04/06/2013 - 18:53
Candidato à presidência afirma que Irã não quer bomba atômica
TEERÅ (AFP)
Um dos principais candidatos na eleição presidencial iraniana, Ali
Akbar Velayati, negou, em entrevista à AFP, que o país pretenda fabricar
a bomba atômica, contradizendo os países ocidentais e Israel.
Velayati, que foi chefe da diplomacia iraniana entre 1981 e 1997, descartou ainda uma mudança total de rumo caso seja eleito presidente em 14 de junho, e afirmou que seguirá "exatamente" as diretrizes do guia supremo, Ali Khamenei, que defende o direito do Irã ao uso pacífico da energia atômica.
O programa nuclear iraniano compromete há dez anos as relações do Irã com as grandes potências. Teerã tenta afastar as suspeitas, nas negociações com o grupo 5+1 (China, Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e Alemanha), de que utiliza o programa nuclear civil como fachada para fabricar uma bomba atômica.
O país é alvo de sanções da ONU e de um embargo de petróleo e financeiro dos Estados Unidos e da União Europeia, o que provoca uma grave crise econômica.
"Nosso guia supremo disse que a religião (muçulmana) proíbe a fabricação de uma bomba, repetimos muitas vezes que somos contrários à fabricação de armas nucleares", disse Velayati.
Em fevereiro, o aiatolá Khamenei, que afirma há vários anos que a arma nuclear é "haram", ou seja, proibida pelo Islã, disse que "as armas atômicas devem ser eliminadas" e que a República Islâmica do Irã "não quer fabricá-las".
As autoridades iranianas citam com frequência essas declarações, consideradas uma 'fatwa', um decreto religioso.
Velayati, de 67 anos, é o atual conselheiro de relações internacionais do guia supremo, autoridade máxima sobre as questões estratégicas do Irã, incluindo o programa nuclear.
Teerã também está em conflito com a Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA), que denuncia as zonas obscuras em seu programa nuclear.
"Tentamos responder a todas as questões (da AIEA) há mais de dez anos, mas quando respondemos nos fazem outra pergunta", disse Velayati, para quem este é um "círculo vicioso".
Em caso de vitória nas urnas, o candidato conservador pretende organizar negociações bilaterais com alguns membros do grupo 5+1 e com outros Estados "influentes no cenário internacional", mas sem citar nomes.
"Queremos conversar com os os membros do 5+1, mas isso não quer dizer que não falaremos com todos", declarou.
O Irã não quer limitar-se às "discussões oficiais com o 5+1", mas buscará "outra vias e meios para conversar com outros países para poder chegar a um acordo", afirmou Velayati, que prometeu revelar os detalhes de seu plano se for eleito.
Em março, o guia supremo disse pela primeira vez que estava disposto a iniciar negociações diretas com os Estados Unidos, principal inimigo do Irã.
Sobre a situação na Síria, Velayati disse que trabalhará ao lado da França para tentar resolver o conflito.
"Minha oferta, se eu vencer, é que o Irã e a França sentem e conversem, trabalhando juntos, para encontrarmos uma solução política à situação", disse.
O Irã, um dos principais aliados do regime do presidente sírio Bashar al-Assad, acusa os países ocidentais de financiar e armar os rebeldes. As potências ocidentais acusam o país de envolvimento direto com o movimento xiita libanês Hezbollah, que combate ao lado do Exército sírio.
COPIADO http://www.afp.com/pt
Velayati, que foi chefe da diplomacia iraniana entre 1981 e 1997, descartou ainda uma mudança total de rumo caso seja eleito presidente em 14 de junho, e afirmou que seguirá "exatamente" as diretrizes do guia supremo, Ali Khamenei, que defende o direito do Irã ao uso pacífico da energia atômica.
O programa nuclear iraniano compromete há dez anos as relações do Irã com as grandes potências. Teerã tenta afastar as suspeitas, nas negociações com o grupo 5+1 (China, Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e Alemanha), de que utiliza o programa nuclear civil como fachada para fabricar uma bomba atômica.
O país é alvo de sanções da ONU e de um embargo de petróleo e financeiro dos Estados Unidos e da União Europeia, o que provoca uma grave crise econômica.
"Nosso guia supremo disse que a religião (muçulmana) proíbe a fabricação de uma bomba, repetimos muitas vezes que somos contrários à fabricação de armas nucleares", disse Velayati.
Em fevereiro, o aiatolá Khamenei, que afirma há vários anos que a arma nuclear é "haram", ou seja, proibida pelo Islã, disse que "as armas atômicas devem ser eliminadas" e que a República Islâmica do Irã "não quer fabricá-las".
As autoridades iranianas citam com frequência essas declarações, consideradas uma 'fatwa', um decreto religioso.
Velayati, de 67 anos, é o atual conselheiro de relações internacionais do guia supremo, autoridade máxima sobre as questões estratégicas do Irã, incluindo o programa nuclear.
Teerã também está em conflito com a Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA), que denuncia as zonas obscuras em seu programa nuclear.
"Tentamos responder a todas as questões (da AIEA) há mais de dez anos, mas quando respondemos nos fazem outra pergunta", disse Velayati, para quem este é um "círculo vicioso".
Em caso de vitória nas urnas, o candidato conservador pretende organizar negociações bilaterais com alguns membros do grupo 5+1 e com outros Estados "influentes no cenário internacional", mas sem citar nomes.
"Queremos conversar com os os membros do 5+1, mas isso não quer dizer que não falaremos com todos", declarou.
O Irã não quer limitar-se às "discussões oficiais com o 5+1", mas buscará "outra vias e meios para conversar com outros países para poder chegar a um acordo", afirmou Velayati, que prometeu revelar os detalhes de seu plano se for eleito.
Em março, o guia supremo disse pela primeira vez que estava disposto a iniciar negociações diretas com os Estados Unidos, principal inimigo do Irã.
Sobre a situação na Síria, Velayati disse que trabalhará ao lado da França para tentar resolver o conflito.
"Minha oferta, se eu vencer, é que o Irã e a França sentem e conversem, trabalhando juntos, para encontrarmos uma solução política à situação", disse.
O Irã, um dos principais aliados do regime do presidente sírio Bashar al-Assad, acusa os países ocidentais de financiar e armar os rebeldes. As potências ocidentais acusam o país de envolvimento direto com o movimento xiita libanês Hezbollah, que combate ao lado do Exército sírio.
COPIADO http://www.afp.com/pt
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