Reino Unido comemora sob chuva Jubileu de Diamante da rainha Elizabeth II
LONDRES (AFP)
Milhões de britânicos enfrentaram a chuva neste domingo para celebrar o Jubileu de Diamante de Elizabeth II, no auge de sua popularidade aos 86 anos, durante uma grandiosa parada com mil embarcações no Tâmisa, que empolgou uma nação.
A imprensa contribuiu amplamente para o fervor em torno dos sessenta anos de reinado. O Sunday Express, por exemplo, estampou a manchete "Obrigado Ma'am" (para Senhora).
Para muitos, a oportunidade era patriótica, de brandir a Union Jack (bandeira britânica) e cantar "God save the Queen", ou simplesmente um pretexto para fazer a festa com um toque de excentricidade.
Uma armada heterogênea de barcos a remo, a vela, a vapor, levantou âncoras no início da tarde para percorrer 11 km do Tâmisa, o grande rio de Londres, cercado de monumentos majestosos.
O rio real não recebia uma festa deste porte desde Carlos II, há 350 anos. A BBC comparou durante a sua cobertura ao vivo o cenário da flotilha aos quadros do pintor veneziano Canaletto.
Elizabeth à frente da armada
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Elizabeth assumiu a sua posição a bordo de um barco transformado em uma barcaça real dourada e vermelha, acompanhada principalmente de seu marido Philip, de 90 anos, que vestia um uniforme de Lorde-Almirante da Marinha, e de duas gerações de Windsor: Charles, 63 anos, o herdeiro do trono com a popularidade em baixa, e sua esposa Camilla; William, 29 anos, segundo na linha sucessória, e sua esposa Catherine, que foram muito festejados.
O símbolo da unidade e da continuidade foi cuidadosamente apresentado pelo Palácio de Buckingham, arquiteto do espetacular retorno às graças da nação de uma família real agitada pelas travessuras de seus filhos e pela morte de Diana, em 1997.
Um milhão de súditos eram esperados para a ocasião do desfile fluvial de cerca de quatro horas, em um ambiente de carnaval e de uma alegre cacofonia de toques de trombetas, de sinfonias, de corais da Commonwealth, e de músicas populares, acompanhados dos gritos vibrantes da multidão.
Os sons de júbilo abafaram os lemas dissonantes --"Fora Monarquia" "Viva a república"-- lançados por cerca de 500 republicanos, que, segundo as pesquisas, são minoritários, constituindo 13% da população.
Os súditos mais corajosos tinham passado a noite acampados sob uma temperatura inferior a 10 graus. "Estamos acostumados", disse Barbara Young, uma mulher de cerca de 50 anos ostentando uma tiara de plástico. Ao pé da Tower Bridge, pessoas usavam máscaras de carnaval com as imagens dos Windsor. No Battersea Park, cães faziam sucesso vestindo pequenas camisas nas cores azul-branca-vermelha.
1.000 anos, dois jubileus
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Os organizadores do "Grande Almoço" estimavam a participação de mais de seis milhões de pessoas nos picnics organizados nos parques, pubs, em Camp Bastion que abriga o contingente britânico no Afeganistão, na Piccadilly Circus onde Charles e Camilla apareceram diante das câmeras, ou no número 10 de Downing Street.
O morador do local, o primeiro-ministro David Cameron, homenageou a rainha na BBC : "Ela é uma grande fonte de força e de estabilidade agora e para o futuro", disse.
Londres celebrou em 1897 o outro Jubileu de Diamante da história milenar da monarquia, o da rainha Vitória, que detém, com 63 anos, o recorde de longevidade no trono.
A rainha-imperatriz assistiu, confinada a uma cadeira de rodas, à parada militar com 50.000 soldados do império em seu apogeu.
Já Elizabeth parecia muito bem disposta ao saudar a multidão durante a procissão fluvial deste domingo. As festividades se prolongarão na segunda-feira com um picnic gigante e com um megaconcerto diante do Palácio de Buckingham. Serão concluídas na terça-feira, com uma procissão em carruagem e com uma aparição da soberana no balcão de sua residência londrina.Copiado :http://www.afp.com/
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