Manifestantes fecham BR-101;
Siga em tempo real
Siga em tempo real
Movimento #RevoltadoBusão volta às ruas da capital para exigir melhorias no transporte público.
- Tarifa de ônibus baixa para R$ 2,20 a partir de domingo
- Justiça proíbe recolhimento de ônibus em Natal
#revoltadobusão V
PRF monta esquema especial de segurança
20/06/2013 15h41
- Atualizado em
20/06/2013 15h41
Manifestações foram iniciadas em maio após aumento no preço da tarifa.
O movimento defende melhorias no transporte público da capital potiguar.
1 comentário
#RevoltadoBusão realiza manifestações por melhorias no transporte público da Grande Natal
(Foto: Felipe Gibson/G1)
O movimento #RevoltadoBusão, que realiza nesta quinta-feira (20) seu 9º ato por melhorias no transporte público da Grande Natal,
nasceu em agosto do ano passado quando a Prefeitura de Natal, na gestão
de Micarla de Sousa, decretou o reajuste da tarifa de ônibus de R$ 2,20
para R$ 2,40. Iniciado nas redes sociais, o movimento ganhou as ruas e
começou uma série de protestos contra o aumento no valor da passagem,
que foi revogado pela Câmara Municipal após as primeiras manifestações.(Foto: Felipe Gibson/G1)
saiba mais
Em 2013 o movimento ressurgiu assim que a tarifa voltou a ser
reajustada para R$ 2,40, desta vez na gestão do prefeito Carlos Eduardo
Alves. A primeira manifestação organizada pelo movimento aconteceu no
dia 15 de maio. Depois disso, a Prefeitura anunciou a redução da tarifa
para R$ 2,30, que passou a vigorar em 4 de junho. No entanto, as
manifestações por melhorias no transporte público continuaram na capital
potiguar.- Justiça proíbe recolhimento de ônibus antes de protesto em Natal
-
Tarifa de ônibus em Natal baixa para R$ 2,20 no domingo,
- Ônibus serão recolhidos antes de protesto em Natal, diz sindicato
- Sem impostos sobre transporte, RN e Natal renunciariam R$ 15,3 milhões
- OAB fiscalizará possíveis excessos da polícia durante protesto em Natal
- Interdição da BR-101 é impasse entre polícia e manifestantes em Natal
- Decisão que impede interdição de BR em Natal ainda vale, diz Justiça, diz prefeito
Após a confirmação de um novo protesto para esta quinta (20), no qual são esperadas milhares de pessoas, o prefeito de Natal anunciou uma nova redução no preço da passagem. A partir do domingo (23), a tarifa de ônibus volta a custar R$ 2,20. Mesmo assim, o protesto foi confirmado pelo movimento #RevoltadoBusão.
Consta na pauta de reivindicações do movimento, publicada nas redes sociais, a redução imediata das tarifas em toda a Grande Natal; fim da dupla função motorista/cobrador; bilhetagem única para ônibus e alternativos; integração entre os ônibus da Grande Natal; Passe Livre para estudantes e desempregados; criação de um fórum permanente sobre o transporte público; ônibus 24 horas; renovação imediata de toda a frota; retorno imediato de todas as linhas extintas; construção de corredores exclusivos para ônibus; e malha viária adequada para ciclistas, com criação de ciclovias.
Confira a cronologia dos protestos neste ano em Natal:
O primeiro protesto do movimento #RevoltadoBusão terminou com confrontos entre a Polícia Militar e os manifestantes. Foram balas de borracha disparadas, bombas de gás lacrimogênio atiradas, sprey de pimenta borrifado, pedras arremessadas, além de pessoas feridas e presas (veja o vídeo ao lado).
Entre as 17h e 19h30, o protesto ocorreu em clima de tranquilidade. Os relatos mostram um cenário de guerra por volta das 19h15. A cena se repetiu mais a frente, entre as 20h e 21h, quando o grupo chegou à passarela da BR-101, mesmo local de onde saiu o movimento. Novos disparos de bala de borracha foram efetuados pelo Pelotão de Choque da Polícia Militar. Com escudos, os policiais avançaram pela BR-101, como mostram os vídeos feitos pelo G1 na rodovia federal e por um cinegrafista amador no primeiro confronto.
Estudande de História foi atingido por disparo de
bala de borracha na perna (Foto: Felipe Gibson/G1)
De um lado, os integrantes do movimento acusaram a PM de iniciar o
tumulto. "Ficou claro que naquele momento o objetivo da operação era nos
espancar", relata o estudante de História João Carlos de Melo Silva, 19
anos, atingido por uma bala de borracha na panturrilha. Já Glícia
Alves, 20 anos, estudante de Psicologia, conta que ficou desnorteada.
"De repente o pessoal recuou, eu abaixei e quando levantei meus olhos
ardiam", explica. Os estudantes disseram que os próprios integrantes do
movimento socorreram os feridos após a intervenção policial.bala de borracha na perna (Foto: Felipe Gibson/G1)
Do outro lado, os policiais informaram que a confusão começou após pedras vindas de onde estavam os manifestantes. "Uma equipe da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) estava atendendo a um cidadão que havia sido atingido por uma pedra. Nesse momento, os policiais também foram atingidos por pedradas. Como já havia uma ordem judicial para a PM usar a força em caso de violência, agimos dentro da legalidade", explicou o subcomandante de Policiamento Metropolitano, tenente-coronel Alarico Azevedo.
No dia seguinte ao primeiro protesto, o prefeito Carlos Eduardo Alves preferiu não se pronunciar sobre a manifestação da noite anterior. Enquanto isso, um novo movimento ocorreu no bairro de Cidade Alta, zona Leste de Natal.
Os manifestantes caminharam até a Prefeitura de Natal, mas se negaram a conversar com o secretário chefe do Gabinete Civil, Sávio Hackradt. Os integrantes do movimento queriam dialogar diretamente com o prefeito Carlos Eduardo Alves. Os protestos continuaram na Câmara Municipal de Natal, onde alguns vereadores conversaram com os manifestantes.
Estudantes do Padre Miguelinho se uniram ao
#RevoltadoBusao (Foto: Igor Jácome/G1)
20 de maio#RevoltadoBusao (Foto: Igor Jácome/G1)
No começo da manhã o movimento #RevoltadoBusao se concentrou na frente da Prefeitura de Natal, de onde partiu distribuindo panfletos e promovendo 'roletaço' - prática em que as pessoas entram no ônibus sem pagar - entre os bairros de Cidade Alta e Petrópolis, ambos na zona Leste de Natal.
Simultaneamente, estudantes da escola estadual Instituto Padre Miguelinho, no Alecrim, também interditaram ruas do bairro em apoio ao #RevoltadoBusao. Os dois grupos se juntaram e encerraram os protestos na avenida Rio Branco. No mesmo dia ficou definido para o dia seguinte uma manifestação em conjunto com os movimentos Sem Terra (MST) e Grito da Seca, que protestavam contra a falta de medidas de combate à seca no Rio Grande do Norte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário