22 mi de desepregados nos EUA em um mês. E vai subir mais
Os números recém-divulgados pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, fechando as primeiras quatro semanas desde o início da epidemia de coronavírus naquele país mostram o tamanho do estrago na economia, mesmo sendo apenas...
Os números recém-divulgados pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, fechando as primeiras quatro semanas desde o início da epidemia de coronavírus naquele país mostram o tamanho do estrago na economia, mesmo sendo apenas parte dos 50 estados do país.
22 milhões de novos desempregados significam, sozinhos, 15% de taxa de desemprego. Somados aos 4% anteriores, é possível dizer que 20% dos trabalhadores norte-americanos estão sem emprego. Como, evidentemente, as demissões continuarão por algum tempo e certamente não haverá contratações, que ainda se somem mais 15 milhões de demitidos nas próximas quatro semanas, aumentando em outros 10% a taxa de desemprego.
É um nível igual ou superior ao registrado na crise – esqueça a de 2008 – de 1929, a da grande depressão.
Evidente que uma parte, mas nem tão grande, destes postos de trabalho será recuperada com a retomada de uma vida – não se sabe quando nem quanto – normalizada. Porque há um sem fim de atividades, como o turismo, restaurantes, artes e espetáculos, transportes aéreos, que seguirão notavelmente deprimidos, mesmo então.
A (ainda) maior economia do planeta, arrasada, saltará sobre os capitais disponíveis da mesma forma que saltou sobre máscaras e respiradores de todos os países do mundo por estes dias.
E a devastação por lá se estenderá por cá e por todas as outras economias que apostaram nadisponibilidade de capital externo para financiar seu desenvolvimento, que virá menos ainda para sua recuperação.
A única fonte de capital disponível para começar uma reversão do quadro dantesco que teremos aqui é o Estado, e não faltarão mil e uma razões “fiscais” para impedi-lo de fazer o que terá de ser feito.
A mixórdia do pensamento econômico dominante – há exceções – acha, na sua capacidade cognitiva primária, que o que definirá a ruína da economia brasileira é o balconista e a faxineira voltarem a trabalhar na semana que vem.
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