Futuro fundo de recuperação da UE chegará a € 1,5 bi
AFP / Sergei SupinskyMulher veste máscara enquanto caminha perto de uma farmácia em Kiev, 4 de abril de 2020
O fundo de recuperação da União Europeia (UE), com o qual se deseja responder nos próximos anos à crise econômica devido ao coronavírus, deve atingir 1,5 trilhão de euros, estimou quarta-feira Paolo Gentiloni, comissário europeu para a Economia.
"Precisamos de um fundo de pelo menos 10% do nosso PIB, ou seja, cerca de 1,5 trilhão de euros", disse Gentiloni em entrevista ao jornal francês Echos.
Na semana passada, os líderes da UE encomendaram à Comissão Europeia a preparação deste fundo de recuperação, no âmbito de um plano de saída de crises, que também estabelecerá o orçamento europeu para o período 2021-2027.
Essa decisão encerrou parcialmente uma série de profundas divisões entre os países do sul da UE, que exigiam mais solidariedade financeira, e os do norte, que permaneceram firmes em suas posições.
Não está claro, no entanto, se este fundo subsidiará incondicionalmente setores econômicos ou se limitará a empréstimos que devem ser reembolsados.
"Eu concordo com Ursula von der Leyen", a presidente da Comissão, "quando menciona uma mistura dos dois", disse Gentiloni, considerando que, no entanto, os empréstimos precisam ser de longo prazo ou até de uma "dívida perpétua", ideia apoiada pela Espanha.
O comissário de economia admitiu, no entanto, que será difícil chegar a um consenso dentro da Comissão sobre o funcionamento concreta dos fundos.
"O diabo estará nos detalhes, e podemos dizer que haverá muitos diabos, seja na quantia, no timing ou na composição desses fundos", alertou. "Essas não são questões simples para decidir", avaliou.
Gentiloni ressaltou que é absolutamente necessário agir rapidamente e pensar em lançar o plano de recuperação a partir do segundo semestre deste ano.
"Nas próximas semanas, entraremos em uma fase de reestabelecimento, coexistindo com o vírus", afirmou o comissário. "É nessa fase que temos que implementar nossa estratégia de recuperação", insistiu.
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