Tribunal descarta antecipar eleição presidencial no Paraguai em crise


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    25/06/2012 15h58 - Atualizado em 25/06/2012 17h17

    Tribunal descarta antecipar eleição presidencial no Paraguai em crise

    Pleito será em 21 de abril de 2013, e Franco deve governar até agosto.
    Presidente Lugo sofreu impeachment rápido e foi trocado pelo vice.

    Do G1, com agências
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    O Tribunal Superior de Justiça Eleitoral do Paraguai disse nesta segunda-feira (25) que não existe possibilidade de antecipação das eleições presidenciais no país, após o impeachment de Fernando Lugo e da posse de Federico Franco.
    A corte afirmou que Franco, que tomou posse na sexta-feira, é presidente legítimo e deve completar o mantado até agosto de 2013.
    As eleições continuam marcadas para 21 de abril de 2013.
    O tribunal afirmou que o processo de impeachment foi legítimo, e que o presidente Lugo aceitou se submeter a ele.
    Também nesta segunda,  a Corte Suprema de Justiça do Paraguai rejeitou o recurso de Lugo contra o julgamento que o afastou do cargo.
    Apesar desses reveses, o presidente deposto anunciou que não aceita o governo de Franco e que criou um gabinete paralelo com seus ex-ministros.
    Crise no Paraguai
    Federico Franco assumiu o governo do Paraguai na sexta-feira (22), após o impeachment de Fernando Lugo. O processo contra Lugo foi iniciado por conta do conflito agrário que terminou com 17 mortos no interior do país. A oposição acusou Lugo de ter agido mal no caso e de estar governando de maneira "imprópria, negligente e irresponsável".
    Ele também foi acusado por outros incidentes ocorridos durante o seu governo, como ter apoiado um motim de jovens socialistas em um complexo das Forças Armadas e não ter atuado de forma decisiva no combate ao pequeno grupo armado Exército do Povo Paraguaio, responsável por assassinatos e sequestros durante a última década, a maior partes deles antes mesmo de Lugo tomar posse.
     (Leia ao lado relato de Amauri Arrais, enviado do G1 a Assunção)
    O processo de impeachment aconteceu rapidamente, depois que o Partido Liberal Radical Autêntico, do então vice-presidente Franco, retirou seu apoio à coalizão do presidente socialista.
    A votação, na Câmara, aconteceu no dia 21 de junho, resultando na aprovação por 76 votos a 1 – até mesmo parlamentares que integravam partidos da coalizão do governo votaram contra Lugo. No mesmo dia, à tarde, o Senado definiu as regras do processo.
    Na sexta, o Senado do Paraguai afastou Fernando Lugo da presidência. O placar pela condenação e pelo impeachment do socialista foi de 39 senadores contra 4, com 2 abstenções. Federico Franco assumiu a presidência pouco mais de uma hora e meia depois do impeachment de Lugo.
    Em discurso após o impeachment, Lugo afirmou que aceitava a decisão do Senado.
    Mas, neste domingo, Lugo voltou atrás, aumentou o tom disse que não reconhece o governo de Federico Franco e que não deve, portanto, aceitar o pedido do novo presidente para ajudá-lo na tarefa de explicar a mudança de governo a países vizinhos.
    Isolamento
    O analista político José Carlos Rodríguez, um consultor em Assunção, disse à Reuters que apesar do isolamento internacional, o apoio das forças políticas locais a Franco é amplo, mas advertiu que o cenário interno pode mudar.
    Franco "tem um apoio político gigantesco, mas é conjuntural e não sabemos quanto tempo vai durar", disse. COPIADO : http://g1.globo.com/

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