23/12/2013 - 15:31
Nicósia (AFP)
Desde dezembro de 2010, o mundo árabe é atingido por importantes
mudanças, entre as quais se destacam a deposição de dois presidentes
egípcios, a guerra civil síria, o caos da Líbia e a difícil transição na
Tunísia.
SÍRIA
Os protestos pacíficos que começaram em março de 2011 foram reprimidos brutalmente pelo regime de Bashar al-Assad e levaram a uma atroz guerra civil.
O conflito deixou 126.000 mortos, segundo uma ONG síria, e milhões de deslocados, de acordo com relatórios da ONU.
O regime de Assad, com o apoio da milícia libanesa xiita Hezbollah e de milícias locais, combate com vantagem militar os grupos rebeldes integrados por desertores do exército, civis sírios e combatentes jihadistas estrangeiros.
A maior parte dos rebeldes são muçulmanos sunitas, enquanto o principal apoio de Assad procede dos alauitas, um ramo do xiismo.
No dia 21 de agosto de 2013, um ataque com armas químicas atribuído ao seu regime, apesar de suas negativas, matou centenas de pessoas nas regiões controladas pelos rebeldes perto da capital Damasco.
Em setembro, um acordo entre Rússia e Estados Unidos sobre o desmantelamento do arsenal de armas químicas do governo sírio evitou ataques de represália por parte dos norte-americanos.
O regime de Assad e os rebeldes endureceram suas posições e mostram pouco interesse em alcançar um acordo no âmbito da conferência de Genebra 2, auspiciada pela ONU, que irá ocorrer no dia 22 de janeiro.
EGITO
O ex-presidente Hosni Mubarak foi forçado a renunciar no dia 11 de
fevereiro de 2011 por uma rebelião popular que durou 18 dias e que
deixou 850 mortos. O presidente, no poder há três décadas, entregou o
poder ao exército.
No dia 3 de julho de 2013, o presidente islamita Mohamed Mursi, primeiro chefe de Estado eleito democraticamente, foi deposto pelas forças armadas a mando do general Abdel Fatah al-Sissi, após um tumultuado ano no cargo.
As forças de segurança egípcias tomaram medidas drásticas ante novos protestos, matando desde agosto mil partidários de Mursi e detendo mais de 2.000 membros da confraria da Irmandade Muçulmana.
TUNÍSIA
A Tunísia foi o país onde começou a chamada Primavera árabe, mas ainda carece de um governo forte e centralizado, quase três anos após a queda do regime de Zine el Abidine Ben Ali, no dia 14 de janeiro de 2011.
Ben Ali, no poder desde 1987, se refugiou na Arábia Saudita.
A rebelião explodiu depois que um jovem vendedor ambulante ateou fogo ao próprio corpo, em dezembro de 2010, para protestar contra a perseguição policial.
O partido islamita Ennahda, sob a liderança de Moncef Marzuki, um opositor de Ben Ali, venceu amplamente a eleição para a criação de uma Assembleia Constituinte, em outubro de 2011.
Mas, desde então, o país enfrenta com frequência distúrbios sociais e crises políticas. A última se deveu ao assassinato, em julho de 2013, de uma importante figura da oposição, menos de seis meses após a morte de um líder da esquerda.
LÍBIA
Após a queda do regime de Muanmar Kadhafi, em outubro de 2011, as autoridades da transição líbia tentam criar um exército profissional e uma força policial capazes de manter a ordem.
Mas, para isso, tiveram que recorrer a grupos de ex-rebeldes que formaram milícias e não hesitam em desafiar o Estado quando seus interesses se veem ameaçados.
BAHREIN
Um movimento de protesto explodiu no dia 14 de fevereiro de 2011, mas durou apenas um mês. O pequeno reino do Golfo Pérsico costuma ser palco de distúrbios provocados por uma maioria xiita, que se opõe à governante dinastia sunita.
Os manifestantes exigem uma monarquia constitucional, mas seus protestos provocam com frequência uma brutal repressão.
IÊMEN
O Iêmen se encontra atolado em sua ânsia de se dotar de uma nova
Constituição, no âmbito de um processo de transição apoiado pela ONU e
pelos países do Golfo Pérsico, que começou quando o presidente Ali
Abdullah Saleh renunciou ao cargo, em fevereiro de 2012, após um ano de
intensas manifestações contra seu governo.
COPIADO http://www.afp.com/pt
SÍRIA
Os protestos pacíficos que começaram em março de 2011 foram reprimidos brutalmente pelo regime de Bashar al-Assad e levaram a uma atroz guerra civil.
O conflito deixou 126.000 mortos, segundo uma ONG síria, e milhões de deslocados, de acordo com relatórios da ONU.
O regime de Assad, com o apoio da milícia libanesa xiita Hezbollah e de milícias locais, combate com vantagem militar os grupos rebeldes integrados por desertores do exército, civis sírios e combatentes jihadistas estrangeiros.
A maior parte dos rebeldes são muçulmanos sunitas, enquanto o principal apoio de Assad procede dos alauitas, um ramo do xiismo.
No dia 21 de agosto de 2013, um ataque com armas químicas atribuído ao seu regime, apesar de suas negativas, matou centenas de pessoas nas regiões controladas pelos rebeldes perto da capital Damasco.
Em setembro, um acordo entre Rússia e Estados Unidos sobre o desmantelamento do arsenal de armas químicas do governo sírio evitou ataques de represália por parte dos norte-americanos.
O regime de Assad e os rebeldes endureceram suas posições e mostram pouco interesse em alcançar um acordo no âmbito da conferência de Genebra 2, auspiciada pela ONU, que irá ocorrer no dia 22 de janeiro.
EGITO
Sírios
procuram sobreviventes em meio a escombros, após um ataque aéreo no
bairro de Shaar, em Aleppo, em 17 de dezembro de 2013.
No dia 3 de julho de 2013, o presidente islamita Mohamed Mursi, primeiro chefe de Estado eleito democraticamente, foi deposto pelas forças armadas a mando do general Abdel Fatah al-Sissi, após um tumultuado ano no cargo.
As forças de segurança egípcias tomaram medidas drásticas ante novos protestos, matando desde agosto mil partidários de Mursi e detendo mais de 2.000 membros da confraria da Irmandade Muçulmana.
TUNÍSIA
A Tunísia foi o país onde começou a chamada Primavera árabe, mas ainda carece de um governo forte e centralizado, quase três anos após a queda do regime de Zine el Abidine Ben Ali, no dia 14 de janeiro de 2011.
Ben Ali, no poder desde 1987, se refugiou na Arábia Saudita.
A rebelião explodiu depois que um jovem vendedor ambulante ateou fogo ao próprio corpo, em dezembro de 2010, para protestar contra a perseguição policial.
O partido islamita Ennahda, sob a liderança de Moncef Marzuki, um opositor de Ben Ali, venceu amplamente a eleição para a criação de uma Assembleia Constituinte, em outubro de 2011.
Mas, desde então, o país enfrenta com frequência distúrbios sociais e crises políticas. A última se deveu ao assassinato, em julho de 2013, de uma importante figura da oposição, menos de seis meses após a morte de um líder da esquerda.
LÍBIA
Após a queda do regime de Muanmar Kadhafi, em outubro de 2011, as autoridades da transição líbia tentam criar um exército profissional e uma força policial capazes de manter a ordem.
Mas, para isso, tiveram que recorrer a grupos de ex-rebeldes que formaram milícias e não hesitam em desafiar o Estado quando seus interesses se veem ameaçados.
BAHREIN
Um movimento de protesto explodiu no dia 14 de fevereiro de 2011, mas durou apenas um mês. O pequeno reino do Golfo Pérsico costuma ser palco de distúrbios provocados por uma maioria xiita, que se opõe à governante dinastia sunita.
Os manifestantes exigem uma monarquia constitucional, mas seus protestos provocam com frequência uma brutal repressão.
IÊMEN
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AFP PICTURES OF THE YEAR 2013 -- Confrontos entre manifestantes
favoráveis ao presidente deposto do Egito, Mohamed Mursi, e as forças de
segurança egípcias, na praça Tahrir, no Cairo, em 22 de julho de 2013.
COPIADO http://www.afp.com/pt
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