Com os juros a 11,25%, poupança renderá mais que maioria dos fundos
- Mercado vê elevação como recado
- Aluguel sobe 2,96% em 12 meses
Com Selic a 11,25%, poupança passa a liderar aplicações sobre fundos
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Com a decisão do Banco Central de aumentar a taxa Selic para 11,25% ao
ano nesta quarta-feira (29), os fundos de renda fixa perdem da poupança
na maioria dos cenários previstos pela Anefac (Associação Nacional dos
Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
A caderneta perde para fundos de renda fixa com taxa de administração de
até 1,0% ao ano, independentemente de quanto tempo os recursos ficarem
guardados.
No caso dos fundos com taxa de 1,5%, os fundos ganham se o dinheiro for
mantido por mais de um ano na aplicação. Há empate se os recursos
ficarem investidos entre seis meses e um ano e a caderneta ganha quando o
montante é mantido guardado por até seis meses.
Os fundos com taxa de administração de 2% ao ano só ganham da poupança
se o valor ficar investido por mais de dois anos. Em todos os demais
prazos, a caderneta é mais vantajosa.
Nos fundos com taxa de administração de 2,5% ou mais, a caderneta rende mais que os fundos em qualquer prazo de resgate.
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress
SAIBA MAIS
A taxa de juros é o instrumento utilizado pelo Banco Central para manter a inflação sob controle ou para estimular a economia.
Se os juros caem muito, a população tem maior acesso ao crédito e,
assim, pode consumir mais. Esse aumento da demanda pode pressionar os
preços caso a indústria não esteja preparada para atender um consumo
maior.
Por outro lado, se os juros sobem, a autoridade monetária inibe consumo e
investimento -que ficam mais caros-, a economia se desacelera e
evita-se que os preços subam -ou seja, inflação.
Com a alta da taxa básica de juros (Selic), o BC aumenta a atratividade
das aplicações em títulos da dívida pública. Assim, passa a "faltar"
dinheiro no mercado financeiro para viabilizar investimentos com retorno
maior que o pago pelo governo.
É por isso que os empresários pedem cortes nas taxas: para viabilizar
investimentos, ainda mais em tempos de economia fraca. Nos mercados,
reduções da taxa de juros viabilizam normalmente migração de recursos da
renda fixa para a Bolsa de Valores.
Em um cenário normal, é também por esse motivo que as Bolsas sobem nos
Estados Unidos ao menor sinal do Federal Reserve (BC dos EUA) de que os
juros possam cair.
Quando o juro sobe, acontece o inverso. O investimento em dívida absorve
o dinheiro que serviria para financiar o setor produtivo.
SELIC
A Selic é considerada a taxa básica porque é usada em operações entre
bancos e, por isso, afeta os juros de toda a economia do país.
O nome vem de Sistema Especial de Liquidação e Custódia, sistema
eletrônico que permite a atualização diária das posições das
instituições financeiras, assegurando maior controle sobre as reservas
bancárias. O sistema foi criado em 1979 pelo Banco Central e pela
Anbima.
copiado http://www1.folha.uol.com.br
Com Selic a 11,25%, poupança passa a liderar aplicações sobre fundos
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Com a decisão do Banco Central de aumentar a taxa Selic para 11,25% ao
ano nesta quarta-feira (29), os fundos de renda fixa perdem da poupança
na maioria dos cenários previstos pela Anefac (Associação Nacional dos
Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
A caderneta perde para fundos de renda fixa com taxa de administração de até 1,0% ao ano, independentemente de quanto tempo os recursos ficarem guardados.
No caso dos fundos com taxa de 1,5%, os fundos ganham se o dinheiro for mantido por mais de um ano na aplicação. Há empate se os recursos ficarem investidos entre seis meses e um ano e a caderneta ganha quando o montante é mantido guardado por até seis meses.
Os fundos com taxa de administração de 2% ao ano só ganham da poupança se o valor ficar investido por mais de dois anos. Em todos os demais prazos, a caderneta é mais vantajosa.
Nos fundos com taxa de administração de 2,5% ou mais, a caderneta rende mais que os fundos em qualquer prazo de resgate.
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress | ||
A taxa de juros é o instrumento utilizado pelo Banco Central para manter a inflação sob controle ou para estimular a economia.
Se os juros caem muito, a população tem maior acesso ao crédito e, assim, pode consumir mais. Esse aumento da demanda pode pressionar os preços caso a indústria não esteja preparada para atender um consumo maior.
Por outro lado, se os juros sobem, a autoridade monetária inibe consumo e investimento -que ficam mais caros-, a economia se desacelera e evita-se que os preços subam -ou seja, inflação.
Com a alta da taxa básica de juros (Selic), o BC aumenta a atratividade das aplicações em títulos da dívida pública. Assim, passa a "faltar" dinheiro no mercado financeiro para viabilizar investimentos com retorno maior que o pago pelo governo.
É por isso que os empresários pedem cortes nas taxas: para viabilizar investimentos, ainda mais em tempos de economia fraca. Nos mercados, reduções da taxa de juros viabilizam normalmente migração de recursos da renda fixa para a Bolsa de Valores.
Em um cenário normal, é também por esse motivo que as Bolsas sobem nos Estados Unidos ao menor sinal do Federal Reserve (BC dos EUA) de que os juros possam cair.
Quando o juro sobe, acontece o inverso. O investimento em dívida absorve o dinheiro que serviria para financiar o setor produtivo.
SELIC
A Selic é considerada a taxa básica porque é usada em operações entre bancos e, por isso, afeta os juros de toda a economia do país.
O nome vem de Sistema Especial de Liquidação e Custódia, sistema eletrônico que permite a atualização diária das posições das instituições financeiras, assegurando maior controle sobre as reservas bancárias. O sistema foi criado em 1979 pelo Banco Central e pela Anbima.
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