Os deputados farão avaliações sobre o cenário político do momento e debaterão se há ou não um crime de responsabilidade. Um dos questionamentos é se Moro testemunharia em uma investigação formal e repetiria que o presidente Jair Bolsonaro pediu informações e relatórios de inteligência da PF (Polícia Federal).
"As consequências desse indício de crime de responsabilidade serão uma pressão enorme pela abertura de um processo de impeachment. O impeachment não é um processo só jurídico. É jurídico e político. Tem que ter crime e condições políticas. Os fatos são graves", disse um parlamentar reservadamente.
Um outro parlamentar declarou que o cálculo político sobre a abertura de um processo de impeachment precisa ser cirúrgico porque o Congresso Nacional está concentrado em votar projetos de combate ao
coronavírus. Os parlamentares não querem passar a imagem de oportunismo político, mas não podem ignorar a gravidade das denúncias de Moro.
"O que vamos fazer tem que ser na exata medida que gere menos impacto no combate ao coronavírus e a proteção da vida dos brasileiros. Não dá para entrar em uma carnificina política e deixar de lado o combate ao coronavírus. Isso é fundamental", disse outro parlamentar.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), irá se manifestar somente após o pronunciamento de Bolsonaro no Planalto, marcado para as 17h. O UOL apurou que ele avalia o clima político como "muito tenso", mas, nas conversas com parlamentares, tem pedido responsabilidade e calma. Ele não deve participar da reunião promovida por Maia.
*Colaborou Luciana Amaral, do UOL, em Brasília
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