MUDANÇA NO GOVERNO
Maia convoca reunião informal com deputados para avaliar acusações de Moro
- FHC: 'Poupe-nos de um processo de impeachment'
- Mourão: Saída de Moro não é boa, mas 'vida que segue'
- Ciro Gomes diz que país 'ganha muito' com confronto entre Moro e Bolsonaro
- Carla Zambelli diz que não há crime de Bolsonaro em inteferência política
- Mandetta publica foto com Moro e parabeniza ex-ministro: 'País agradece
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), convocou parlamentares para uma reunião informal na residência oficial. A avaliação inicial de deputados que participarão do encontro é que as denúncias do ministro da Justiça, Sergio Moro, apresentadas no pedido de demissão são graves e precisam ser investigadas para determinar se há crime de responsabilidade para um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).Os deputados farão avaliações sobre o cenário político do momento e debaterão se há ou não um crime de responsabilidade. Um dos questionamentos é se Moro testemunharia em uma investigação formal e repetiria que o presidente Jair Bolsonaro pediu informações e relatórios de inteligência da PF (Polícia Federal)."As consequências desse indício de crime de responsabilidade serão uma pressão enorme pela abertura de um processo de impeachment. O impeachment não é um processo só jurídico. É jurídico e político. Tem que ter crime e condições políticas. Os fatos são graves", disse um parlamentar reservadamente.Um outro parlamentar declarou que o cálculo político sobre a abertura de um processo de impeachment precisa ser cirúrgico porque o Congresso Nacional está concentrado em votar projetos de combate ao coronavírus. Os parlamentares não querem passar a imagem de oportunismo político, mas não podem ignorar a gravidade das denúncias de Moro."O que vamos fazer tem que ser na exata medida que gere menos impacto no combate ao coronavírus e a proteção da vida dos brasileiros. Não dá para entrar em uma carnificina política e deixar de lado o combate ao coronavírus. Isso é fundamental", disse outro parlamentar.O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), irá se manifestar somente após o pronunciamento de Bolsonaro no Planalto, marcado para as 17h. O UOL apurou que ele avalia o clima político como "muito tenso", mas, nas conversas com parlamentares, tem pedido responsabilidade e calma. Ele não deve participar da reunião promovida por Maia.*Colaborou Luciana Amaral, do UOL, em Brasília
- Antonio Temóteo*
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