A manchete de hoje do Estadão, dizendo que, em benefício de uma coligação nacional para Geraldo Alckmin, os tucanos abririam mão da cabeça de chapa para apoiar Márcio França, do PSB é destas que fazem lembrar a cena acima. Algo que, se não for apenas um “balão de ensaio” vai remexer os intestinos do PSDB, não só em São Paulo, mas em escala nacional.
Há hoje poucas dúvidas de que, com um candidato tucano, mesmo com um mau desempenho de Alckmin em escala nacional, o favoritismo para o Governo de São Paulo é do PSDB. Mas a colagem eleitoral dos pedaços que compõem o tucanato paulista quase que certamente não consegue resistir a um comando do governador para que entreguem a cidadela que lhes restou.
Já seria difícil se Alckmin estivesse no primeiro escalão dos participantes da disputa presidencial; no limbo em que se encontra não é difícil esperar que seja impossível. Até porque seria, como na cabine à prova de som daquele programa de TV, trocar tudo por um pé de alface.
O serpentário paulista, certamente, vai aumentar seu estado de agitação. Dória, mesmo tendo voltado a uma postura menos exibida, nunca arquivou suas ambições. O que resta do “serrismo”, também. O vizinho Skaf tem tempo de televisão para abrir portas e até o “mito” Bolsonaro tem cacife, em terras bandeirantes, para oferecer palanque.
Como tudo o que não faz sentido, a possibilidade tende a ser nula. Mas como no Brasil de hoje, onde o que não tem sentido vem se transformando em realidade, pode ser que isso vá além de uma simples acomodação de ambições.
E que jogue o maior colégio eleitoral brasileiro numa fragmentação inédita, ao menos desde que Collor venceu ali nos dois turnos de 1989.
Há priscas eras, um programa de televisão destes que vendiam carnês antes do Sílvio Santos tinha como atração um quadro onde o participante era fechado numa “cabine à prova de som” e tinha de responder a perguntas com um “sim” ou não” quando se ia oferecendo que trocasse o prêmio com que começava a brincadeira por outros, de menor ou maior valor.
A manchete de hoje do Estadão, dizendo que, em benefício de uma coligação nacional para Geraldo Alckmin, os tucanos abririam mão da cabeça de chapa para apoiar Márcio França, do PSB é destas que fazem lembrar a cena acima. Algo que, se não for apenas um “balão de ensaio” vai remexer os intestinos do PSDB, não só em São Paulo, mas em escala nacional.
Há hoje poucas dúvidas de que, com um candidato tucano, mesmo com um mau desempenho de Alckmin em escala nacional, o favoritismo para o Governo de São Paulo é do PSDB. Mas a colagem eleitoral dos pedaços que compõem o tucanato paulista quase que certamente não consegue resistir a um comando do governador para que entreguem a cidadela que lhes restou.
Já seria difícil se Alckmin estivesse no primeiro escalão dos participantes da disputa presidencial; no limbo em que se encontra não é difícil esperar que seja impossível. Até porque seria, como na cabine à prova de som daquele programa de TV, trocar tudo por um pé de alface.
O serpentário paulista, certamente, vai aumentar seu estado de agitação. Dória, mesmo tendo voltado a uma postura menos exibida, nunca arquivou suas ambições. O que resta do “serrismo”, também. O vizinho Skaf tem tempo de televisão para abrir portas e até o “mito” Bolsonaro tem cacife, em terras bandeirantes, para oferecer palanque.
Como tudo o que não faz sentido, a possibilidade tende a ser nula. Mas como no Brasil de hoje, onde o que não tem sentido vem se transformando em realidade, pode ser que isso vá além de uma simples acomodação de ambições.
E que jogue o maior colégio eleitoral brasileiro numa fragmentação inédita, ao menos desde que Collor venceu ali nos dois turnos de 1989.
A Justiça que virou circo. Quem manda mais no Lula? “Eu, eu, eu”
O desembargador morista João Gebran, o mesmo que começou a fieira de confirmações e agravamento da pena de Lula recusou hoje o pedido de quatro advogados – obviamente querendo aparecer – que haviam pedido o recolhimento do passaporte de Lula.
Ontem, outro advogado estranho à causa, querendo aparecer, pediu o mesmo ao juiz de uma vara federal (assim, em minúsculas mesmo) de Brasilia e o juiz, que não tem nada a ver com o caso de Curitiba, querendo aparecer, mandou recolher o passaporte.
“Fundamenta” a decisão, de modo inédito, com o que “aliados” (inominados) do ex-presidentes teriam aventado a hipótese de fuga do Brasil. E se faz de “bonzinho” dizendo que poderia até mandar prender o ex-presidente, que sequer foi julgado por lá. Podem tudo, não é?
Tudo isso, claro, depois de Lula ter comunicado, antes do julgamento, que tinha um compromisso internacional, a convite de um organismo da ONU e nenhum dos desembargadores do TRF-4 ter dado importância a isso, porque sabem que Lula não ia fazer o que seria interpretado como uma confissão da culpa que não tem.
Agora, Gebran nega o pedido porque, simplesmente, é ocioso – dispiciendo, diriam os juristas – atendê-lo. E se faz de isento, pelo ato que não praticou, pela simples razão de que já estava praticado.
Tudo é uma pantomima, uma farsa, um balé macabro, ensaiado e coreografado. Todos querendo ver como aparecem mais, se exibindo como donos da liberdade de um homem – eles sabem – é inocente, mas a quem não hesitam em imolar em benefício de seus interesses de classe, de seu servilismo, de suas carreiras e de suas vaidades.
Lula é a carniça para o bando de abutres togados exibir sua ferocidade covarde ou sua inócua afetação de “imparciais”
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/
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